CENA 1. HOSPITAL/ QUARTO DE DERICK. INTERIOR. NOITE
A pessoa pega o travesseiro e começa a sufocar Derick.
ASSASSINO – Vá pro inferno seu bandido enrustido!
Os batimentos vão diminuindo até que forma-se uma reta e o aparelho começa a fazer o sonido. A pessoa encara Derick por instantes enquanto o aparelho continua, o assassino tira da jaqueta um batom preto e joga no canto da parede, ele coloca as mãos no bolso e sai caminhando tranquilamente pelo hospital. A pessoa caminha até o estacionamento onde Laísa e Rosa voltam para o hospital, o assassino sobe na moto preta e acelera pisando fundo, Laísa e Rosa logo se lembram:
A garagem do prédio se abre uma moto preta sai de lá com o assassino encapuzado e vestido de preto, a moto corta no meio da avenida em altíssima velocidade passando por cima de tudo no caminho.
Laísa e Rosa começam a correr em choque para dentro do hospital, elas correm até o hospital e vai até o quarto de Derick onde encontra diversos médicos fazendo ressuscitação em Derick. Elas ficam em choque.
CENA 2. PENSÃO/ QUARTO DE CRISTAL. INTERIOR. NOITE
Cristal e Jack dormem juntos, até que o celular toca, Cristal se levanta e atende Rosa em prantos.
CRISTAL – Alo, Rosa, o que foi?
ROSA – O Derick, Cristal… Tá entre a vida e a morte!
CRISTAL – COMO É QUE É!?
ROSA – Tentaram atropelar e Derick e tentaram matá-lo aqui no hospital.
CRISTAL – (Revoltada) DESGRAÇADA! Foi ela Rosa, a tua mãe quem fez isso.
ROSA – Do que você tá falando? Minha mãe… Assassina!?
CRISTAL – Vai passando o endereço que eu to indo pra aí agora!
Cristal se levanta deixando Jack dormindo e parte.
CENA 3. HOSPITAL/ SALA. INTERIOR. NOITE
Laísa e Rosa continuam apreensivas a espera de notícias de Derick, até que Cristal entra. Instantes. Um médico entra no salão.
LAÍSA – Doutor como tá meu filho?
MÉDICO – O seu filho irá se recuperar, a respiração foi interrompida por instantes mas entubamos o paciente e fizemos ressuscitação nele.
CRISTAL – Ele tava se recuperando do atropelamento, ele tava bem, como que isso acontece?
MÉDICO – Ao que tudo indica foi tentativa de assassinato. Inclusive encontramos isto no quarto do paciente, caído por lá, possivelmente foi deixado pelo assassino.
O médico mostra o batom preto que é idêntico ao de Carlota, Rosa furiosa toma das mãos do médico.
ROSA – A minha mãe vai ter que me explicar isso direitinho!
Rosa sai furiosa, Cristal tenta ir atrás, mas Laísa a segura.
LAÍSA – Deixa… É hora de mãe e filha terem seu tempo, vai por mim, é melhor.
CENA 4. CASA DE CARLOTA/ SALA. INTERIOR. NOITE
Carlota incrédula com o que vê na TV, ela vê uma reportagem sobre a invasão do hospital de Derick, ela está ao lado de Roberto.
ROBERTO – Então quer dizer que tentaram matar o Roberto…
CARLOTA – Eu juro Roberto, eu só tentei matar o Derick uma vez, alguém foi no hospital pra completar o serviço e me incriminar!
ROBERTO – Esse jogo tá ficando perigoso Carlota.
Rosa entra em casa furiosa.
ROSA – Você realmente achou que não ia ser pega sua ASSASSINA? Olha o seu batom preto onde tá.
Carlota fica em choque.
ROSA – Suponho que esse traste aí deva ser seu capacho…
ROBERTO – Olha como fala comigo.
CARLOTA – Que cerco é esse Rosa? Tá furiosinha só porque seu namoradinho foi atropelado?
ROSA – SUA SONSA! Foi você mamãe, você o atropelou e foi o hospital pra terminar o serviço… Mas ele tá vivo.
CARLOTA – Eu juro Rosa, eu não pisei naquele hospital.
ROSA – Aé!? Então esse batom exclusivo aqui é de quem? Então você admite que o atropelou? Eu te desprezo mamãe, eu cansei dos seus segredos, das suas mentiras… O Derick vai sair daquele hospital e é melhor você rezar pra ele ficar com aminésia.
Rosa se vai, Carlota cai no sofá aos prantos, Roberto a consola.
