Capítulo 28: Fogo e Gasolina
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Algumas horas depois, Soninha acordou e deixou
Wagner dormindo. Ela levantou da cama e resolveu ir para o seu quarto, já eram
quase dez da noite, mas um forte enjoo a fez mudar seu percurso para o
banheiro, onde ela vomitou bastante. Depois de tanto vomitar, lembranças de sua
última transa com João Pedro, vieram a sua mente, ambos transaram se camisinha
e sua menstruação não vinha há semanas. Desesperada, Soninha desceu as escadas
correndo até o quarto de Dupré, que acordou assustado por ela.
–Mas o
que houve? Já são dez da noite! –Indagou Dupré assustado.
–Dupré, eu acho que eu estou grávida do João
Pedro.
Em caminho para o consultório, Sônia pôde sentir
uma sensação de alívio em seu peito. Dessa vez ela assumiria o controle da
situação, sem ninguém para dizer a ela o que fazer. Daqui para frente, seria
ela e seu filho e mais ninguém. Após chegar ao consultório, seu nome foi logo
chamado. O exame foi rápido e o resultado não demorou vinte minutos para ficar
pronto.
–E então
doutor? –Indagou Sônia, apreensiva.
–O resultado deu positivo, você está realmente
grávida. –Respondeu o médico.
Rachel foi acordada com o seu celular tocando,
era o gerente de seu banco:
–Dona
Rachel, foi depositado em sua conta bancária exatos quinhentos mil reais.
Ela mal podia acreditar que Denise havia se
rendido a chantagem, tudo estava indo como ela planejara. Para comemorar sua
primeira vitória, Rachel levantou da cama, vestiu algo “apresentável”, pôs seus
documentos dentro de sua bolsa Louis Vuitton. Ao passar pelo corredor, ela pôde
escutar uma conversa mais do que intrigante, entre Sônia e Dupré:
“Ontem eu fiz o exame de sangue e como eu
previa, o resultado deu positivo. Eu estou realmente grávida Dupré!” [...]
Rachel estacionou seu carro conversível em um
estacionamento privado. Ela vestia um vestido azul colado no corpo, que possuía
um enorme decote, deixando a metade dos seios à mostra. A peruca loura que
cobria suas madeixas castanhas enganava até os especialistas em cabelo. Era
impossível dizer que não era natural. Rachel havia encarnado Judith, para dar
uma boa lição em Rafael Azevedo, que de acordo com ela era um jornalista mais
do que incompetente. Ela caminhou algumas ruas até chegar ao prédio onde se
localizava o apartamento do jornalista. De elevador, “Judith”, chegou ao seu
destino. Iniciando seu plano com apenas um toque na campainha.
–Você? –Indagou
Rafael, surpreso.
–Eu disse
que voltaria, querido. –Respondeu Rachel, sorrindo.
–Não
imaginei que voltasse depois do que eu fiz...
–Mesmo?
Judith empurrou Rafael para dentro do
apartamento, o jogou em cima do sofá e rasgou sua camisa social azul. Ela
beijou a boca dele mordendo seus lábios. Em um impulso ligeiro, Judith tirou o
sutiã revelando seus seios fartos ao jornalista. No meio das pernas dele, seu
órgão entrava em ereção, liberando o lobo que se encontrava dentro daquele
homem. Rafael rasgou a saia de Judith e em seguida sua calcinha. Seus lábios
corriam pela virilha daquela linda mulher, que soltava gemidos de prazer. O
casal que mais parecia fogo e gasolina rolaram para o chão. Sobre Rafael,
Judith proporcionava prazer a ele e a si mesma. Os movimentos que começaram
devagar estavam cada vez mais rápidos. E a cada gemido que ele parecia querer
soltar, ela beijava a boca dele calando-o. Após o primeiro orgasmo, ambos foram
para a cozinha e repetiram o ato sobre a mesa. E meia hora depois, se
encontravam em baixo do chuveiro, onde Judith praticava sexo oral em Rafael,
olhando em seus olhos.
–Por
favor, não para. –Implorou Rafael. –Não para sua vadia!
–Implora,
eu quero ver você implorando. –Disse Judith, com os lábios ocupados.
