segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Pedras Preciosas - Capítulo 13





CENA 1. CASA DE ESMERALDA/ SALA. INTERIOR. NOITE
Esmeralda está ouvindo toda a conversa que está sendo gravada por Jack, sorridente.

ESMERALDA – Peguei esses miseráveis! E é agora que vou acabar com o Armando!

CENA 2. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE/ DIA
Logo a noite estrelada e iluminada pelas belas luzes se vai e amanhece um lindo dia.

CENA 3. PENSÃO/ QUARTO DE CRISTAL. INTERIOR. DIA
Cristal vai se acordando na cama, se espreguiçando, até que vira de lado e dá de cara com Cauã ao seu lado, apenas a observando com um lindo sorriso.

CRISTAL – Tá aí desde que horas seu lindo?

CAUÃ – Desde ontem a noite.

CRISTAL – Sério? A gente dormiu junto.

CAUÃ – (Debochado) Parte da noite a gente passou acordado mesmo, mas sim.

CRISTAL – E a Mirna deixou?

CAUÃ – Fez vista grossa.

CRISTAL – Ela é muito boazinha!

CAUÃ – É mesmo, Cristal, namora comigo?

CRISTAL – Ai Cauã eu tenho medo… Vai que essa gente ainda tá no nosso rastro, a sua mãe também…

CAUÃ – Esquece eles Cristal. A gente tem que viver nossa vida Cristal. Eu to gostando de você e você de mim não vejo problema algum nisso.

CRISTAL – Eu namoro com você seu bobinho.

Eles se beijam novamente apaixonadamente.

CENA 4. MANSÃO DE CARLOTA/ SALA. INTERIOR. DIA
Carlota desce as escadas pensativas, Rosa está na sala folheando uma revista, Carlota se aproxima.

CARLOTA – Seu irmão não dormiu em casa de novo Rosa! Que balada é essa que dura até de manhã?

ROSA – Balada? Ao que eu saiba onde a Cristal mora não é uma casa noturna.

Carlota fica em choque.

CARLOTA – Rosinha linda do meu coração eu vou fingir que você se enganou querida, você com certeza deve ter se enganado.

ROSA – Sinto muito, mas não mamãe. A Cristal e o Cauã estão se tornando amigos muito íntimos, se é que me entende.

CARLOTA – Não pode ser! O Cauã com aquela garota! É o fim da picada meu Deus!

ROSA – Tudo isso por que ela é uma subordinada sua? Ai mãe larga de preconceito!

CARLOTA – Meu Deus, eu não mereço! Não vai dizer que você também tá do lado daquela lá.

ROSA – Claro que sim! Ela é minha amiga também, e em breve minha futura cunhada.

CARLOTA – Só por cima do cadáver da Cristal queridinha, só pode cima do cadáver dela.

ROSA – Ai mãe para de brincadeira! Você faz uma tempestade num copo d’água. O Cauã tem 12 namoradas ao ano, a Cristal é só uma a mais, em 1 mês eles terminam e voltam a ser bons amigos.

CARLOTA – Deus te ouça minha filha, Deus te ouça porque eu não sei do que sou capaz de fazer se isso for sério, eu não sei.

Carlota vai para a cozinha, Rosa olha assustada para Carlota.

ROSA – Por que será que a minha mãe muda tanto quando fala na Cristal?

CENA 5. CASA DE ESMERALDA/ SALA. INTERIOR. DIA
Esmeralda está sentada no sofá fazendo anotações num caderninho, escutando o celular onde está sendo mostrada uma conversa que Jack está gravando da quadrilha.

AMANDA – O Cauã vai ser seqüestrado amanhã a tarde, amanhã é folga da Cristal, de certo eles irão passear em algum lugar como sempre, eles estão bem juntinhos, então fiquem de olho na pensão amanhã, vocês seqüestram ele, trazem pra cá, a gente prepara o porão e se manda.

NATALIE – E o que vai acontecer quando o Cauã falar da senha?

