Ao som de “DNA de
Adorador – Gusttavo Lima”...
Não adiantou. Depois que os carros de
bombeiros chegaram ao local que continuava em grandes chamas, os automóveis da
polícia federal seguiram para a delegacia, enquanto Estela chorava
incondicionalmente olhando o desastre.
– Não pode ser! O meu sonho foi por
água abaixo.
Ao som de “Skyfall –
Adele”...
Sílvia beijava calorosamente seu
marido, que já estava na terceira idade, enquanto o helicóptero que levava o
casal seguia para o Rio de Janeiro.
– Eu te amo, Bernardo – disse Sílvia
depois que parou de beijar o mesmo – Você é realizador de meus sonhos. Se não
fosse você...
– Você precisa agradecer ao meu
empregado, que te deu carona depois que você sofreu aquele acidente – Respondeu
Bernardo Gustamont, o dono de uma das maiores fábricas de papel do Brasil.
Então
o helicóptero continuou voando os ares paulistanos, e seguindo para os ares
cariocas.
Ao som de “Flashback
– Calvin Harris”...
– A sua irmã vai ficar bem, querida.
Mas não agora. Ela sofreu muito. Os sentimentos dela envenenaram-na. – Disse uma
psicóloga loira que encarava Dafne, a qual estava de mãos dadas com Jorge. Os
dois olhavam Suelen pela vidraça da porta de um hospício, onde Suelen dizia
para outra garota que também estava com problemas psicológicos:
– Eu vou me vingar, sabia? Eu vou matar
o Sebástian e arrancar o dinheiro dele. Aí, se você quiser, eu te dou um
pouquinho, porque eu sou humilde.
– Ah, eu aceito, amiga.
– Mas só um pouquinho, tá?
Quando chegaram à mansão de Sebástian,
Jorge beijou Dafne, que estava triste.
– Você se arrepende em não ter feito o
velório de seu pai?
– Não, Dafne. Foi melhor.
Dafne
se sentou no sofá.
– Nossa vida tá acabada. Minha mãe
assassinada, assim como seu pai morto por minha irmã, que está louca.
– Não fale isso – ele se sentou ao lado
dela e segurou sua mão. – Estamos juntos pro que der e vier. Confie em mim.
Então
eles se beijaram apaixonadamente.
Ao som de “I Need
Your Love – Calvin Harris (com Ellie Goulding)”...
Na delegacia, todos batiam palma para
Ingrid, que sorria feliz com os aplausos.
– Você merece, Ingrid – disse Robson –
Nos deu um voto de confiança.
– Fico feliz em ter ajudado vocês, de
verdade. Eu me sinto tão feliz. Não me sinto uma criminosa, como antes.
Valéria
se aproximou da médica:
– Eu não to acreditando que você fez
isso, pois no começo, você queria me matar. Muito impressionante como as
pessoas mudam.
Então
o tom da mulher com a beleza oriental mudou de feliz para preocupado.
– O que foi Ingrid? – perguntou Renato,
que segurava a mão de Valéria.
Ingrid
se sentiu incomodada em responder:
– Como vocês sabem... Principalmente
você Robson, toda quadrilha tem um chefe. E no caso desta, é uma chefa.
Robson
se levanta, preocupado e encarando a moça.
– Você quer dizer que a quadrilha de
vocês tem uma chefa que está solta? – Ele fez uma pausa – Quem é?
Ela
abriu a boca, e Valéria prestou toda a atenção no que ela disse:
– Carla Chrustins.
Aquela
palavra foi como um baque para todos.
– Aquela Carla Chrustins? – perguntou
Robson.
– Sim, a cantora.
– Mas isso não vai ficar assim – disse
uma voz feminina – Essa Carla me paga.
Quando
perceberam, Valéria já se encontrava correndo para seu carro.
Ao som de “She Wolf
– David Guetta (com Sia)”...
Estava de noite e Valéria seguia
aceleradamente com seu carro pelas avenidas de São Paulo. Seu salto alto, ao
bater no chão assim que ela desceu do automóvel, fez um enorme barulho. Valéria
estava no prédio de Carla. A recepcionista disse:
– Ninguém pode falar com ela, moça.
Valéria
mostrou o crachá de polícia federal e subiu para o apart de Carla segundos
depois.
Ela estava no quarto, arrumando as
malas desesperadamente, enquanto via na TV, que ficava na parede de seu quarto,
o noticiário de que descobriram a quadrilha de tráfico de órgãos e que o
hospital pra onde os órgãos eram levados tinha explodido.
– Tenho que fugir o mais depressa possível.
Ou me lascarei.
A
campainha tocou.
– Droga! Justamente agora? – Ela fechou as
malas e correu até a porta. Abriu. Valéria olhou no fundo dos olhos da rival,
que estava em sua frente. Com a ira que estava, poderia matá-la. Mas naqueles
próximos segundos, uma sensação de insegurança e medo tomou conta de Valéria,
que tascou uma enorme bofetada na cara de Carla, a qual virou seu rosto e caiu
no chão.
Valéria
colocou seu salto em cima da barriga da cantora e falou:
– Finalmente cara a cara com a
vagabunda que destruiu minha vida. Está pronta para seu fim?
COLABORADOR-
LUIZ GUSTAVO
DIREÇÃO DE
ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO
POR - WILLIAM ARAUJO
REALIZAÇÃO -
TV VIRTUAL