terça-feira, 1 de abril de 2014

Round & Round - Quinto Episódio



Round & Round - Quinto Episódio 

Flashback- Três semanas antes do natal.



       - Calma! Não acha que devemos resolver isso de um modo amigável?! Pensei que fossemos amigos... – Perguntou Tim, recuando a cada passo, tentando não derrubar nada.
       - Modo amigável? Isso se chama traição garoto, traição! Dando informações para os nossos rivais, para aqueles que nos declaram guerra só de olhar para nós?! Não... Você é um imbecil mesmo! Achando que eu nunca iria descobrir uma traição na nossa equipe. – Exclamou August.
     Tim tentava achar uma alternativa, algo que pudesse ajuda-lo a se defender daquele homem que estava movido pela fúria, raiva e motivação para tira a sua vida.

       - Você já deveria saber o que acontece com gente que trai a equipe, a máfia não deixa barato não Tim. Sabe o que acontece com os traidores? – Questionou  August, amedrontando cada vez mais o rapaz.
       - Não sei mas... – Tim olhou para o lado da sala e percebeu que homens entravam no cômodo, armados –  Imagino.
       - Eu tenho certeza que a sua imaginação está muito certa. Morrem! As pessoas que traem, sofrem, choram, pedem piedade e ainda sentem muita dor. As pessoas, às vezes, chegaram a surtar.
       - Agora a máfia virou regime militar foi August?! – Tim se aproximou de August, o encarando.
       - Não. Deveria saber os riscos, deveria saber o que e onde estava se metendo antes de entrar para esse mundo.
       - Eu não tenho medo! – Afirmou o adolescente, forte e consciente das palavras que tinha saído da sua boca.
       - Falar é uma coisa, já sentir é completamente diferente. Você é somente um pivete patético, que não sabe como chamar a atenção e simplesmente fica se metendo em confusões para ver as se a família cubra esta lacuna! Já que você mesmo me contou que o seu pai nunca lhe deu muita importância.
       - Ele nunca me deu importância e eu nunca lhe quis perto de mim! Ele simplesmente só ama a minha mãe, quer dizer. Ele só amava a minha mãe! Mais quer saber? Não lhe devo satisfações da minha vida e se você for me matar, vai ter que tentar passar por cima do programa de proteção. - August não deixou Tim terminar e logo completou a frase dele com ironia.
       - Programa de proteção para crianças e jovens... Ui! Que medo da segurança nacional! Garoto, ou você some da minha frente agora ou eu mato logo você antes de dizer adeus para a sua familiazinha!


Fim de Flashback.

Ema olhava para aquela maca de hospital com August acima, e aquilo começava a não fazer sentido. Sofrer por um desconhecido? Como aquilo poderia fazer diferença para ela, que salvava crianças e jovens com quem não tinha completa ligação. O quarto onde ela se encontrava a “vigiar” August era branco, pouco aparelhos estava ligado a ele, que estava comum grande curativo tomando grande parte da sua cabeça.
       - Por que eu ainda me preocupo com estranhos?! – Falou Ema, que pensava como poderia se importar com um homem que conheceu no dia do enterro do seu próprio irmão.
Ema se levantou da poltrona onde estava e caminhou em direção à saída, abriu a porta e viu que quase não tinha movimentação nos corredores. Ela fechou a porta com cuidado e logo caminhou em direção à sala de espera, quando se virou para entrar na sala de espera, se depara com três homens e duas mulheres.

-Como está o meu... O meu. –  Falou uma mulher de aparentemente quarenta e seis anos de cabelos escuros.
       - Desculpe senhora, mas do quem você está falando?- Falou Ema, confusa.
       - Estou falando do meu filho, como está August?! –  A mulher falou firme das suas palavras-
       - A senhora é mãe do August?! Eu pensava que...
       - Pensou que só por que o meu filho é aparentemente frio, calculista, irritante, sozinho que ele não teria mãe?! Ou achou o que? Que ele poderia nascer de uma galinha? – Esbravejou a mulher irritada com o que Ema poderia ter falado de errado-
       - Ei,calma ai! Eu não pensei nada disso, mas com certeza uma galinha seria menos ignorante do que a senhora! Agora eu sei bem o porquê do August ser sozinho. - Falou Ema, respondendo ironicamente a senhora de cabelos escuros.
       - Olha como você fala comigo viu mocinha! Agora diga logo: Como está o meu filho?!
       - Ele está dormindo, ele me salvou! –Ema disse em voz baixa.
       - Salvou você?! - A senhora começou a rir –  Meu filho nunca salvaria uma mulherzinha como você!
       - Olha como à senhora fala comigo em! Olha, o seu filho me salvou de ser atropelada e eu tenho uma gratidão enorme pelo o apoio que ele tem me dado nesses últimos meses. Agora se a senhora não tem certeza, pergunta a ele quando ele acordar da dose altíssima de remédio que deram para ele.
Ema terminou de falar, virou-se e caminhou em direção a saída. Mas logo parou, balançou a cabeça negativamente e caminhou-se novamente em direção da mãe de August.
-Só para dizer: Seu filhou bateu com a cabeça na calçada. Agora se me de licença... Vou voltar para olhar como ele está.
A mulher de cabelos escuros iria falar novamente, mas o choro a impediu e encarou Ema.
        - Meu filho bateu com a cabeça por sua causa... - Logo a mãe de August levantou a mão e levou ela em direção ao rosto de Ema, lhe dando um tapa no rosto que a fez virá-lo bruscamente. 


COLABORAÇÃO - LUIZ GUSTAVO
REVISÃO DE TEXTO - LUIZ GUSTAVO
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO POR - JULIANA CORDEIRO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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