CARLOTA – Minha filha me despreza Roberto, me despreza.
CENA 5. APARTAMENTO DE CAUÃ/ SALA. INTERIOR. NOITE
Música: Over the Love – Florence and the Machine
Cauã se lembra:
Cauã se aproxima para beijá-la, ela esquiva e aproxima-se de seu ouvido.
ESMERALDA – Ãn, ãn. O nosso encontro não para só nisso.
Em seguida ele se lembra:
Cauã e Cristal estão no asfalto deitados um por cima do outro, aflitos, sem reação, apenas um encarando o outro, Cristal aproxima sua boca do ouvido de Cauã sussurando.
CAUÃ – Parece que estamos kits agora (Ri) Eu te atropelei e agora te salvei.
CRISTAL – (Sorridente) Seu bobo! (Sussura) Escuta, por que não sai de cima de mim?
CAUÃ – Não quero e sei que você também não quer.
Cristal e Cauã se beijam apaixonadamente.
CAUÃ – Por que essas duas mexem tanto comigo meu Deus!? Eu não mereço!
CENA 6. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE/ DIA
Amanhece um lindo dia na capital espanhola, ritmado como sempre.
CENA 7. CASA DE CARLOTA/ LAVABO. INTERIOR. DIA
Carlota encara-se diante do espelho, vários flashs vem a sua mente. Até que a porta bate, ela abre para a empregada.
EMPREGADA – Dona Carlota, carta para a senhora, é importante e o envelope me chamou atenção.
Carlota pega o envelope e fecha a porta, ela rapidamente rasga para ver o conteúdo. Instantes. Carlota sai do banheiro com um sorriso enigmático.
1 SEMANA DEPOIS...
CENA 8. PRÉDIO DA QUADRILHA/ SALA. INTERIOR. DIA
Esmeralda e Natalie almoçam, Natalie serve uma pizza.
NATALIE – A pizza tá uma delícia Esmeralda, você tem que provar.
ESMERALDA – Cadê os meninos?
NATALIE – Fora como sempre… Prova aqui.
Natalie oferece a Esmeralda, ela sente o cheiro da pizza e corre para o banheiro.
NATALIE – O que aconteceu Esmeralda!?
ESMERALDA – Não sei! Essa pizza só pode estar estragada!
Esmeralda se olha diante do espelho e pensa durante segundos, ela rapidamente corre para seu quarto. Logo Natalie ouve um som de vidro quebrando e berros histéricos de Esmeralda.
ESMERALDA – (Berrando) NÃO!
Natalie corre até o quarto e vê Esmeralda perto de um espelho quebrado, Esmeralda berra e chora, Natalie fica em choque.
CENA 9. PENSÃO/ COZINHA. INTERIOR. DIA
Cristal e vários hospedes tomam café descontraídos, Jack chega na cozinha animado.
JACK – Bom dia, bom dia pessoal!
CRISTAL – Ei amor, to indo pro ateliê da Carlota, mas tarde a gente dá uma passeada, o que acha?
JACK – Ótima idéia Cristal.
Cristal o beija e ambos saem descontraídos aos beijos.
JACK – Acho que to te amando Cristal.
Cristal fica em choque, tentando esconder que se abala.
CENA 10. ATELIÊ/ SALA DE CARLOTA. INTERIOR. DIA
Cristal na porta do ateliê de Carlota, ela chega e vai entrando até sua sala, em seguida Cristal entra e fecha a porta com um ar desafiado.
CARLOTA – O que faz aqui? Eu detesto meus subordinados na minha sala.
CRISTAL – Vim comentar sobre o Derick com a senhora, não é de fato muito estranho ele sofrer um acidente daqueles justamente após te desafiar namorando sua filha?
CARLOTA – Cada um tem aquilo que merece.
CRISTAL – Concordo, e graças ao bom Deus ele vai se recuperar.
CARLOTA – Qual a sua ligação com o Derick garota?
CRISTAL – Não sei… Você sabe?
CARLOTA – Não me desafie Cristal, você não sabe do que eu sou capaz!
CRISTAL – De matar 4 pessoas explodindo uma lancha por exemplo.
Carlota se choca, Cristal muda o semblante para um semblante divertido.
CRISTAL – Brincadeirinha!
Cristal se levanta e vai até a porta.
CARLOTA – Lembre-se que faltam 2 meses pro seu contrato acabar garota e se eu não renovar você voltará a ser o nada que você sempre foi.
Cristal ri e logo disfarça o riso.
CRISTAL – Isso é o que veremos… DONA Carlota.
