quinta-feira, 1 de maio de 2014

Round & Round - Décimo Quarto Episódio



Round & Round - Décimo Quarto Episódio 

     -Detalhes a parte, Polizzi. - Após uma pequena pausa, Solano volta a falar- Quando penso que tudo está indo perfeitamente bem. Vem você e estraga tudo! Mas certo, não tem problemas. - Falava Solano, apontando uma Beretta 92 bem ao centro da cabeça de August. Enquanto Ema tentava se soltar da barra de ferro.

      -Será bastante fácil de resolver.- Falou Tyler.-Ou você mesmo resolver- Tyler olhou para onde Ema, que permanecia em pânico, tentava se soltar daquelas algemas, já ficava sem ar. - A escolha é sua!
      -Nunca! Meu pai me deu o poder da nossa organização, é uma herança de família comandar todo aquele mundo dos crimes, assaltos, sequestros e... Mortes! - Falou August, diminuindo o tom de voz quando tocou no assunto “mortes”. Ele passou algum segundo em silencio, via Ema com um olhar desesperador enquanto tentava se soltar. - Soltem ela, o problema de vocês é comigo!
     -Não vamos soltar ninguém aqui, Polizzi!- Falou Tyler, num tom de voz grave. Solano olhou para Ema, que cada vez mais entrava em pânico.
    -Tyler, tenho algo para lhe falar...- Falou August, com a cabeça baixa-
    -O que foi, seu filhinho de papai?! Vai pedir piedade agora é?!- Falou num tom irônico de voz-
    -Não...- August balançou a sua cabeça e lançou um olhar furioso em direção a Tyler e Solano- Quando eu salva a Ema e me soltar dessas malditas cordas... Eu vou arrancar a cabeça do Solano e tirar os órgãos de você, Tyler, e dá para os cachorros comerem.- August abriu um sorriso diabólico no seu rosto, fazendo Solano se assustar com a expressão de August.
    - É para sairmos correndo com medo do August Polizzi?! – Tyler falou ironicamente, arrancado risos de Solano. - Você já foi melhor de ameaças-
    -São avisos dos próximos acontecimentos, e não ameaças. Não duvide que eu não faça isso!
Solano foi para mais perto de August, já estava com a mão perto do gatilho.
    -Vamos logo acabar com isso!- No exato momento em quem Solano iria atirar, algo de vidro se quebra pro completo. Cacos se misturam com a água e se espalha por completo. Ema e jogava para fora, se cortando.
     -Ema!- Gritou August, desesperado. August penso que era o fim-
Ema estava intacta, parecia morta, uma poça de sangue estava surgindo na sua perna. Uma vidraça tinha entrado na perna. August, movido pela fúria, levantou a perna, que bateu no rosto de Solano e deixou a sua arma cair. Tyler entra em ação, aciona  o gatilho da  arma, mas nada saiu. August moveu a cadeira que ele estava preso, o fazendo cair ao chão.  August pegou rapidamente um caco de vidro, em tentativa de cortar a corda que o prendia.
     -Merda, funciona logo!- Exclamou Tyler, que fez August  sorrir sarcasticamente.
    August se solta da corda e  pega a arma que estava caída no chão. Ele puxou o gatilho e  disparou um tiro no braço de Tyler, que gritou de dor.
    -Seu cretino! Não vai conseguir escapar... Você pode me matar, mais vai seguir com o remorso de ter matado o irmãozinho da sua noivinha sem sal. Ela vai conviver para sempre com o cara que matou o irmão dela, o cara que mandou matar friamente o irmão dela... Ela só pode ser uma mulher de muita sorte mesmo. – Ironizou.
    -Cala a boca seu desgraçado!- August disparou dois tiros, fazendo Tyler cair ao chão.
August respirou fundo e fechou os olhos. Ele se virou e viu Ema de pé, olhando para ele, ela chorava. Ema caminhou com dificuldade, em direção a ele, ela tinha nojo em olha-lo. Ela chegou em frente a ele e o encarou, que abaixou a cabeça.
    -Ema, eu...
    -CALA A BOCA! Eu não quero ouvir nada de um assassino como você... Eu tenho nojo, e pena de mim mesma. Lógico! Tudo faz sentido! Você só estava comigo para não levantar suspeitas, desgraçado!
    -Ema, eu cometi um erro sim! Mais eu mudei, você me fez mudar, o seu amor me fez mudar... Eu te- Ema logo o parou-
    -Assassinos não amam. Eles não sentem rancor, pena, dó, mas não amam e não sente nada. Vivem para matar, somente para isso!
    Ema pegou rapidamente a arma que August em mãos, com certa dificuldade para ficar em pé. Ema engatilhou a arma e apontou para o seu noivo-Talvez ex-
   -Eu vou fazer a mesma coisa que você fez com o meu irmão...- Após alguns instantes em silencio, Ema percebeu algo. - Mas eu não vou te dar esse direito. Vou te deixar viver, por que esse sim é o pior castigo que alguém poderia te dar na vida.
     -Não mesmo Ema! Vai em frente, vai, atira logo! Você tem todo o direto... Mata-me logo de uma vez, arranca a minha vida igual eu mandei fazer com o seu irmão. Pratico e rápido, você vai sair com creditos de tudo e como a heroína da história. Exterminar logo três pessoas fora da lei, sendo uma delas que matou o seu irmão... Será ótimo para a sua imagem!
     Ema olhou para August, ela não conseguia mais. Ela desabou a chorar, largando a arma e abraçando aquele que tinha matado o seu irmão, August retribuía o abraço.
    -Eu não consigo te hostilizar, eu não consigo atirar uma bala no seu corpo... Eu tento te odiar, mas o que eu sinto por você é maior que tudo! Eu tenho raiva e ao mesmo tempo tenho um amor muito grande por ti!- Ema falava, entre soluços e lagrimas.
     Ema e August ficaram abraçados por um longo tempo, mas logo eles foram surpreendidos por Solano. Ele tinha pegado a arma que pertencia o seu filho, Tyler, e apontava para o casal. Ele tentou atirar, sem sucesso. Fazendo com que August e Ema virassem e atirasse juntos, a mão de cada um estava na arma que ambos seguravam. Vários tiros são disparados em direção a Solano, que cai sem vida ao chão. Ema tirou a sua mão da arma, encostou a sua cabeça no peito de August. Ambos não saberiam o que aconteceriam com  eles naquele momento, só saberiam que o que acontecesse com um ou com outro, seria o certo para cada um.

FIM


COLABORAÇÃO - LUIZ GUSTAVO
REVISÃO DE TEXTO - LUIZ GUSTAVO
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO POR - JULIANA CORDEIRO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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