segunda-feira, 19 de maio de 2014

Que se Acendam as Luzes - Capítulo 19 (PENÚLTIMO CAPÍTULO)


Ao som de “DNA de Adorador – Gusttavo Lima”...
        

        Não adiantou. Depois que os carros de bombeiros chegaram ao local que continuava em grandes chamas, os automóveis da polícia federal seguiram para a delegacia, enquanto Estela chorava incondicionalmente olhando o desastre.
         – Não pode ser! O meu sonho foi por água abaixo.



Ao som de “Skyfall – Adele”...
         Sílvia beijava calorosamente seu marido, que já estava na terceira idade, enquanto o helicóptero que levava o casal seguia para o Rio de Janeiro.
         – Eu te amo, Bernardo – disse Sílvia depois que parou de beijar o mesmo – Você é realizador de meus sonhos. Se não fosse você...
         – Você precisa agradecer ao meu empregado, que te deu carona depois que você sofreu aquele acidente – Respondeu Bernardo Gustamont, o dono de uma das maiores fábricas de papel do Brasil.
Então o helicóptero continuou voando os ares paulistanos, e seguindo para os ares cariocas.



Ao som de “Flashback – Calvin Harris”...
         – A sua irmã vai ficar bem, querida. Mas não agora. Ela sofreu muito. Os sentimentos dela envenenaram-na. – Disse uma psicóloga loira que encarava Dafne, a qual estava de mãos dadas com Jorge. Os dois olhavam Suelen pela vidraça da porta de um hospício, onde Suelen dizia para outra garota que também estava com problemas psicológicos:
         – Eu vou me vingar, sabia? Eu vou matar o Sebástian e arrancar o dinheiro dele. Aí, se você quiser, eu te dou um pouquinho, porque eu sou humilde.
         – Ah, eu aceito, amiga.
         – Mas só um pouquinho, tá?
         Quando chegaram à mansão de Sebástian, Jorge beijou Dafne, que estava triste.
         – Você se arrepende em não ter feito o velório de seu pai?
         – Não, Dafne. Foi melhor.
Dafne se sentou no sofá.
         – Nossa vida tá acabada. Minha mãe assassinada, assim como seu pai morto por minha irmã, que está louca.
         – Não fale isso – ele se sentou ao lado dela e segurou sua mão. – Estamos juntos pro que der e vier. Confie em mim.
Então eles se beijaram apaixonadamente.



Ao som de “I Need Your Love – Calvin Harris (com Ellie Goulding)”...
         Na delegacia, todos batiam palma para Ingrid, que sorria feliz com os aplausos.
         – Você merece, Ingrid – disse Robson – Nos deu um voto de confiança.
         – Fico feliz em ter ajudado vocês, de verdade. Eu me sinto tão feliz. Não me sinto uma criminosa, como antes.
Valéria se aproximou da médica:
         – Eu não to acreditando que você fez isso, pois no começo, você queria me matar. Muito impressionante como as pessoas mudam.
Então o tom da mulher com a beleza oriental mudou de feliz para preocupado.
         – O que foi Ingrid? – perguntou Renato, que segurava a mão de Valéria.
Ingrid se sentiu incomodada em responder:
         – Como vocês sabem... Principalmente você Robson, toda quadrilha tem um chefe. E no caso desta, é uma chefa.
Robson se levanta, preocupado e encarando a moça.
         – Você quer dizer que a quadrilha de vocês tem uma chefa que está solta? – Ele fez uma pausa – Quem é?
Ela abriu a boca, e Valéria prestou toda a atenção no que ela disse:
         – Carla Chrustins.
Aquela palavra foi como um baque para todos.
         – Aquela Carla Chrustins? – perguntou Robson.
         – Sim, a cantora.
         – Mas isso não vai ficar assim – disse uma voz feminina – Essa Carla me paga.
Quando perceberam, Valéria já se encontrava correndo para seu carro.

Ao som de “She Wolf – David Guetta (com Sia)”...
         Estava de noite e Valéria seguia aceleradamente com seu carro pelas avenidas de São Paulo. Seu salto alto, ao bater no chão assim que ela desceu do automóvel, fez um enorme barulho. Valéria estava no prédio de Carla. A recepcionista disse:
         – Ninguém pode falar com ela, moça.
Valéria mostrou o crachá de polícia federal e subiu para o apart de Carla segundos depois.
         Ela estava no quarto, arrumando as malas desesperadamente, enquanto via na TV, que ficava na parede de seu quarto, o noticiário de que descobriram a quadrilha de tráfico de órgãos e que o hospital pra onde os órgãos eram levados tinha explodido.
    – Tenho que fugir o mais depressa possível. Ou me lascarei.
A campainha tocou.
    – Droga! Justamente agora? – Ela fechou as malas e correu até a porta. Abriu. Valéria olhou no fundo dos olhos da rival, que estava em sua frente. Com a ira que estava, poderia matá-la. Mas naqueles próximos segundos, uma sensação de insegurança e medo tomou conta de Valéria, que tascou uma enorme bofetada na cara de Carla, a qual virou seu rosto e caiu no chão.
Valéria colocou seu salto em cima da barriga da cantora e falou:
         – Finalmente cara a cara com a vagabunda que destruiu minha vida. Está pronta para seu fim?


COLABORADOR- LUIZ GUSTAVO 
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO POR - WILLIAM ARAUJO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
© 2014 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS