QUARTO EPISÓDIO
SAVAGES
"SELVAGENS"
O teto
espelhado. As paredes brancas decoradas com cortinas claras. Tento mexer meu
braço e ouço um tilintar de metal batendo. Olho para meus braços e vejo que
eles estão algemados na cabeceira da cama. A porta do quarto se abre.
— Olá ceifeiro.
– Diz Ariel.
— Você é maluca,
sabia? – Digo.
— Eu faço o
necessário para conseguir meus objetivos. O que foi que você viu? Eu arrancando
seu coração?
—
E não arrancou?
— Não. Eu te
alucinei com minha voz. Todos os seus amigos escaparam.
— E que garantia
eu tenho que você não está mentindo?
— Você está
aqui, não está?
Mexo meu braço
novamente. Ariel pega um chaveiro e abre as duas algemas. Ela não parece
oferecer resistência em me manter preso. Levanto da cama e ando em direção à
porta. Saio e a fecho. Ariel abre a porta novamente.
— Olha, eu tenho
uma proposta a lhe fazer. Ouvir não vai te fazer mal.
— E que proposta
é essa? – Pergunto.
— Alie-se a mim.
Hades já foi derrotado.
— E quem foi que
derrotou Hades, posso saber?
— Morte. Eu
achei que tinha me livrado daquele bastardo, mas ele foi mais esperto. Ele
também quer controlar o universo, Chase. E eu tenho que impedi-lo. Pense bem,
seria muito mais fácil se uníssemos forças.
— Desculpe, não
estou interessado. – Respondo.
— Chase... –
Ariel fecha a porta e se encosta, ficando na minha frente. – Pense bem... Nós
poderíamos nos divertir tanto... – Ariel alisa meu rosto e me beija.
Não consigo
controlar meus movimentos depois disso. Coloco a mão sobre a cintura de Ariel e
puxo-a para perto de mim e ficamos colados um no outro. Ariel põe seus braços
ao redor do meu pescoço e nos beijamos novamente. Apalpo o seu quadril e ela
levanta sua perna. Aliso sua coxa e Ariel pula, prendendo suas pernas contra o
meu dorso. Seguro-a.
Continuamos nos
beijando e eu coloco-a em cima da sua cama e tiro a minha camisa. Ariel
desabotoa a minha calça e eu jogo-a no canto da parede. Tiro o resto das minhas
vestes, ficando só de cueca. Subo na cama. Desabotôo a blusa de Ariel,
deixando-a apenas em peças íntimas. Beijo-a, percorrendo todo o seu corpo com
meus lábios e minhas mãos. Minhas mãos vão de encontro às suas costas, onde
desabotôo o seu sutiã, enquanto que as mãos dela vão de encontro à minha cueca.
Deito por cima dela e tiro a peça final de suas roupas íntimas até que estamos
inteiramente nus.
[...]
A minha imagem
no teto espelhado me enoja. Eu acabei de transar com Ariel. Certamente não foi
com ela que eu imaginava minha primeira vez, e isso acaba me deixando confuso,
pois não foi de tudo ruim.
Levanto da cama
e visto as minhas roupas rapidamente. Tenho que aproveitar enquanto Ariel ainda
está dormindo para sair daqui. Tenho que criar meu próprio meio de derrotá-la e
derrotar Morte mais uma vez, embora algo me diga que não será tão fácil quanto
eu imagino.
Procuro a minha
foice no quarto de Ariel, e encontro-a debaixo da cama. Puxo a foice com
cuidado para não fazer barulho, mas quando eu finalmente retiro-a de lá, Ariel
já não está mais na cama.
— Indo a algum
lugar? – Ela pergunta.
— Não é de seu
interesse.
— Olha aqui,
ceifeiro, eu controlo a sua amiga agora, eu quem decido para onde você vai.
Você é meu.
— Não, eu não
sou. Se eu fosse você, ficaria longe do meu caminho. – Digo.
— Eu ainda estou
com eles! – Ariel grita.
— Bom, então
acredito que eu tenho que procurá-los sozinho. – Respondo, e corto Ariel com
minha foice.
Ariel cai no
chão, e minha foice fica banhada em sangue. Coloco-a de volta nas minhas costas
e uma coisa me chama atenção. O chão parece estar se mexendo. O castelo de
Ariel está desabando.
Preciso
encontrar meus aliados.
[...]
Depois de correr
muito, finalmente encontrei um andar onde continham prisões. Várias pessoas
gritavam por ajuda enquanto eu passava pelos corredores. Eu adoraria ajudar
todos, mas infelizmente eu não tenho como. Uma parede do castelo desaba atrás
de mim, bloqueando a minha passagem de volta e matando algumas pessoas.
Chego no final
do corredor e encontro Ryan e Íris trancados em uma cela e Silas em outra. Com
a minha foice, quebro as grades e deixo-os livres. Ryan transforma-se em dragão
e Eu, Íris e Silas subimos nele. Ryan quebra algumas paredes com sua cauda, até
que abre uma passagem e todos nós saímos de lá. Do alto, vimos o castelo de
Ariel desabar.
— O que houve? –
Silas pergunta.
— Eu matei
Ariel. – Respondo.
— Você o quê?!
Por quê?! – Grita Íris.
— Bom, ela me
enfeitiçou e queria que eu fosse o brinquedinho sexual dela.
— E isso é ruim?
– Silas ironiza.
— O problema é
que ela queria que eu me aliasse a ela. Segundo Ariel, Hades foi derrotado por
Morte e ele também quer ser o senhor do universo.
— Isso ainda
está longe de acabar... – Íris resmunga.
— Então, para
onde nós vamos? – Pergunta Silas.
— Para o lago.
Tenho esperanças que Luna tenha levado as meninas para lá ao invés do castelo
de Hades.
Depois de algum
tempo voando, Ryan faz um barulho e eu olho para baixo. Vejo o castelo de Hades
completamente destruído e então, Ryan volta a sua forma humana, causando a
queda de todos nós.
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL, FÉLIX E WALTER HUGO
ESCRITO POR - WALTER HUGO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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