ARMANDO – Primeiro mandaremos um laranja ao banco pra ver se é aquilo mesmo, se for aqueles mesmo laranja já pega o urso e trás pra gente.

JONATHAN – Mas porque não vamos nós mesmos?

ARMANDO – Seria porque o banco tem câmeras de vigilância e a polícia poderia juntar 1+1 e chegar a nós!

AMANDA – Agora eu entendo porque você é o líder da equipe Armando!

ARMANDO – Você tá se saindo muito bem em Amanda.

AMANDA – Você tá lhe dando com uma pessoa competente Armando.

NATALIE – E nós não somos?

AMANDA – Não! Se fossem a Cristal não estaria viva!

JACK – Nossa! Quanta arrogância!

ARMANDO – A Amanda tá é certa! Essa aí é das minhas, mas voltando depois que conseguirmos o que quer a gente devolve ele ou mata Amanda?

AMANDA – Mata lógico! Muito pior do que simplesmente matar a Cristal é deixar alguém ao redor dela morrer por culpa dela.

Esmeralda vai até o celular e desliga a ligação.

ESMERALDA – Já tenho o suficiente!

CENA 6. TOLEDO (ESPANHA)/ PRESÍDIO MASCULINO. EXTERIOR. DIA
Derick coloca uma mochila nas costas, sua cela está aberta, um carcereiro está mantendo-a aberta, Derick com a mochila nas costas olha para cada canto da cela e do presídio.

CARCEREIRO – Quer sair ou já tá com saudade?

DERICK – Não, já apodreci até demais aqui.

Derick vai saindo, ele caminha pelos corredores do presídio olhando-os em volta, cada canto daquele local o despertava uma lembrança diferente daqueles quase 16 anos que Derick estava lá. Na saída lhe é entrego seus pertences, a porta do presídio é aberta para Derick.

CARCEREIRO – Vá Derick, e boa sorte.

Ele dá um passo para fora do presídio, ele olha em volta, seu primeiro contato com o mundo em 16 anos, ele estranha cada lugar, olhando cada canto ao redor ele dá um novo passo, ele chega na calçada por fim onde Laís, uma idosa de uns 60 anos, que é mãe de Derick o espera, ela o abraça.

LAÍS – (Emocionada) Meu filho! Livre novamente, você não faz ideia do quanto eu esperei por isso.

DERICK – Eu achei que ficaria lá pra sempre mãe.

LAÍS – Mas o importante é que você saiu e agora pode recomeçar!

Derick abaixa a cabeça e faz que não.

DERICK – A Carlota conseguiu tirar tudo o que eu tinha mãe! Até minha liberdade ela tirou, mas isso não pode ficar barato mãe, isso não pode!

LAÍS – Cuidado meu filho, a gente sabe muito bem do que aquela mulher é capaz.

DERICK – Mãe, eu recebi as fotos do que a Carlota fez… Então quer dizer que a Cristal está aqui?

LAÍS – Está.

DERICK – Ela que se cuide, senão ela será a próxima vítima!

Derick faz um semblante enigmático. Laís e Derick vão caminhando, ficando cada vez mais distantes da penitenciária onde por tantos anos Derick ficou.

CENA 7. ATELIÊ DE CARLOTA. INTERIOR. DIA
Carlota está na sua cadeira pensativa, até que a porta bate.

CARLOTA – Entra!

Uma funcionária entra.

FUNCIONÁRIA – Dona Carlota tem um homem aí fora querendo conversar com você. Ele não deu nome nem tem hora marcada, mas disse que é urgente e que te interessa bastante.

CARLOTA – Manda entrar então.

FUNCIONÁRIA – Vai querer um cafezinho pra senhora e pra visita?

CARLOTA – Sim.

FUNCIONÁRIA – Então eu aviso a Cristal já que a moça do café faltou.

CARLOTA – Agora sai, sai, desinfeta.

A funcionária sai rapidamente, Carlota fica pensativa, ela gira com a cadeira e vira-se de costas para a porta admirando a janela com uma linda vista para a cidade. Até que novamente a porta bate.

