Retaliation - Episódio 4

“There is nothing I do better than revenge”- Better Than Revenge de Taylor Swift

       Paola já se encontrava atrás do palco, esperando o momento certo para que entrasse e fizesse com que todos percebessem que, não estava tão morta quanto pensavam. “Eles realmente pensam que eu estou morta, irão tomar um susto só de me verem em cima daquele palco” pensou Paola. Sentiu uma mão tocar o seu ombro, virou rapidamente para trás e percebeu que era Miguel.

      - Ai, que susto! Qual é o seu problema em? - Questiona irritada.

      - O que foi que você aprontou em?- Indaga Miguel. Conhecia bem Paola, sabia que ela tinha feito algo errado.

     - Eu? Nada. Por que acha que eu fiz algo de errado? Eu só estou ansiosa para começar o meu discurso, prometi para a sua mãe e eu quero que essa promessa seja realizada.

Miguel olha desconfiado para Paola, ela sabia mentir, mas não o enganava. Em seguida, escutaram o anuncia que o discurso iria começar.

      - Por favor, uma salva de palma da representante de Laura Macedo de Oliveira, a sua nora Paola Cristina Macedo de Oliveira.

Paola surgiu ao lado do palco, passando em frente das mesas que estavam na frente do palanque e caminhou em direção a uma pequena. Mas antes que Paola subisse ao local, observou para o lado e encarando todos que estavam na mesa de Bianca e sorriu ao ver a reação de Bianca.

      - Antes de tudo, gostaria de agradecer a presença de todos aqui essa noite. Sem a cooperação dos presentes, a Portas Abertas não poderia se reerguer, qual era o sonho da minha falecida e amada sogra, Laura Macedo de Oliveira.

         Após uma pequena pausa por causa das palmas de todos, Paola recomeçou a falar.

      - Se uma coisa que a Laura me ensinou foi que nunca é tarde para fazer o que você não teve oportunidade de concluir no passado, esse é o fundamento e o ensinamento que a Portas Abertas que dar essas crianças e jovem, que no futuro poderão ser empresários, médicos, arquitetos ou até mesmo políticos. É isso que a Laura quis que todos tivessem escolhas, e foi uma opção minha poder seguir em frente com esse projeto belíssimo. Eu sinto que tudo que aconteceu no passado, poderá ter um final diferente. Nunca é tarde para mudarmos algum acontecimento, sempre tem um jeito. Então, eu gostaria que todos começassem a fazer parte dessa fundação filantrópica que é a Portas Abertas.

      Todos se levantaram de onde estavam e fizeram uma salva de palmas para Paola, que abriu um sorriso vitorioso. Ela olhou para o lado e viu que todos os homens da mesa de Bianca estavam em pé, batendo palmas. Bianca olhou para Paola e depois para Victor, que estava com os olhos brilhando de tanta alegria e com um enorme sorriso. Bianca se levantou.

      - Que ódio! Parem de bater palmas, seus burros! Parem agora! – Ordena Bianca, fracassando.

     - Cala a boca Bianca! - Fala Rafael, que fez com que Manuela solta um risinho baixo.

    “Não acredito, ela estava morta, eu a matei. Não, isso é impossível! Ela não passa de uma roqueirazinha! Uma roqueira brega e que quase tomou o MEU Victor de mim, mas isso não ira ficar assim. Não mesmo!” Pensa Bianca, que já arquitetava o seu plano para poder tirar Paola do seu caminho, aquilo não ficaria daquele jeito.

Paola desceu do palco, Miguel esperava sua esposa descer. Ele segurou a sua mão e os dois caminharam a saída do salão de festas, mas que são abordados por alguém..

     - Paola, eu não posso acreditar. Você esta viva, meu santo Deus! Não sabe quanto eu fiquei preocupada, eu sempre tive esperança que você tivesse viva! -  Camila, sua antiga amiga, correu para abraçá-la

Paola também abraçou, mas não demonstrou sentimentos e nem muito menos emoção. Teria que esquecer-se de quem foi seu amigo no passado, todos tinha culpa, pelo menos uma parcela.

      - Você também não sabe quanto eu sentir sua falta, Camila! - Paola falava com uma voz doce, mas sua expressão era fria.

As duas se separaram do abraço e Paola fingiu uma expressão de felicidade. Miguel balançou a cabeça negativamente ao ver o que a esposa, estava fazendo, era contra a vingança, mas sabia que ninguém poderia tirar essa ideia dela.

     - Onde você estava Paola? Você sumiu e nem muito menos se despediu de mim!

Paola colocou o seu braço sobre o ombro de Camila e deu um sorriso forçado.

      - Eu sumi, serio? Que eu me lembre, eu me despedir de você, mas você estava mais ocupada em arranjar um contrato para a sua banda. Que, com certeza, deve ter feito sucesso, não é?

      - Não... Eu não conseguir o contrato e agora sou dona de um estúdio, que produz artes em cera. Estou animada! Mas me diz, por favor, onde você se meteu? - Sem explicação, Paola saiu de perto de Camila e caminhou em direção à saída, viu que Iasmim apareceu e todos os olhares voltaram para ela.

     - Chame a policia, essa mulher me espancou! Ela é maluca, sofre de problemas mentais!

Miguel observa assustado para Paola, que fitava friamente Iasmim.

     - Você só pode esta louca, garota! A Paola nunca seria capaz de fazer algo desse tipo!- Defende Miguel, que em seguida, chegou perto da sua esposa e abraçando-a de lado.

“Eu tenho que fazer algo, e rápido. Não podem duvidar de mim, não mesmo!”

Paola pensou, e pensou rápido, depois começou a chorar forçadamente, para enganar a todos.

     - Eu juro que não fiz nada, ela esta me acusando somente para estragar a festa que é em homenagem a Laura. Não percebem isso? - Paola chorava cada vez mais e convencia a todos que estavam presente. Menos Bianca, sabia que não poderia confiar em nada que estava acontecendo. Para se livrar de Paola, teria que fazer o mesmo que fez com André, há anos atrás: sozinha, sem ajuda e sem ninguém saber.