quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Retaliation - Episódio 2



Dias Atuais - 13 anos depois.


      Treze anos se passaram, as dores sumiram com o passar dos tempos, mais deixando cicatrizes em todas as partes do corpo e dos sentimentos de Paola.  Hoje, com 28 anos, cultiva a vontade de poder encerrar os seus pesadelos de uma única maneira: vingando-se de quem a prejudicou, atrapalhou e quase fez perder a vida.

Uma bela mansão, com dezenas de portas de vidro escuras uma do lado da outra e da cor branca. Era a nova moradia de Paola, junto com o seu marido, Miguel.  Miguel era herdeiro de uma respeitada mulher da sociedade filantrópica, que veio a falecer há seis meses atrás em Paris, onde Paola residia junto com o cônjuge. Miguel seguiu os passos do seu avô, a carreira política tinha sido de grande agrado, logo chegando ao plenário da capital brasileira. A noite permanece linda, as surpresas e revelações aguardavam a todos aqueles que estavam esperando conhecer a tão misteriosa esposa do herdeiro do casal Macedo de Oliveira. Paola se arrumava em frente ao enorme espelho, coloca o belo colar de Esmeraldas, que contrastava com o belo vestido preto justo que usava. De longe, Paola observa Miguel dando o nó na sua gravata. Ela balança a sua cabeça, afastando os pensamentos de envolver uma pessoa boa e sem nenhuma culpa no que ela começaria a fazer a parti de hoje.

     - Está muito bela! Terei que tomar cuidado hoje à noite.
     - Cuidado com o que Miguel?! - Perguntou Paola, colocando o par de brincos que combinava com o belo e grandioso colar.
     - Com aqueles que acham que você pode ser uma miragem e correrem para cima de você. Não vou dá mole Paola, sabe bem o motivo. - Miguel coloca as mãos em cima dos ombros de Paola, que encara a visão de seu marido no luxuoso espelho. - Tem certeza que quer fazer isso?! Se não, nós damos uma de esnobes e falamos que estamos em um tour pelo Nordeste.

Paola olhou assustada para Miguel.

      - Por que você gosta tanto de querer me impedir de fazer o que eu tanto planejei durante os longos dos anos que eu passei escondida? Aprisionada e vendo o tempo passar sem que puder mover num músculo contra aqueles que tentaram me matar em?! Mas esqueça a sua tentativa de mudar a minha vontade de está aqui. Eu passei treze anos escondida, treze anos tentando não aparecer de uma vez e mostrar que eu não tinha morrido. Agora que eu estou aqui. - Paola pega seu clutch e olha com uma expressão de confiança. - Eu não parar agora, vou até o fim!

Paola caminha em direção à saída do enorme quarto, até que Miguel puxa o seu braço e a faz encara-lo.

    - Se você não vai desistir, eu também não desisto! Não irei decepcionar o desejo da minha mãe, o ultimo que ela fez para mim. - Miguel falava serio e firme das palavras que saiam da sua boca.
    -Tudo aquilo tem nome. O nome é vingança! - Os olhares de Paola e Miguel se encontraram e eles se encararam, até que Paola olhou para baixo.   - Vamos, esqueça o que aconteceu aqui. Não podemos chegar atrasados não é?! - Avisa Miguel, soltando o braço de Paola e saindo do quarto, sem olhar para trás. Não fez isso, não precisou fazer isso, sentiu que outros passos além do seu se aproximava rapidamente, em seguida, observa discretamente para o lado e percebeu que Paola estava caminhando ao seu lado.

Miguel e Paola pararam na escadaria que dava acesso ao andar da saída. Ele fez sinal para que ela ficasse de braços dados com o dele, assim ela fez. Os dois seguiram para o lugar que Paola tanto queria que chegasse, queria o rosto daqueles que pensam que ela está tão morta quanto um pequeno e inofensivo animal assassinado durante uma caçada. Ela, no entanto, estava tão viva que poderia afirmar com todas as palavras que não estava ali somente para mostrar que estava viva, ostentava mais e mostra que ainda era uma ameaça. Desejava eliminar, provocar medo e ter todos os inimigos na palma da sua mão. Logo o tempo passou, Paola não percebeu muito no que Miguel falava.

      Miguel para em frente ao belo e iluminado portão de entrada do antigo colégio. Paola saiu do carro com ajuda do marido, os dois caminharam em direção à entrada. Paola percebe que um pequeno aglomerado estava atrás de alguns carros, fotógrafos perseguiam Miguel, já que pouco tinha visto ela pessoalmente.

      - Pare de olhar para trás, é exatamente isso que eles querem! Continue com a sua pose de antipática e antissocial. - Miguel puxa Paola levemente pelo braço, fazendo com que chegasse mais rapidamente a porta principal.

     - Bem vindos, é uma honra poder recebê-los na nova sede da instituição, “Portas Abertas”. - Fala uma moça de cabelos negros e olhos de azulados.
      -Ela quis dizer “Bem vindo ao inferno”- Cochicha Paola, bem próximo ao ouvido de Miguel. Que revira os olhos com as palavras ditas por a sua esposa.

Miguel estende a mão, a moça de cabelos negros aperta a mão de Miguel. Paola fez o mesmo, mais com cara de poucos amigos. Conhecia a moça que estava na sua frente, se chamava Clarisse e era do grupinho de Bianca. Pelo que se recordava, não estava presente na noite da sua tentativa de assassinato. Clarisse fez um sinal para que eles acompanhassem, para conhecer o espaço que tinha sido completamente demolido e construído em cima do antigo colégio.

      - Bom, aqui é o estúdio musical. - Eles entraram, depois perceberam que tinha alguém dentro do local. Paola a conhecia. Sim, era uma delas. Iasmin, mais uma seguidora de Bianca. - Iasmin, o que faz aqui?! - Clarisse questiona estampada.


Posteriormente Iasmin virou-se e sua explanação mudou radicalmente. Ela estava espantada e Paola, com a certeza os pensamentos para que encontrasse uma delas pelo caminho se realizou.