CARLOTA – Entra.

A secretária entra acompanhada de Derick, Carlota continua de costas, a secretária sai.

DERICK – Pelo que pude ver o tempo só lhe fez bem Carlota.

Carlota se arrepia com a voz, seu coração dispara fortemente.

DERICK – Olha pra mim Carlota! Vai dizer que não sentiu saudades nesses 16 anos que eu fiquei fora.

Carlota vira incrédula, ela olha para Derick com um calafrio lhe percorrendo o corpo, ela está totalmente pasma. Derick sorri.

CARLOTA – O que você tá fazendo aqui?

DERICK – Eu quis ver o quanto você subiu na vida Carlota! De longe nem parece aquela golpista, rameira, irresponsável que você era! Como você mudou hein?

CARLOTA – Como você ousa vir aqui depois de tudo?

Nisso Cristal se aproxima da porta e ao ouvir os berros de Carlota fica tensa, parada diante a porta sem entrar.

CARLOTA – Eu já te mandei pra cadeia antes, da próxima é pro cemitério! Eu juro que TE MATO!

DERICK – Não seria a primeira vez… Você já matou quantos mesmo?

CARLOTA – Quanto você quer pra sumir da minha vista Derick? Anda fala seu desgraçado!

DERICK – Eu não to acreditando nisso! Você acha que algum dinheiro no mundo pode cobrir os estragos que você fez na minha vida e na de várias outras pessoas? O seu dinheiro não pode salvá-la da minha irá nem tampouco a mim!

CARLOTA – Se você ousar atrapalhar meu caminho eu acabo com você! E você sabe que eu sou capaz de TUDO pra conseguir o que quero.

DERICK – Disso eu sei, mas se você me jogar no fundo do poço de novo você cai junto e de quebra leva toda sua corja! Olha que beleza! Eu gravei um DVD Carlota na qual eu e outras testemunhas contamos toda a bela história de nossas vidas. E esse DVD tem uma cópia num banco, outra com minha mãe, outra com um colega de presídio e uma no Brasil você sabe bem com quem.

CARLOTA – Desgraçado!

DERICK – Se acontecer alguma coisa com qualquer um de nós as outras cópias de imediato vai parar com a polícia Carlota. Você não se dá conta dos crimes que você cometeu? De tudo o que você fez.

CARLOTA – PARA! PARA DE ME TORTURAR! ME DEIXA!

Cristal do lado de fora continua apreensiva.

DERICK – Para de escândalo Carlota!Naquele tribunal Carlota quando eu fui condenado há 15 anos, 11 meses e 28 dias de cadeia eu tava indo pra penitenciária pelo crime que eu não cometi VOCÊ estava lá na platéia vendo de camarote minha queda e quando eu estava sendo arrastado por 2 guardas, foi aí que eu olhei pra você e eu sussurei umas palavras, se lembra? Pois eu sim, como se fosse ontem eu sussurei “Eu voltarei Carlota” e aqui estou eu.

CARLOTA – Tudo que eu fiz no passado Derick foi por força das circunstância!

DERICK – (Incrédulo) Chega! Já não agüento mais respirar o mesmo ar que você por hoje. Eu vou indo, mas me aguarde Carlota, você ainda ouvirá e muito falar de mim, eu juro!

Derick se encaminha a saída até que se depara com Cristal, ele a olha da cabeça aos pés, em choque. Ele se vira para Carlota perplexo.

DERICK – Você consegue ser ainda mais baixa do que eu imaginei!

CARLOTA – SOME DAQUI!

Derick sai, Cristal está atônita diante de Carlota a encarando, ela levanta a cabeça, respira fundo e olha para Cristal, encarando-a.

CARLOTA – Você não ouviu absolutamente NADA do que foi dito aqui você entendeu Cristal?

CRISTAL – Sim senhora.

CARLOTA – Eu realmente espero.

Cristal sai apavorada, deixando o café em cima de uma mesa qualquer. Ela entra no banheiro e se tranca apavorada com tudo que ouvira, ela fica remoendo tais palavras.

