CENA 1. ESTRADA. EXTERIOR. FIM DE TARDE
Armando empurra Cristal contra a porta.
CRISTAL – Não façam isso, por favor (chorando) não!
Armando abre a porta e joga Cristal do taxí. Cristal cai no asfalto batendo a cabeça e desmaiando. Logo o carro de Cauã para junto ao da polícia e vão socorre-la enquanto a quadrilha foge no taxí.
CAUÃ – Cristal, Cristal, pelo amor de Deus! Acorda!
Cristal aos poucos vai acordando extremamente dolorida.
CRISTAL – Cauã!? O que aconteceu?
CAUÃ – Sei lá, eu vi um monte de gente mascarada entrando no taxí e rendendo você e a levando não sei pra onde, você deve ter sofrido um sequestro relâmpago!
CRISTAL – Não Cauã, não foi um simples sequestro relâmpago. Eles sabem quem sou eu, sabem onde eu moro… Eles tavam me levando pra MINHA pensão!
O policial Pablo que estava ouvindo tudo se aproxima.
PABLO – Mas isso não faz o menor sentido senhorita! Eles te sequestram e te levam pra sua própria casa que está cheia de outras pessoas. Tem algo a mais nisso…
CRISTAL – Não sei viu
CAUÃ – Esquece isso Cristal, o mais importante é que você está aqui, bem.
Cristal e Cauã se abraçam.
CENA 2. PENSÃO/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. FIM DE TARDE
Cristal entra na pensão com Cauã, é vísivel alguns machucados devido a queda. Mirna e vários hóspedes vão até Cristal.
MIRNA – Cristal, Cristal! Graças a Deus você tá aqui minha menina! Eu achei que algo de grave tivesse acontecido contigo!
CRISTAL – Foi por pouco viram, foi tudo muito rápido, muito estranho. Eles me sequestraram naquele maldito taxí, me ameaçaram, disseram pra mim calar a boca, eles tavam vindo pra cá!
AMANDA – O quê!?
CRISTAL – Exatamente isso, eles tavam me trazendo pra cá até surgir a polícia, não sei porque! Depois eles me jogaram do carro no asfalto…
Cristal continua contando.
CENA 3. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. FIM DE TARDE/ NOITE
Na bela capital espanhola o sol vai se pondo por completo nascendo o maravilhoso bilho da noite.
CENA 4. PRÉDIO DA QUADRILHA. INTERIOR. NOITE
Armando está furioso andando fulo de um lado para o outro. Todos os outros olham amedrontados.
ARMANDO – É imprecionante! Como a vadia daquela Cristal saiu todinha a prima dela, aquela vagabunda!
JACK – Não fala assim da Esmeralda!
ARMANDO – Falo, falo do jeito que eu quiser, vai fazer o quê? Ah, por favor né! Dessa vez deu errado, mas vamos dar um tempo porque agora ela vai ficar esperta, mas daí a qualquer hora a gente pega essa Cristal e não vai ter super heróizinho de quinta nenhum pra salvar!
JONATHAN – É isso aí Armando!
CENA 5. SÃO PAULO/ FLAT/ QUARTO DE ESMERALDA. INTERIOR. FIM DE TARDE
Esmeralda está lendo o e-mail que Jack mandou relatando tudo furiosa.
ESMERALDA – Infeliz! Mas esse Armando ele vai ver quando eu chegar ele vai se arrepender por tudo o que faz, ah se vai!
CENA 6. SÃO PAULO/ LUXUS/ SALÃO. INTERIOR. FIM DE TARDE
Dinora está na Luxus aflita, apenas ela e João ainda estão em expediente na Luxus. Até que João entra no salão.
JOÃO – Dinora, posso indo embora e você fecha a loja?
DINORA – Claro seu João, pode deixar.
João se encaminha até a saída, Dinora vai até ele e o abraça.
JOÃO – Que isso Dinora?
DINORA – Não sei, só queria te dar um abraço chefinho. Pode ir, até.
JOÃO – (Sorridente) Até.
João sai, Dinora respira fundo. Ela se senta numa cadeira, abre sua bolsa, tira um caderno e uma caneta, ela abre o caderno numa folha qualquer e começa a escrever, ela escreve “Seu João espero que me compreenda por tudo que eu irei dizer agora, o que eu fiz estou convicta que foi o melhor e mais seguro pra mim (pelo menos eu espero isso). Naquele assalto que aconteceu no qual roubaram mais de 50 milhões em dólares de pedras preciosas eu havia ido no banheiro, duas das assaltantes foram lá e eu as pude ver escondida, sem capuz… Não vou citar nomes pois não quero te envolver nisso, eu só sei que eu vi e eu fui sequestrada por uma delas, consegui escapar, mas de um jeito que não dá pra explicar as pedras foram parar com a Cristal num bicho de pelúcia que ela levou pra Madrid sem sequer saber o que havia lá, depois da ameaça eu vou pra Madrid pra contá-la do perigo que está correndo e também é claro porque eu quero aquelas pedras, mas eu prometo que eu se eu ficar com elas, mando metade de volta pro senhor ok? Eu sei que essa história parece muito absurda, mas é a verdade seu João, a mais pura verdade, o senhor foi como um pai pra mim, foi um prazer trabalhar para o senhor. Da sua querida Dinora, um beijo e um adeus.” Ela respira fundo, arranca a folha e deixa em cima do balcão, ela apaga as luzes e fecha as portas.
