sexta-feira, 16 de maio de 2014

Que se Acendam as Luzes - Capítulo 18


Ao som de “I Need Your Love – Calvin Harris (com Ellie Goulding)”...
     
     Robson continuava dizendo com a arma apontada para Estela:
         – É melhor descer essa ferramenta – fez uma pausa – Ou morre agora.
Calmamente, Estela colocou o bisturi na mesa. Então atrás de Robson, Ingrid entrou na sala, acompanhada de cinco policiais.
         – Traidora... É isso que você é, Ingrid! – Disse Estela apontando para a cara da mesma.
         – Posso ser traidora, mas fiz minha parte. Essa quadrilha já era.
Antônio decidiu falar também, apesar de estar com as mãos algemadas:
         – Vocês não podem nos prender. Estão em outro país.
Robson teve prazer em explicar.
         – A polícia boliviana liberou. A casa caiu.
Então todos os enfermeiros e os dois médicos, Estela e Antônio, foram levados para fora. Ao saírem na rua, alguns carros de polícia aguardavam os “bandidos”. Todos foram colocados no camburão. E os automóveis saíram segundos depois.


Ao som de “Lies – Mcfly”...
         Pronto! Ao passarem pelo saguão principal do aeroporto internacional de Congonhas, na grande São Paulo, Estela e Antônio foram fotografados e também filmados por aparelhos eletrônicos. Alguns repórteres ou jornalistas tacavam perguntas, mas nenhum dos médicos respondia:
         – Como vocês sequestram as pessoas pra arrancarem os órgãos?
         – Por que vocês têm coragem de acabar com a vida das pessoas?
         – Como vai ser de agora pra frente?
         – O que pretendem fazer depois que saírem da cadeia?



Ao som de “Where Have You Been – Rihanna”...
À medida que os jornalistas faziam as perguntas para os traficantes, Valéria, acompanhada das cinco garotas, continuava caminhando até a saída.
         Do lado de fora, Renato aguardava na rua, caminhando de um lado para o outro, inquieto. Foi então que uma linda jovem ruiva saiu pela porta junto com outras cinco.
         – Que gato – disse Andressa apontando para Renato – Ah se fosse meu namorado.
Valéria fitou o homem, e percebeu que ele fazia o mesmo. Não mediu esforços: descontroladamente, ela correu em direção a ele, assim como o último fazia. Durante o percurso até o encontro, Renato sentia seu coração voltar a bater fortemente. E Valéria sentia uma enorme vontade de abraçar Renato, sentindo seu corpo envolvendo o seu. Então eles se encontraram. Enquanto os carros daquela avenida buzinavam para eles saírem do meio da rua, Renato segurava a cabeça de Valéria. Cada mão do homem estava apoiada numa face da mulher.
         – Que saudades, Valéria. Eu te amo tanto, você nem imagina.
         – Eu também te amo, Renato. Como nunca vi isto?
         – Valéria, eu quero que saiba que estou arrependido de ter te julgado daquela forma e...
         – Psiu – Disse ela colando o dedo indicador na boca do amado – Não diga nada. Apenas me ame, Renato. Sou toda sua.
Renato aproximou seu rosto ao da policial. Os lábios de ambos se encontraram, causando um forte arrepio. Com o coração batendo aceleradamente, eles se beijaram com um amor tão puro e doce. E mesmo com as buzinas dos carros que não paravam de tocar, eles não tiravam a atenção de uma única coisa: o amor que existia ali.

“Você é meu homem. Como nunca enxerguei isso antes? Tola, sou tola! Abrace-me, me envolva com seus braços fortes e sensíveis e me envolva em seu amor. Proteja-me deste mundo selvagem de malvados e faça criar um elo entre nós: a segurança.”


Ao som de “S&m – Rihanna (com Britney Spears)”...
         Carla fez tanto sucesso com a música que gravou com a cantora Britney Spears, que ninguém, principalmente ninguém dos jovens, não viu o clipe de “We Are Divas”. Em questão de dias a música se tornou fenômeno internacional. Todos, principalmente os americanos, sabiam pelo menos um trecho da música das divas.
         Dentro de sua limusine, que estava sendo guiada por Abraão, Carla observava os fãs que batiam nas janelas de vidro brindado do veículo luxuoso, a fim de que pudessem quebrar e ao menos tocar a cantora. Mas ela nem imaginava que sua fama podia acabar de uma hora pra outra, ou simplesmente que uma bomba poderia explodir a qualquer momento.


Ao som de “Like a G6 – Far East Movement”...
         Os carros da polícia passavam em frente a um grande local de São Paulo: o hospital Trindade. E Estela, a dona daquele lugar tão grande, olhava o mesmo, observando sua estrutura. Observando o sonho de sua vida, o que sempre quis erguer. Então algo chamou a atenção de todos os motoristas que dirigiam em frente ao hospital. O mesmo “explodiu” e o local foi tomado por chamas. Algumas pessoas saíram correndo de dentro da enorme construção. Estela, sentada no banco de trás, e ao lado de Antônio, tentava arrancar as algemas de sua mão, a fim de descer e impedir que o hospital continuasse pegando fogo.
         – Meu hospital! Deixem-me sair! Meu hospital!
Em meio àquele desespero todo, e nas alturas, uma mulher de cabelos castanhos ria das chamas que invadiram o local.
         – Está feliz, Sílvia? – perguntou um homem de cabelos grisalhos, que segurava a mão da mulher.
         – Sim, muito feliz, meu amor. Finalmente consegui o que queria: me vingar da Estela.


COLABORADOR- LUIZ GUSTAVO 
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO POR - WILLIAM ARAUJO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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