–Por
favor, não para. Preciso que continue, não tire a boca... Não, não agora.
–Peça
mais, vamos peça.
–Eu acho
que vou go...
Rafael gemeu como um lobo ao atingir o ápice do
orgasmo e Judith não parou o sexo oral durante o momento de prazer do amante,
ela continuou, sem deixar nada escapar.
–Você é
perfeita. –Disse Rafael, satisfeito sexualmente. –Quero você pra mim, comigo,
sempre.
–Acho que
nós dois juntos não daríamos certo. –Judith tirou a peruca loura, revelando ser
Rachel Gouveia. –Sou casada, e muito bem casada.
–Rachel
Gouveia? Mas... Deus o que é isso?
Rafael levantou da cama rapidamente, espantado
com a esposa de Joaquim completamente nua sobre sua cama, com quem havia feito
sexo durante horas. E agora ele conseguia entender o porquê dela ter pedido a
ele para vazar a notícia sobre Soninha. Toda a família Gouveia estava na
“corrida pelo ouro”.
–Por que
o espanto? –Indagou Rachel, mordendo uma maçã. –Não me pareceu espantado quando
gozou.
–Você é
uma vadia mesmo. Como alguém pode ser capaz de trair o marido inválido? –Indagou
Rafael, fitando Rachel nos olhos. –Agora eu sei, você queria destruir a sua
prima, mas precisava da minha ajuda pra isso. Só não entendo por que transou
comigo, eu não fiz o que você queria.
–Mais vai
fazer...
Rachel tirou de dentro da sua bolsa Louis
Vuitton, um gravador de voz que estava ligado durante o ato sexual que ela
havia praticado com Rafael. Sem escrúpulos ou medo, a megera apertou o play,
executando gemidos, xingamentos e batidas da cama na parede.
–A sua
carreira acabaria se isso vazasse. –Ela levantou da cama, se ajoelhou na frente
de Rafael, tirou sua cueca e iniciou o ato oral. –Mas tenho certeza que você
não vai deixar vazar... Assim como eu não deixarei cair uma gota...
–Você não
vale nada... –Disse Rafael, que já não podia mais voltar atrás. –Eu te quero
comigo, para sempre. Quero fazer um pacto de sangue com você.
–Não diga
nada querido, depois falamos sobre isso... Agora só sinta o prazer tomar forma.
Noite seguinte... Palacete dos Gouveia
Silvana estava vestindo um legítimo Armani e
calçando Prada. Em seu pescoço, pérolas a enfeitavam, assim como diamantes nas
orelhas lhe serviam como brincos. A perua que retocava a maquiagem em seu
quarto, estava se preparando para a festa de lançamento da nova marca de
lingeries que estava surgindo no mercado. Um convite foi enviado à mansão, e
ela fez questão de comparecer para representar sua avó, que sempre comparecia a
esses eventos.
–Silvana,
já está pronta? –Indagou Dupré, que havia entrado no quarto da perua. –Não
podemos nos atrasar.
–Só um
instante, estou terminando de me maquiar. –Respondeu Silvana.
–Ok. Vou
espera-la no carro.
–Dupré?
–Diga.
–Por que
você não interferiu quando eu disse que iria para representar a minha avó?
Todos sabem que a Soninha é sua queridinha...
–Não interferi,
por que de todas as três, a que mais se parece com sua vó quando jovem é você.
–Sério?
Ela era fútil e perua?
–Não... E
você também não é. Toda essa futilidade você usa para esconder o seu verdadeiro
eu.
–E qual é
o meu verdadeiro eu?
–Termine de
se maquiar e se olhe no espelho que você descobrirá.
Silvana fez como Dupré disse, ela terminou de se
maquiar e parou de frente ao espelho para ver seu reflexo. O que ela enxergou
foi uma linda mulher, vestindo roupas caras e usando joias enormes. Porém seus
olhos revelavam que por trás de toda essa máscara, existia uma mulher
preocupada com os direitos sociais e a política. Uma mulher pronta para mostrar
aos outros que todo ser humano é igual, independente da etnia. E essa mulher
era Silvana Gouveia.
–Estou
pronta Dupré. –Disse Silvana, ao entrar no banco de trás da limusine.