Ao som de “Skyfall –
Adele”...
O carro de bombeiro e a ambulância chegaram vinte
minutos depois do acidente. Os bombeiros e médicos primeiros-socorros ficaram
apavorados, pois ninguém estava no carro e a rua estava deserta. A polícia
também chegou e recolheu os “bagaços” do carro, que foram levados para o ferro
velho. A sessenta quilômetros daquele lugar, e dentro de um caminhão, sentada
no banco direito, Silvia estava totalmente ensanguentada e machucada, e se
lembrava do momento em que seu carro capotou, e ela conseguiu abrir a porta,
caindo no mato. Foi aí que Estela foi embora, e um caminhão estacionou. Silvia
pediu ao motorista:
– Por favor, me leve daqui, me leve pra
longe!
Ela
nem precisou insistir tanto, pois segundos depois, já estava dentro do veículo.
Ao som de “I Need
You Love – Calvin Harris (com Ellie Golding)”...
Quando o dia amanheceu, todo o hospital
estava assustado e agitado com o sumiço de Silvia. Todos comentavam, e em todos
os lugares: no refeitório, nos corredores, ou até mesmo nas salas, em plenas
cirurgias.
– Tá brincando? – Era a pergunta de Ingrid,
que estava boquiaberta com o que Estela lhe contara enquanto começou a cortar
um paciente que sofreu de apendicite – Não tinha ninguém no carro?
– Não, menina! Ninguém! Fiquei
abismada. – Respondeu Estela observando Ingrid cortar o paciente. Os
enfermeiros tentavam prestar atenção na conversa, mas não conseguiam, pois as
duas médicas falavam baixinho, para que ninguém ouvisse.
“A perda às vezes, é
irreparável, pelo menos pra mim, que perdi uma pessoa tão, tão querida”.- Dafne.
Ao som de “Flashback
– Calvin Harris”...
A tarde passou depressa, mas para Dafne, os
minutos nunca iriam passar, pois sua mãe não estava com ela. Deitada no sofá da
sala chiquérrima de Sebástian, a garota chorava incontroladamente. Suelen
apenas observava. Mas decidiu falar com a irmã, e, com grosseria:
– Pare de chorar, menina. Vai morrer desse
jeito.
– Não me enche Suelen. Se não quer ajudar me
deixa. E tudo isso por culpa sua.
– Culpa minha? Ah, vai tomar no “zói” sua
garota idiota.
Jorge
apareceu na sala, e ficou bobo com o jeito que Suelen tratava a irmã.
– Suelen, me dê licença. Quero falar
com sua irmã.
– Virou guarda-costas dela agora, meu
bem?
– Eu disse: dê-me licença.
Suelen
saiu da sala, e Jorge se sentou ou lado da garota. Pegou com delicadeza seu
queixo e disse:
– Dafne, não precisa chorar. Uma garota
tão bonita chorando...
Dafne olhou para o rapaz, e por alguns
segundos, sentiu que estava totalmente protegida.
“Eu tenho que
conseguir, eu não cheguei até aqui à toa. Vim para vencer, e é isso que vou
fazer.” – Valéria.
Ao som de “I’ m In
Here – Sia”...
Sentada
e discando alguns números em seu celular digital, Valéria estava pronta para
falar com a polícia brasileira. As outras garotas ficaram observando enquanto a
PM esperava que alguém atendesse. Seu pedido foi realizado: Robson entrou na
linha.
– Valéria? Que bom! Como está indo
tudo? – Era a pergunta aliviada do delegado apaixonado pela mulher que falava
com ele do outro lado da linha.
– Está tudo bem, não chegou nenhum
médico aqui. Eles fecharam a gente em um quarto bem seguro, não dá de sair.
Venham logo!
– Amanhã vamos liberar os médicos,
então nós vamos pra Argentina também, e queremos pegá-los no flagra, e
precisamos de mais policiais, nossa equipe é pequena.
– Contem comigo com o que precisarem.
Aguardarei numa boa, estamos seguras. Tem algum risco dos médicos fugirem?
– Claro que sim. Só que se isso
acontecer, teremos que agir rápido, ou nós não conseguiremos. Até mais,
Valéria. Tenho que ouvir um depoimento.
– Até mais, e espero por vocês.
Ela
desligou o celular, e voltou a consolar uma garota: Andressa.
– Tente se acalmar, dará tudo certo.
E
foi aí que a porta abriu de uma vez, e cinco homens fortes, cheios de músculos
entraram. Um deles viu o celular de Valéria no chão e correu para pegá-lo. Ela
tentou pegar primeiro, mas o homem pisou em sua mão.
– Ai, seu Zé roela! – Gritou a moça com
dor.
O
homem pegou o celular, e enquanto isso, Valéria pensou:
Está tudo acabado.
Por que, meu Deus? Por quê? E agora? O que farei?
Ao perceber o crachá de polícia federal
colado no aparelho, o homem pegou o seu próprio celular e telefonou para
alguém.
– Alô, chefa, a polícia tá no nosso
esquema.
Valéria
se levantou para tentar golpear o homem, mas recebeu uma bofetada na cara de
outro daqueles cinco. Ela caiu com a cara roxa.
– Como assim? – Era a pergunta da tal
chefa do outro lado da linha.
– Isso mesmo. Precisamos agir, é uma
moça. Fez-se de vítima, tá na cara.
– Não se preocupe – Disse “Carla” –
Tenho uma solução.
Ao som de “S&m –
Rihanna (com Britney Spears)”...
Carla, rapidamente, saiu de seu
apartamento e correu para seu carro. Entrou e saiu pelas ruas de São Paulo. Em
poucos minutos, estacionava o veículo no estacionamento do hospital Trindade.
No corredor, andou apressadamente, para a curiosidade das pessoas que também
passavam por ali. Ao chegar à sala de Estela, ela abriu a porta muito forte, o
que fez a primeira levar um susto.
– Que isso Carla? É a terceira guerra
mundial?
– Não, é pior.
– Do que se trata?
Carla
se sentou.
– A polícia tá sabendo do nosso
esquema. Colocaram uma jovem infiltrada na nossa quadrilha. Nossos homens a
flagraram com um celular e com um crachá de polícia federal.
– E agora? – Perguntou Estela
apavorada, pois tudo poderia ir por água a baixo.
– Lembra-se daquele
terreno que comprei na Bolívia?
– Sim, lembro.
– Vamos levá-las pra lá. Todas as
garotas. A polícia não vai saber. Aquela policialzinha de quinta, quando
descobrir, vai se arrepender do dia em que nasceu. Porque quando se trata de
Carla Chrustins no comando, tudo vai dar certo, e não há ninguém que consiga me
deter.
COLABORADOR-
LUIZ GUSTAVO
DIREÇÃO DE
ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO
POR - WILLIAM ARAUJO
REALIZAÇÃO -
TV VIRTUAL
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