
Dias Atuais - 13 anos depois.
Treze anos se passaram, as dores sumiram
com o passar dos tempos, mais deixando cicatrizes em todas as partes do corpo e
dos sentimentos de Paola. Hoje, com 28
anos, cultiva a vontade de poder encerrar os seus pesadelos de uma única maneira:
vingando-se de quem a prejudicou, atrapalhou e quase fez perder a vida.
Uma
bela mansão, com dezenas de portas de vidro escuras uma do lado da outra e da
cor branca. Era a nova moradia de Paola, junto com o seu marido, Miguel. Miguel era herdeiro de uma respeitada mulher
da sociedade filantrópica, que veio a falecer há seis meses atrás em Paris,
onde Paola residia junto com o cônjuge. Miguel seguiu os passos do seu avô, a
carreira política tinha sido de grande agrado, logo chegando ao plenário
da capital brasileira. A noite permanece linda, as surpresas e revelações
aguardavam a todos aqueles que estavam esperando conhecer a tão misteriosa
esposa do herdeiro do casal Macedo de Oliveira. Paola se arrumava em frente ao
enorme espelho, coloca o belo colar de Esmeraldas, que contrastava com o belo
vestido preto justo que usava. De longe, Paola observa Miguel dando o nó na sua
gravata. Ela balança a sua cabeça, afastando os pensamentos de envolver uma
pessoa boa e sem nenhuma culpa no que ela começaria a fazer a parti de hoje.
- Está muito bela! Terei que tomar cuidado
hoje à noite.
- Cuidado com o que Miguel?! - Perguntou
Paola, colocando o par de brincos que combinava com o belo e grandioso colar.
- Com aqueles que acham que você pode
ser uma miragem e correrem para cima de você. Não vou dá mole Paola, sabe bem o
motivo. - Miguel coloca as mãos em cima dos ombros de Paola, que encara a visão
de seu marido no luxuoso espelho. - Tem certeza que quer fazer isso?! Se não,
nós damos uma de esnobes e falamos que estamos em um tour pelo Nordeste.
Paola
olhou assustada para Miguel.
- Por que você gosta tanto de querer me
impedir de fazer o que eu tanto planejei durante os longos dos anos que eu
passei escondida? Aprisionada e vendo o tempo passar sem que puder mover num
músculo contra aqueles que tentaram me matar em?! Mas esqueça a sua tentativa
de mudar a minha vontade de está aqui. Eu passei treze anos escondida, treze
anos tentando não aparecer de uma vez e mostrar que eu não tinha morrido. Agora
que eu estou aqui. - Paola pega seu clutch e olha com uma expressão de confiança. - Eu não parar
agora, vou até o fim!
Paola
caminha em direção à saída do enorme quarto, até que Miguel puxa o seu braço e
a faz encara-lo.
- Se você não vai desistir, eu também não
desisto! Não irei decepcionar o desejo da minha mãe, o ultimo que ela fez para
mim. - Miguel falava serio e firme das palavras que saiam da sua boca.
-Tudo aquilo tem nome. O nome é vingança!
- Os olhares de Paola e Miguel se encontraram e eles se encararam, até que
Paola olhou para baixo. - Vamos, esqueça o que aconteceu aqui.
Não podemos chegar atrasados não é?! - Avisa Miguel, soltando o braço de Paola
e saindo do quarto, sem olhar para trás. Não fez isso, não precisou fazer isso,
sentiu que outros passos além do seu se aproximava rapidamente, em seguida, observa
discretamente para o lado e percebeu que Paola estava caminhando ao seu lado.
Miguel
e Paola pararam na escadaria que dava acesso ao andar da saída. Ele fez sinal
para que ela ficasse de braços dados com o dele, assim ela fez. Os dois
seguiram para o lugar que Paola tanto queria que chegasse, queria o rosto
daqueles que pensam que ela está tão morta quanto um pequeno e inofensivo
animal assassinado durante uma caçada. Ela, no entanto, estava tão viva que
poderia afirmar com todas as palavras que não estava ali somente para mostrar
que estava viva, ostentava mais e mostra que ainda era uma ameaça. Desejava eliminar, provocar medo e ter todos
os inimigos na palma da sua mão. Logo o tempo passou, Paola não percebeu muito no que Miguel falava.
Miguel para em frente ao belo e iluminado
portão de entrada do antigo colégio. Paola saiu do carro com ajuda do marido,
os dois caminharam em direção à entrada. Paola percebe que um pequeno
aglomerado estava atrás de alguns carros, fotógrafos perseguiam Miguel, já que
pouco tinha visto ela pessoalmente.
- Pare de olhar para trás, é exatamente
isso que eles querem! Continue com a sua pose de antipática e antissocial. -
Miguel puxa Paola levemente pelo braço, fazendo com que chegasse mais
rapidamente a porta principal.
- Bem vindos, é uma honra poder recebê-los
na nova sede da instituição, “Portas Abertas”. - Fala uma moça de cabelos
negros e olhos de azulados.
-Ela quis dizer “Bem vindo ao inferno”-
Cochicha Paola, bem próximo ao ouvido de Miguel. Que revira os olhos com as palavras
ditas por a sua esposa.
Miguel
estende a mão, a moça de cabelos negros aperta a mão de Miguel. Paola fez o
mesmo, mais com cara de poucos amigos. Conhecia a moça que estava na sua
frente, se chamava Clarisse e era do grupinho de Bianca. Pelo que se recordava,
não estava presente na noite da sua tentativa de assassinato. Clarisse fez um
sinal para que eles acompanhassem, para conhecer o espaço que tinha sido completamente
demolido e construído em cima do antigo colégio.
- Bom, aqui é o estúdio musical. - Eles
entraram, depois perceberam que tinha alguém dentro do local. Paola a conhecia.
Sim, era uma delas. Iasmin, mais uma seguidora de Bianca. - Iasmin, o que faz
aqui?! - Clarisse questiona estampada.
Posteriormente
Iasmin virou-se e sua explanação mudou radicalmente. Ela estava espantada e
Paola, com a certeza os pensamentos para que encontrasse uma delas pelo caminho
se realizou.