CRISTAL – (Apavorada) Meu Deus… O que foi que aconteceu aqui?

CENA 8. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. DIA/ TARDE
Cai uma bela tarde em Madrid ensolarada e linda como sempre.

CENA 9. PENSÃO/ SALA. INTERIOR. TARDE
Cristal entra na sala da pensão ainda bastante pensativa, sozinha, ela se senta no sofá onde está apenas Dinora.

DINORA – Viu fantasma Cristal? Que cara é essa?

CRISTAL – A Carlota… A minha chefa.

DINORA – Aquela tal megera?

CRISTAL – Sim, e além de megera ela pode ser uma bandida que tem algum envolvimento comigo Dinora! Eu to apavorada!

DINORA – O quê!? Que história é essa amiga?

CRISTAL – Hoje chegou um homem no ateliê, eu fui servir um café pra eles, mas o clima tava tenso na sala então eu não entrei e fiquei na porta, eles discutiam horrorosamente, o tal homem disse coisas terríveis da Carlota! Ela ameaçou ele DE MORTE! Ele disse que não seria o primeiro que ela mata. Esse tal cara também não parece ser bom, ele cometeu um crime e ficou 16 ANOS PRESOS! Pra ter ficado 16 anos atrás das grades ele fez algo bem grave, no Brasil alguém fica menos que isso por crimes terríveis!

DINORA – Credo amiga! Mas estamos na Espanha Cristal! As leis são diferentes!

CRISTAL – Não sei, até lá, saber que minha chefa é uma criminosa tudo bem, mas daí o tal cara saiu, ele me viu na porta, ele me olhou de um jeito… Parecia que ele me conhecia, depois disso ele virou pra Carlota e disse “Você consegue ser ainda mais baixa do que eu imaginei!” ele disse isso por minha causa!

DINORA – Amiga você tá ferrada! Num verdadeiro ninho de cobras, de um lado um grupo de bandidos querendo seu sangue do outro sua chefa, futura sogra que parece ser bem barra pesada.

CRISTAL – Ela sabe que eu ouvi tudo! Eu to com medo!

DINORA – Se acalma! Ela não pode fazer nada contra você e finja que não sabe de ABSOLUTAMENTE NADA! Não comenta isso nem com seu próprio espelho amiga, pro seu bem.

CRISTAL – E o Cauã? E a Rosa? São meus amigos, eles estiveram comigo num dos momentos mais difíceis da minha vida!

DINORA – Mas por hora eu aconselho que você não conte nada.

CRISTAL – Tem razão, por hora eu tenho que ter certeza que me livrei daqueles bandidos.

DINORA – É mesmo!

CRISTAL – Dinora eu to começando a pensar em voltar pro Brasil!

DINORA – Amiga você promete ser uma grande estilista de moda, tá realizando seu sonho, em breve você decola na carreira.

CRISTAL – Você acha que eu to aproveitando meu sonho? Uma quadrilha está observando todos meus passos, eles tentaram tacar fogo em mim, eles tentaram me seqüestrar, do outro lado uma tirana, maluca, se fingindo de santa refinada, mas que é uma bandida da mais alta!

DINORA – Vir pra Madrid foi uma má escolha Cristal! Você sem querer e sem saber alterou a vida de um bando de gente, eu vim pra Madrid atrás de você, sua prima morreu tentando encobrir o crime, 4 bandidos vieram pra cá atrás de você e eu sinto amiga mas eu não acho que você estala os dedos e eles vão sumir da sua cola. Se você voltar pro Brasil eles voltam atrás, pra quem atravessou o atlântico uma vez atrás de você não custa atravessar de novo.

CRISTAL – Tem toda razão amiga! Mas voltando a falar do meu mais recente encosto, a Carlota nunca foi a favor da minha amizade com o Cauã, imagina o que vai acontecer quando ela descobrir que eu e ele estamos namorando.

DINORA – Isso é o que ainda vai demorar umas horinhas pra sabermos. Amanhã é sua folga, e daí aproveita, coloca a cabeça no lugar, pensa mais aliviada.

