quinta-feira, 26 de junho de 2014

Chazinho


Dei play em Loved me Back to Life, agora posso começar. A sinopse de Perfume está recheada de emoções e pontos altos, revelando o novo foco de Pâmela e dando destaque ao drama de Levi. Existe uma inovação nessa nova temporada da série, por que o autor resolveu abandonar um pouco o foco “suspense/vingança” para dar espaço a outros gêneros, sem se importar com a aceitação dos leitores. Visando os fatores, tenho que parabenizar a primeira impressão que Perfume apresenta através da sinopse limpa e sem erros ortográficos. Quem começa a ler o primeiro episódio da série, tem uma incrível surpresa. Pela primeira vez, Pâmela reprimi a si mesma em relação aos seus atos ruins. É um choque para eu que li e para os leitores que leram/lerão, mas por detrás disso tudo não podemos esquecer que a “protagonista” tem um nível de psicose absurdo, portanto quaisquer sinais de arrependimento é duvidoso.

É um prazer entrevista-lo novamente Luiz, antes de começarmos devo alertar a todos que a entrevista terá foco na sinopse e nos três primeiros episódios da segunda temporada de Perfume, e pela primeira vez no mundo virtual, teremos a guia INTERNAUTAS, que consiste em perguntas enviadas por leitores curiosos em relação as novidades da série.

Com pouca divulgação e uma abertura elegantemente fantástica, a segunda temporada de Perfume, tem como tema principal três músicas: A que nomeia a série (por Briney Spears), Summertime Sadness (por Lana del Rey) e Loved Me Back to Life (por Céline Dion). A última citada, quase ninguém sabe que está incluída junto às demais. Porém quem é esperto, notará que o coma de Levi é relacionado à mesma, que fala sobre amor sobreposto ao coma.

Quando surgiu a ideia de basear a história de Levi em Loved Me Back to Life? Você ouviu a música e resolveu escrever sobre ou notou que havia semelhanças após ter escrito?

R: Boa noite Paulo Vitor, mais uma vez, muito obrigado por me convidar para tomar este chazinho, coincidentemente acabei de finalizar o meu de erva doce. Escutei a música da Céline, de surpresa, em um CD que comprei e fiquei impressionado com tanta emoção, que essa mulher coloca na voz e quando vi a tradução da música, coube perfeitamente com a história do Levi na segunda temporada, engraçado não? Muitas coisas acontecem comigo, por simples imprevistos.

Em Testemunha de um Crime, o autor usou o tema “narcotráfico” como fundo de um núcleo polêmico, e agora na segunda temporada de Perfume, o personagem Fagner Lima está metido em um negócio ilegal de falsificação de produtos no Brasil, como funciona o tal “negócio” liderado pelo então “vilão”, e existem inspirações na primeira obra citada?

R: O Fagner é um dos líderes, assim como o próprio Levi. Eu adoro abordar temas em minhas histórias, mas não curto quando fica algo muito didático ou explicativo, tanto “Testemunha” e tanto a “Perfume”, são irmãs, uma inspirou a outra, então, tudo é consequência da mente do escritor, no caso, eu mesmo. Mas “Testemunha”, os temas eram levados de maneiras mais pesadas e frias, já no seriado “Perfume”, as coisas são mais leves e espontâneas.

Como eu havia dito anteriormente com outras palavras, não devemos confiar no arrependimento repentino de Pâmela. A megera nesta temporada, assumiu a identidade da irmã morta, rubricando o nome Cláudia em todos os seus documentos oficiais. Aparentemente, o próximo passo da “protagonista” é casar-se com o detetive Tom Brayton, óbvio que não é um casamento movido ao romantismo e é a partir daí que construí a seguinte pergunta: Quais são os verdadeiros interesses de Pâmela sobre o detetive?

R: A Pam não se casa com ninguém, está explicada na sinopse da temporada, ela usa o pobre do detetive e joga fora, como se fosse algo descartável, a partir do momento, que o mesmo, pensava em elevar a relação. Tom começa a se envolver com Alice. Pamela, no entanto, continua aliada a Fagner, na tentativa de acabar de uma vez por todas com o irmão, o objetivo da temporada é mostrar todos os lados dessa mulher. Existem muitas coisas, destras daqueles belos olhos castanhos, há a assassina e a sentimental.

Bárbara Novak é uma escritora, que está prestes a lançar “A Vítima Suspeita”, livro do qual se tornará um best-seller futuramente. Mãe de David, filho do fruto do casamento dela e de Levi. Levi, antes de entrar em coma, era sócio de Fagner no negócio ilegal. Visando os fatores, podemos chegar a conclusão de que Levi é mais do que um homem frágil que se encontra em coma?

R: Sim, Levi assim como a irmã, é uma pessoa intrigante. Não posso dar muitos spoiler a respeito, mas quando ele acorda, a série começa a girar em 360° grau.

No fim do terceiro episódio, podemos notar picos de fraqueza por parte de Pâmela, que de alguma forma, salvou Levi. É notável que sempre haverá esse impasse entre a psicose de Pâmela e sua natureza humana, além da sua forte ligação com Fagner. A trama também retrata o romance de Alice Jones e Tom, que aparentemente possuem uma enorme jornada pela frente, além do casal Bárbara e Levi, juntos a sua cria David. Bom, revelei mais do que devia, portanto vamos às perguntas dos leitores.