CENA 7. STOCK-SHOTS (SP). EXTERIOR. NOITE/ DIA
Em São Paulo logo nasce um dia agitado e lindo como de costume.
CENA 8. AEROPORTO INTERNACIONAL. INTERIOR. DIA
Dinora entra sorridente no aeroporto carregando algumas malas tranquila, ela vai até o check-in.
DINORA – É Dinora, sua vida pode mudar e muito daqui pra frente!
Dinora abre um enorme e ambicioso sorriso, ela caminha até a sala de embarque.
CENA 9. LUXUS/ SALÃO. INTERIOR. DIA
João está no salão lendo a carta de Dinora.
JOÃO – Ah Deus! Era só o que faltava! Até a Dinora foi se mandar, e pior por causa daquelas malditas pedras roubadas… Se eu pudesse voltar no tempo e impedir esse assalto...
CENA 10. MADRID/ STOCK-SHOTS. EXTERIOR. TARDE/ NOITE
Cai uma linda noite em Madrid, a bela capital espanhola está lotada de brilho e requinte que lhe são merecidos.
CENA 11. ATELIE DE CARLOTA/ SAÍDA. EXTERIOR. NOITE
Carlota está na janela, olhando para tudo discretamente. Cristal sai do atelie, o carro de Cauã para em frente, ele sai do carro e abre a porta.
CAUÃ – Entra.
CRISTAL – Cauã!?
CAUÃ – Surpresa em me ver?
CRISTAL – Sim!
CAUÃ – Eu jamais deixaria minha amiga sair nessa cidade com um bando de gente perigosa a ameaçando.
CRISTAL – Dessa vez aceito a carona.
Cristal entra sorridente no carro de Cauã, Cauã entra e dirige.
CAUÃ – Ai to com fome, vamos jantar?
CRISTAL – Ah Cauã…
CAUÃ – Vai por favor, aceita, só um jantar.
CRISTAL – Promete.
CAUÃ – Dessa vez sim.
Cristal sorri confirmando, eles vão em direção ao restaurante, logo Carlota vendo sai da janela sai para seguí-los de imediato.
CENA 12. AEROPORTO INTERNACIONAL DE MADRID. INTERIOR. NOITE
Dinora sai do aeroporto e vai até um taxí, ela entra com a mala.
TAXISTA – Para onde dona?
DINORA – Pensão familiar da Dona Mirna.
O taxí segue.
CENA 13. PENSÃO DE MIRNA/ SALA DE ESTAR. INTERIOR. NOITE
Mirna e alguns outros hóspedes estão na sala de estar se ocupando com algo como ver televisão, mexer em aparalhos eletronicos, ler, etc, até que a campainha toca, Mirna vai abir e se depara com Dinora de malas na porta.
DINORA – Olá, sou uma brasileira, ouvi em sua pensão e gostaria de ficar aqui, há vagas?
MIRNA – Claro, claro menina, aqui é igual coração de mãe, sempre cabe mais um, pode entrar.
Dinora entra.
MIRNA – Aqui é muito simples mas é confortável e simpático.
DINORA – Imagina…
MIRNA – Que coincidencia aqui já temos duas outras brasileiras Amanda e Cristal.
DINORA – Cristal Diniz Vasconcelos.
MIRNA – Ela mesma, conhece?
DINORA – Uma grande amiga, onde está?
MIRNA – Ela saiu e não chegou até agora.
DINORA – Que bom, nós necessitamos urgentemente colocar o papo em dia, tenho muitas novidades pra minha amiga.
Dinora está com um semblante enigmático.
CENA 14. RESTAURANTE. INTERIOR. NOITE
Cristal e Cauã estão comendo a sobremesa, Cristal saborea uma barra de chocolate.
CRISTAL – Hum, muito bom esse chocolate!
CAUÃ – É, né? Sei muito bem como é bom, mas tem coisa melhor que isso.
CRISTAL – Jura? Tipo o quê?
CAUÃ – Deixa quieto.
Música: No One – Alicia Keys
Cristal, percebendo Cauã resolve provocá-lo. Ela oferece um pedaço da barra para ele.
CRISTAL – Quer?
CAUÃ – Sim!
CRISTAL – Vem pegar.
Cristal põe o chocolate na boca sensualmente para provocá-lo achando que ele não irá pegar.
CAUÃ – É pra já!
Cauã morde o chocolate na boca de Cristal e ambos entram num delicioso e apaixonado beijo.
A cena congela em tons roxos em Cauã e Cristal se beijando apaixonadamente.
FIM DO CAPÍTULO