CRISTAL – É mesmo! Eu estava precisando de uma folguinha!

CENA 10. PRÉDIO DA QUADRILHA/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. DIA
Amanda com uma cartolina na mesa. Armando entra na sala apenas de toalha, mal saído do banho.

ARMANDO – Fazendo o que Amanda?

AMANDA – Vou mandar um presentinho pra Cristal.

ARMANDO – Eu só não entendo uma coisa Amanda, por que você odeia tanto uma garota que nem lembra da sua existência? Desculpe mas pra mim isso é recalque!

AMANDA – Ela não lembra agora, mas eu vou refrescar a memória dela, ah se vou!

ARMANDO – Que raio de presentinho é esse?

AMANDA – Um presentinho anônimo, mas eu garanto que não estragará nossos planos.

ARMANDO – Espero!

Amanda repara em Armando, ele se aproxima de Amanda.

ARMANDO – Os outros deram uma saidinha, não voltam tão cedo.

AMANDA – Isso é um convite?

ARMANDO – O que acha?

Amanda se levanta e se aproxima dele.

AMANDA – Eu acho que você vai gostar muito disso.

Ela o beija em seguida, ele a agarra e ambos continuam se beijando.

CENA 11. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. NOITE
Cai uma bela noite em Madrid cheia de luzes e estrelada como sempre.

CENA 12. MANSÃO DE CARLOTA/ SALA. INTERIOR. NOITE
Carlota entra aflita em casa, preocupada com tudo o que acontecera naquele dia, ela entra e encontra Cauã e Rosa tensos encarando-a.

CARLOTA – Cauã em casa, milagre!

CAUÃ – Tenho uma coisa séria pra falar com a senhora mãe.

CARLOTA – (Apreensiva) O que foi?

CAUÃ – Senta mãe.

Carlota se senta cada vez mais tensa.

CAUÃ – Você sabe que eu e a Cristal estamos bem próximos ultimamente, vamos direto ao ponto? Nós estamos namorando mãe!

Carlota fica em choque.

CENA 13. PENSÃO/ SALA. INTERIOR. NOITE
Quase todos os hóspedes estão na sala, entre eles Dinora e Cristal. Amanda desce do quarto fingindo estar apreensiva.

AMANDA – Cristal tem uma coisa no nosso quarto… Eu acho que todos vocês deviam ver.

CRISTAL – Agora?

AMANDA – Sim.

MIRNA – O que será agora hein?

Mirna, Amanda, Dinora e Cristal sobem as escadas, eles entram no quarto e todos ficam em choque com o que vêem principalmente Cristal. A janela estava escancarada, quase estourada, com sinais de que havia sido supostamente invadida, ao lado na parede estava uma enorme cartolina escrita com letras grandes e vermelhas “VOCÊ ESCAPOU UMA VEZ, MAS O PERIGO ESTÁ MAIS PERTO DE VOCÊ DO QUE VOCÊ IMAGINA”. Cristal se afasta desesperada, Mirna se aproxima da cartolina e fita bem a cartolina, Amanda dá um sorriso cínico, discreto. Mirna vira-se para ela com um olhar ameaçador.

MIRNA – Eu acho que eu sei de quem é essa letra.

CRISTAL – Quem?

Cristal e Dinora viram-se para Mirna esperançosa, ela encara Amanda em pânico.

MIRNA – Então Amanda, pode-nos dizer afinal querida DE QUEM É ESSA LETRA?

AMANDA – (Apavorada) Eu… Eu não faço idéia!

MIRNA – Mas eu sim!

Mirna corre, entra em seu quarto, revira vários papéis, ela volta com um contrato mostrando a assinatura que tem a mesma caligrafia da cartolina com a ameaça.

MIRNA – Essa letra Amanda, ELA É SUA!

Cristal fica a encarar Amanda que fica totalmente apavorada.

A cena congela em tons roxos em Amanda soando frio com a descoberta.

FIM DO CAPÍTULO