segunda-feira, 16 de junho de 2014

Reaper - 2ª Temporada - Episódio 04


QUARTO EPISÓDIO

SAVAGES
"SELVAGENS"

O teto espelhado. As paredes brancas decoradas com cortinas claras. Tento mexer meu braço e ouço um tilintar de metal batendo. Olho para meus braços e vejo que eles estão algemados na cabeceira da cama. A porta do quarto se abre.
— Olá ceifeiro. – Diz Ariel.
— Você é maluca, sabia? – Digo.
— Eu faço o necessário para conseguir meus objetivos. O que foi que você viu? Eu arrancando seu coração?
— E não arrancou?                
— Não. Eu te alucinei com minha voz. Todos os seus amigos escaparam.
— E que garantia eu tenho que você não está mentindo?
— Você está aqui, não está?
Mexo meu braço novamente. Ariel pega um chaveiro e abre as duas algemas. Ela não parece oferecer resistência em me manter preso. Levanto da cama e ando em direção à porta. Saio e a fecho. Ariel abre a porta novamente.
— Olha, eu tenho uma proposta a lhe fazer. Ouvir não vai te fazer mal.
— E que proposta é essa? – Pergunto.
— Alie-se a mim. Hades já foi derrotado.
— E quem foi que derrotou Hades, posso saber?
— Morte. Eu achei que tinha me livrado daquele bastardo, mas ele foi mais esperto. Ele também quer controlar o universo, Chase. E eu tenho que impedi-lo. Pense bem, seria muito mais fácil se uníssemos forças.
— Desculpe, não estou interessado. – Respondo.
— Chase... – Ariel fecha a porta e se encosta, ficando na minha frente. – Pense bem... Nós poderíamos nos divertir tanto... – Ariel alisa meu rosto e me beija.
Não consigo controlar meus movimentos depois disso. Coloco a mão sobre a cintura de Ariel e puxo-a para perto de mim e ficamos colados um no outro. Ariel põe seus braços ao redor do meu pescoço e nos beijamos novamente. Apalpo o seu quadril e ela levanta sua perna. Aliso sua coxa e Ariel pula, prendendo suas pernas contra o meu dorso. Seguro-a.
Continuamos nos beijando e eu coloco-a em cima da sua cama e tiro a minha camisa. Ariel desabotoa a minha calça e eu jogo-a no canto da parede. Tiro o resto das minhas vestes, ficando só de cueca. Subo na cama. Desabotôo a blusa de Ariel, deixando-a apenas em peças íntimas. Beijo-a, percorrendo todo o seu corpo com meus lábios e minhas mãos. Minhas mãos vão de encontro às suas costas, onde desabotôo o seu sutiã, enquanto que as mãos dela vão de encontro à minha cueca. Deito por cima dela e tiro a peça final de suas roupas íntimas até que estamos inteiramente nus.

[...]

A minha imagem no teto espelhado me enoja. Eu acabei de transar com Ariel. Certamente não foi com ela que eu imaginava minha primeira vez, e isso acaba me deixando confuso, pois não foi de tudo ruim.
Levanto da cama e visto as minhas roupas rapidamente. Tenho que aproveitar enquanto Ariel ainda está dormindo para sair daqui. Tenho que criar meu próprio meio de derrotá-la e derrotar Morte mais uma vez, embora algo me diga que não será tão fácil quanto eu imagino.
Procuro a minha foice no quarto de Ariel, e encontro-a debaixo da cama. Puxo a foice com cuidado para não fazer barulho, mas quando eu finalmente retiro-a de lá, Ariel já não está mais na cama.
— Indo a algum lugar? – Ela pergunta.
— Não é de seu interesse.
— Olha aqui, ceifeiro, eu controlo a sua amiga agora, eu quem decido para onde você vai. Você é meu.
— Não, eu não sou. Se eu fosse você, ficaria longe do meu caminho. – Digo.
— Eu ainda estou com eles! – Ariel grita.
— Bom, então acredito que eu tenho que procurá-los sozinho. – Respondo, e corto Ariel com minha foice.
Ariel cai no chão, e minha foice fica banhada em sangue. Coloco-a de volta nas minhas costas e uma coisa me chama atenção. O chão parece estar se mexendo. O castelo de Ariel está desabando.
Preciso encontrar meus aliados.

[...]

Depois de correr muito, finalmente encontrei um andar onde continham prisões. Várias pessoas gritavam por ajuda enquanto eu passava pelos corredores. Eu adoraria ajudar todos, mas infelizmente eu não tenho como. Uma parede do castelo desaba atrás de mim, bloqueando a minha passagem de volta e matando algumas pessoas.
Chego no final do corredor e encontro Ryan e Íris trancados em uma cela e Silas em outra. Com a minha foice, quebro as grades e deixo-os livres. Ryan transforma-se em dragão e Eu, Íris e Silas subimos nele. Ryan quebra algumas paredes com sua cauda, até que abre uma passagem e todos nós saímos de lá. Do alto, vimos o castelo de Ariel desabar.
— O que houve? – Silas pergunta.
— Eu matei Ariel. – Respondo.
— Você o quê?! Por quê?! – Grita Íris.
— Bom, ela me enfeitiçou e queria que eu fosse o brinquedinho sexual dela.
— E isso é ruim? – Silas ironiza.
— O problema é que ela queria que eu me aliasse a ela. Segundo Ariel, Hades foi derrotado por Morte e ele também quer ser o senhor do universo.
— Isso ainda está longe de acabar... – Íris resmunga.
— Então, para onde nós vamos? – Pergunta Silas.
— Para o lago. Tenho esperanças que Luna tenha levado as meninas para lá ao invés do castelo de Hades.
Depois de algum tempo voando, Ryan faz um barulho e eu olho para baixo. Vejo o castelo de Hades completamente destruído e então, Ryan volta a sua forma humana, causando a queda de todos nós.


DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL, FÉLIX E WALTER HUGO
ESCRITO POR - WALTER HUGO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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