INTERNAUTAS

Primeiramente eu gostaria de agradecer a todos que enviaram suas perguntas e torcer, para que a nova guia da coluna se popularize em diversas outras emissoras virtuais. Em ordem alfabética, seguem abaixo as perguntas:

Pergunta por Diogo de Castro: Qual a receita para fazer a segunda temporada melhor que a primeira?

R: A receita é não imaginar que seja uma segunda temporada, Diogo, pois acaba sendo cansativo pensar desta forma e sim, ver uma obra completamente nova, que os velhos personagens, ganhem novas características humanas.

Pergunta por Emerson Farias: Por que você se inspirou na música “Summertime Sadness”, da Lana del Rey, para desenvolver a segunda temporada de Perfume?

R: Eu precisava de um subtítulo e notei que a segunda temporada, é mais dramática, não mexicano, mas voltada a coisas mais fortes e vi, que existe a tristeza em diversos personagens, Pamela, Levi, Barbara, Amália, Tom e dentre outros, quando escutei a música, saiu repentinamente, como em Loved Me Back To Life, e a tornei o tema principal.

Pergunta por Gustavo Devenporth: Na segunda temporada de Perfume, como você se identificou na escolha dos cenários?

R: Os cenários não são tão diferentes da primeira, permanece a cidade de Arraial D’ Ajuda, envolvendo os mistérios e segredos da elite.

Pergunta por Gérson de Andrade: Existe a possibilidade de os protagonistas se tornarem “maus”, para esquematizar algum plano?

R: Sim, existem, todas as possibilidades possíveis. Quem os leitores imaginarem que sejam, os “santinhos” da estória, na verdade, estão preparando um esquema pesado.

Pergunta por Isa Nota: Qual a sensação de estrear a segunda temporada, haja vista que a primeira temporada foi um grande sucesso?

R: Estou num clima de ansiedade pesado. Não é como a primeira, é outra coisa! Onde eu mostro minhas habilidades como escritor, mais detalhista do que anteriormente, sabe? Espero que os leitores, aceitem. (risos)

Pergunta por Jhon Hugo: A segunda temporada de Perfume, pode ser considerada a sua melhor história?

R: Pelo menos pra minha pessoa, neste momento, é a melhor história que já escrevi, não que as outras fossem boas rs’ Mas a segunda temporada, tem um começo, meio e fim, bastante impactante ao meu ponto de vista.

Pergunta por Márcio Gabriel: Luiz, sobre as atitudes da Pamela, o que podemos esperar delas nessa temporada? Quais serão as diferenças no enredo? E o que você espera quanto à repercussão?

R: Sabe Gabriel, a Pamela ganhou traços de Verônica, muitas das cenas dessa nova estreia, são inspiradas no enredo de Radar. A diferença entre a primeira e a segunda, é que é focada mais no romantismo entre Barbara Novak e Levi Monteiro, algo que não era tão relevante na primeira e em detalhes do cotidiano dos personagens. E enquanto a repercussão, espero ficar satisfeito com os comentários dos leitores, que os mesmo de antes, aceitem essa e que a série conquiste mais.

Pergunta por Pedro Valentim: O que a segunda temporada de Perfume traz de diferente da primeira temporada, principalmente em relação ao protagonista?

R: Os diálogos dos personagens saíram mais naturais e os protagonistas, estão tendo mais atitudes.

Pergunta por William Araújo: Você se sente um tanto intimidado com as cenas de sexo da temporada, já que são descritivas e bastante quentes?

R: Intimidado não, mas não existe nenhuma diferença, por exemplo, em uma cena de violência para uma de sexo, as pessoas ficam mais chocadas, mas não posso apagar o sol com a peneira, devo mostrar tudo, meu compromisso é com a verdade.

Pergunta por Yuri Ferrer: Histórias com segunda temporada geralmente ficam chatas ou cansativas. Qual é o elemento que a segunda temporada de Perfume nos trás para não cair na mesmice?

R: É uma história completamente diferenciada, como respondi ao Diogo, não escrevi uma continuação e sim, uma obra nova, com alguns elementos da antiga, mas nada direto. Quero que os leitores, sintam aquele gostinho de quero mais.

“Trago meu vestido vermelho hoje à noite

Dançando no escuro, à luz pálida da lua

Fiz o cabelo bem grande como uma rainha da beleza

Sem o salto alto, estou me sentindo viva!”


Gostaria de agradecer ao Luiz e aos internautas, por me darem o prazer de fechar minha coluna com chave de ouro.

R: Paulo, muito boa sorte nessa jornada, como escritor e entrevistador, você é uma pessoa muito especial para mim. Agradeço a participação de todos os leitores da obra nessa entrevista, enfim, tinha gente que eu nem sabia que acompanhava kkk Mas obrigado, vocês são demais, espero que se sintam, dentro da cabeça de cada personagem de “A Tristeza de Verão”. Até mais