segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Retaliation - Episódio 9


Mansão Andrade.


        O dia estava amanhecendo. Bianca já tinha acordado e permanece em sua cama, olhando Victor que ainda dormia profundamente, era sábado de manhã. Bianca mantém um sorriso como se fosse criança quando acaba de ganhar um presente, só que não queria se separar desse presente por nada deste mundo. 

Música: Whiplash- Selena Gomez


        - Victor, Victor... Você me ama, eu sei! Só tenta esconder isso para fazer charme, e eu amo isso! - Sussurrou Bianca, dissimulada. Ela era e sempre foi possessiva e loucamente apaixonada por aquele homem, não o deixava por nada nesse mundo, nem que fosse forçada.

        Bianca abaixou a cabeça e começou a distribuir beijos delicados sobre o rosto de Victor ate o pescoço, ela tentava acordá-lo com isso. E conseguiu, ainda com os olhos fechados Victor se pronunciou.

        - Bom dia Paola! - Falou Victor, totalmente perdido em seus sonhos e sono;

Bianca colocou a sua boca perto ao ouvido de Victor e sussurrou.

       - Não é a Paola, mas eu posso te fazer bem mais feliz quanto, meu amor! - Bianca deu ênfase ao “meu amor”. Victor levantou-se de uma vez da cama, espantando e se afastou para outra ponta, longe de Bianca.

         - O que você tava fazendo Bianca? Ficou louca, pirou de vez garota?- Pergunta Victor, totalmente irritado com os atos de Bianca.

        - Eu tava só te fazendo um carinho de bom dia, já que a Paola não pode e nunca vai poder te dar o que você quer dela! - Bianca engatinhou a Victor, que a olhava, enfurecido. - Sabe que eu te amo, e sempre vou te amar Victor! 

        Bianca ficou bem perto de Victor, com os seus rostos quase colados. Ela levou uma das suas mãos ao rosto de Victor e a sua outra mão a ao peitoral masculino.

         - Eu te amo! Você não sabe do que eu sou capaz de fazer por ti e por esse amor que eu sinto por você Victor. -  Bianca fala num tom totalmente apaixonado.

Com frieza, Victor fez questão de responder a Bianca.

          - Não Bianca, você esta errada! Eu sei muito bem do que você é capaz, tanto sei que você me forçou a ver e a pensar que a Paola poderia esta morta durante todos esse anos.- Victor pegou as duas mãos de Bianca com força, tirando elas do seu rosto e do seu peitoral. - Você é a única pessoa morta aqui, Bianca! Morta de sentimentos, morta de tanta loucura e morta por sempre ser essa pessoa, essa mulher, obcecada por alguém que nunca te amou e nunca vai te amar! ENTENDE ISSO DE UMA VEZ BIANCA: EU NÃO TE AMO! - Victor jogou Bianca com toda força que tinha para longe dele, Bianca não chorou e nem gritou, ela apenas caiu na risada.

        - Você pode me ignorar, pode gritar comigo, pode dizer quantas vezes quiser que não me ama Victor! Mas é assim que você demonstra o seu amor por mim, é com esses atos, com esses gritos e com esses empurrões!

         Victor se levantou da cama e começou a andar de um lado para o outro no quarto, enquanto Bianca continuava rir.

           - Victor ama a Bianca, Victor ama a Bianca, Victor ama a Bianca!- Cantarolou Bianca, como se tivesse em uma brincadeira de roda.

        - CALA A BOCA SUA LOUCA! É ISSO QUE VOCÊ É: UMA LOUCA, PIRADA, UMA CRIMINOSA! - Esbravejou Victor, fazendo Bianca se calar quando ele lhe chamou de criminosa.

        - Agora é crime amar alguém Victor? Fazer ate o que o diabo duvida, mover céus e terra por essa pessoa é crime? - Bianca sentia que Victor a acusava injustamente.

        - Amar alguém não é crime, Bianca. Mas matar pessoas, agredir e manipular documentos? Sim, é um crime. - Victor pegou uma toalha, entrou no banheiro e fechou a porta com força.

Instituto Portas Abertas.

Já se passava das 09h00min da manha, o instituto estava cheio de crianças e jovens começaram os seus cursos. O instituto apoiava o grafite, não a pichação. O teatro, a dança, cursos de instrumentos musicais, cursos de idiomas e dentre outros estavam no grande catálogo de cursos que o instituto possuía. Paola estava trajava um vestido de tamanho médio da cor preta com apenas uma alça e um pequeno salto. Um vestido simples e não muito chique, que fez com que Camila estranhasse o modo que Paola estava.

       - Eu pensei que gente rica se vestia com roupa mais, me deixa pensar na palavra certa, hum.;. Chique! – Exclama Camila, que caminhava ao lado de Paola por um dos enormes corredores do instituto. Tudo aquilo fazia Paola lembrar dos tempos em que ela achava que poderia confiar em todo e na sua única amiga, mas a sua confiança e a segurança na amizade que tinha caiu por terra.

        - Completamente enganada! Não é por que agora eu tenho uma boa condição financeira e social que eu vou me portar, me vestir e agir como se fosse mais uma dessas dondocas que esbanjam dinheiro e seus maridos como um troféu, que só lhe trazem dinheiro e nada mais. Maioria desses casamentos e desses casais que vemos em revistas e noticias são de fachada, ou apenas por acordos financeiros! – Fala Paola, numa tonalidade neutra.

        - Pelo visto, você não mudou nada na sua personalidade amiga! Sabe, foi difícil esses últimos anos por aqui. O colégio fechou, muitos dos professores ficaram sem emprego e ai de uma outra para outra, você aparece assim: Rica, casada, mais linda do que já era e... - Camila abaixou o tom de voz e sussurrou para si mesma. - Viva!

Paola percebeu o que Camila fez, ouviu perfeitamente o que ela tinha falado. Já sabia que a sua “amiga” já não era tão verdadeira, tão boa e tão gentil assim. Sabia o que tinha feito e sabia com que Camila era metida: Entrada de produtos clandestinos e venda de armamentos de grande porte para gangues e traficantes. Paola decidiu que era hora de pressionar Camila.

         - Mas então Camila, diz ai: Com que você trabalha e aonde você trabalha? - Camila ficou branca e olhou assustada para Paola;

“Ela entregou o jogo!” Pensa Paola.