segunda-feira, 12 de maio de 2014

Que se Acendam as Luzes - Capítulo 16


Ao som de “She Wolf – David Guetta (com Sia)”.
        

        Elas estavam chorando desesperadas enquanto sentiam a corda amarrada bem forte em seus pulsos. Paloma não conseguia parar com a boca fechada, pois o choro fazia que ela deixasse a mesma aberta, enquanto seus olhos estavam inchados.
         – Escutem meninas: não temos mais saída – Disse Valéria – A única coisa que temos a fazer é pedir perdão pelos nossos pecados, pra gente ir para o céu.
         – Quero que vocês me desculpem – Falou uma bela voz, de preferência a voz de Ana Paula – Eles me pegaram de surpresa e...
         – Não se preocupe – Disse Andressa, a moça branca dos cabelos pretos cacheados – Você não é a culpada.
         Valéria estava deitada na cama da frente. Assim ela podia ver todas as outras garotas, se mexesse sua cabeça para certa posição. Ela abriu sua boca e falou:
         – Meninas, quando eu era criança, minha mãe dizia que nós somos luzes, sabe? Que nossas vidas são guiadas por holofotes. E quando eles se apagam – Totalmente emocionada, Valéria disse essas palavras. – Só mesmo muita sorte pra reacender.

A PM viu que todas as garotas estavam prestando muita atenção no que ela estava falando. Então Valéria continuou:
         – Agora, juntas, vamos pedir para que se acendam as luzes, rezando para Deus, porque só ele é capaz de nos salvar.
Então elas fecharam os olhos, e entregaram tudo nas mãos dele, com confiança e com a esperança de que conseguiriam sair dali.



Ao som de “DNA de Adorador – Gusttavo Lima”...
         – Como assim? Você não vai Ingrid? – Perguntou Estela para a médica que permanecia em pé no corredor do hospital Trindade.
         – Não. Já cansei disso, Estela. Isso não é pra mim – disse ela saindo do lugar e começando a andar.
Estela segurou seu braço e a encarou:
         – Uma traidora, isso sim você é! As garotas estão lá, amarradas, e a polícia não sabe disso. E você quer perder uma chance dessas? Eu confiava em você, mas não passa de uma interesseira.
         – Pensem o que quiserem de mim. E não contem comigo – Quando disse isso, Ingrid já se encontrava a mais de um metro de distância de Estela.



Horas depois...
Ao som de “We Are Divas – Carla Chrustins (com Britney Spears)”...
         Sensacional! Essa palavra resumia exatamente o show que acontecia na grande “Las Vegas”, onde quem cantava era Britney e Carla. Aqueles fãs pulando enquanto observavam as divas cantando. Quando um deles percebia Britney lhe olhando, seu coração palpitava de emoção. E com muito entusiasmo, as duas cantoras pulavam no palco, cantando em lindas vozes. A parte em inglês, Britney cantava com ternura e simplicidade. A parte em português, Carla dizia em um tom que contagiava:

When I wake (Quando eu acordo)
And leave my condo (E saio do meu condomínio)
Millions of fans want to cling (Milhões de fãs querem me agarrar)
Being a diva is not easy (Ser uma diva não é muito fácil)
So I will always be prepared. (Por isso sempre preparada irei ficar).
And every time I go to Brazil (E toda vez que vou para o Brasil)
Carla does not stop... (A Carla não para de...)
Of... Of... Of... Of divar. (de... de... de... de divar).

Quando eu ando nas ruas de São Paulo
Muitos fotógrafos querem me fotografar.
Então eu falo: Sempre serei diva!
E vou-me embora para descansar.
Ser uma diva não é muito fácil
Mas preparada sempre irei ficar.
E quando venho pros Estados Unidos
A Britney não para de...
De... De... De... De divar.

         E assim, com essa música de um ritmo divertido e contagiante, as duas saíram do palco. Enquanto Britney pensava que Carla era demais, a última pensava totalmente ao contrário, pois se tratando de Carla Chrustins, ninguém escapa de seus pensamentos venenosos.


Ao som de “Deserto – Thaeme e Thiago”...
         – Não to entendendo Ingrid? Confessar o quê? – Perguntou Renato olhando no fundo dos olhos de sua namorada entrando no carro do primeiro.
Ingrid entrou no mesmo e se sentou no banco direito. Renato também se sentou e os dois colocaram o cinto de segurança. Ingrid olhou o namorado e disse:
         – Quando chegarmos à delegacia você vai saber.

         E assim foi. Minutos depois eles estavam de frente ao delegado Robson, que perguntava:
         – Então vai nos contar alguma coisa importante?
         – Sim, muito importante.  – Ela respirou antes de falar – Eu sou integrante do grupo do tráfico de órgãos humanos do hospital de Estela Lumbré, e sei exatamente onde as garotas sequestradas estão.


COLABORADOR- LUIZ GUSTAVO 
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO POR - WILLIAM ARAUJO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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