CENA 11. APARTAMENTO DE DERICK/ SALA. INTERIOR. DIA
Rosa ao lado de Derick ambos conversam.
ROSA – Derick… Eu senti tanto medo de te perder naquele momento… Quando eu te vi naquela cama de hospital entrevado, respirando por aparelho eu senti que to te amando.
DERICK – Eu tenho medo Rosa. Quando eu… Quando tudo recomeçou eu jogava tudo sem medo, não tinha nada a perder, mas as mulheres da minha vida deram-me sentido novamente.
ROSA – (Enciumada) Hum… E quem são elas?
DERICK – Minha mãe… Você minha linda e tem uma outra que um dia você saberá Rosa…
ROSA – Derick vamos viajar no mundo um pouco o que acha?
Derick abraça Rosa, uma lágrima cai de seu rosto.
DERICK – Meu passado sempre será minha sombra, eu jamais me perdoaria se eu fugisse de novo… Jamais.
CENA 12. HOSPITAL/ CONSULTÓRIO. INTERIOR. DIA
Esmeralda no consultório deitada numa maca, Natalie está ao seu lado acalmando-a, logo um médico entra.
ESMERALDA – O que eu tenho é grave doutor?
MÉDICO – Olha dona Esmeralda, pra uma senhora como você é sim… Pelo que me contaram vai ser o seu fim!
Esmeralda fica tensa.
ESMERALDA – Doutor… Um pedido chame minha prima e o Cauã aqui…
NATALIE – ESMERALDA!
ESMERALDA – Se for realmente o que eu to pensando Natalie a minha vida acabou, mas não acabou sozinha, você pode ter certeza.
NATALIE – Esmeralda… Você tem certeza que quer mesmo envolver essa pessoa nisso… E se for…
ESMERALDA – (Corta) Isso vemos depois.
CENA 13. APARTAMENTO DE CAUÃ/ SALA. INTERIOR. DIA
Cauã dormia enrolado num lençol, jogado no sofá de qualquer jeito, até que o telefone toca, ele se levanta e atende.
CAUÃ – Cauã Fernandez na linha, quem fala?
MÉDICO – É do hospital San Roman, por favor, seu Cauã, seria possível sua presença aqui em meia-hora?
CAUÃ – Pra quê?
MÉDICO – Assunto de seu interesse.
CAUÃ – Estou indo.
Cauã se levanta, se troca e vai embora.
CENA 14. PENSÃO/ QUARTO DE CRISTAL. INTERIOR. DIA
Jack e Cristal entram em seu quarto de mãos dadas, eles fecham a porta. Cristal senta na cama e chama Jack para sentar ao seu lado, ela aproxima-se para beijá-la, mas ele esquiva.
JACK – Cristal… Acho que já está na hora de você saber quem realmente é esse Jack que está na sua frente.
Cristal apreensiva, até que o celular toca, ela de imediato atende.
MÉDICO – Alo, aqui é do hospital San Roman, com quem falo?
CRISTAL – Com Cristal.
MÉDICO – Você tem algum parentesco com Esmeralda Diniz Vasconcelos?
CRISTAL – (Exita) Sim… O que tem?
MÉDICO – É sobre ela, precisamos de você aqui o mais rápido possível.
Cristal desliga.
JACK – O que houve?
CRISTAL – A Esmeralda… Ela tá com alguma coisa no hospital, vou lá ver né, infelizmente ainda é minha prima.
Cristal sai, Jack vai atrás.
CENA 15. HOSPITAL/ CONSULTÓRIO. INTERIOR. DIA
O consultório está vazio, Cauã chega.
CAUÃ – Olá… Alguém aqui?
Cauã fica no consultório. Instantes. Cristal chega.
CAUÃ e CRISTAL – (Ao mesmo tempo) VOCÊ AQUI!?
CRISTAL – (Irônica) Eu também estou adorando te ver!
O médico entra acompanhado de Esmeralda.
MÉDICO – A paciente tem uma notícia pra vocês… Bem, acho que vou deixá-los a sós.
O médico sai deixando-os a sós.
CRISTAL – Vamos Esmeralda… Qual o golpe da vez?
CAUÃ – Por que nos trousse aqui? Só pra tirar com nossa cara é isso?
ESMERALDA – Eu também não estou nem um pouco empolgada com isso, mas vamos a notícia? EU ESTOU GRÁVIDA CAUÃ, E VOCÊ É O PAI.
A cena congela em tons roxos em Cauã perplexo com a notícia.
FIM DO CAPÍTULO