
Round & Round - Quinto Episódio
Flashback- Três semanas antes do natal.
- Calma! Não acha que devemos resolver isso de um modo amigável?! Pensei
que fossemos amigos... – Perguntou Tim, recuando a cada passo, tentando não
derrubar nada.
- Modo amigável? Isso se chama
traição garoto, traição! Dando informações para os nossos rivais, para aqueles
que nos declaram guerra só de olhar para nós?! Não... Você é um imbecil mesmo!
Achando que eu nunca iria descobrir uma traição na nossa equipe. – Exclamou
August.
Tim tentava achar uma alternativa, algo
que pudesse ajuda-lo a se defender daquele homem que estava movido pela fúria,
raiva e motivação para tira a sua vida.
- Você já deveria saber o que
acontece com gente que trai a equipe, a máfia não deixa barato não Tim. Sabe o
que acontece com os traidores? – Questionou August, amedrontando cada vez mais o rapaz.
- Não sei mas... – Tim olhou para o
lado da sala e percebeu que homens entravam no cômodo, armados – Imagino.
- Eu tenho certeza que a sua
imaginação está muito certa. Morrem! As pessoas que traem, sofrem, choram, pedem
piedade e ainda sentem muita dor. As pessoas, às vezes, chegaram a surtar.
- Agora a máfia virou regime
militar foi August?! – Tim se aproximou de August, o encarando.
- Não. Deveria saber os riscos,
deveria saber o que e onde estava se metendo antes de entrar para esse mundo.
- Eu não tenho medo! – Afirmou o
adolescente, forte e consciente das palavras que tinha saído da sua boca.
- Falar é uma coisa, já sentir é
completamente diferente. Você é somente um pivete patético, que não sabe como
chamar a atenção e simplesmente fica se metendo em confusões para ver as se a
família cubra esta lacuna! Já que você mesmo me contou que o seu pai nunca lhe
deu muita importância.
- Ele nunca me deu importância e
eu nunca lhe quis perto de mim! Ele simplesmente só ama a minha mãe, quer dizer.
Ele só amava a minha mãe! Mais quer saber? Não lhe devo satisfações da minha
vida e se você for me matar, vai ter que tentar passar por cima do programa de
proteção. - August não deixou Tim terminar e logo completou a frase dele com
ironia.
- Programa de proteção para
crianças e jovens... Ui! Que medo da segurança nacional! Garoto, ou você some
da minha frente agora ou eu mato logo você antes de dizer adeus para a sua familiazinha!
Fim de Flashback.
Ema olhava para aquela maca de hospital com August acima, e aquilo
começava a não fazer sentido. Sofrer por um desconhecido? Como aquilo poderia
fazer diferença para ela, que salvava crianças e jovens com quem não tinha
completa ligação. O quarto onde ela se encontrava a “vigiar” August era branco,
pouco aparelhos estava ligado a ele, que estava comum grande curativo tomando
grande parte da sua cabeça.
- Por que eu ainda me preocupo com estranhos?! – Falou Ema, que pensava
como poderia se importar com um homem que conheceu no dia do enterro do seu
próprio irmão.
Ema se levantou da poltrona onde estava e caminhou em direção à saída, abriu
a porta e viu que quase não tinha movimentação nos corredores. Ela fechou a
porta com cuidado e logo caminhou em direção à sala de espera, quando se virou
para entrar na sala de espera, se depara com três homens e duas mulheres.
-Como está o meu... O meu. – Falou uma mulher de aparentemente quarenta e
seis anos de cabelos escuros.
- Desculpe senhora, mas do quem
você está falando?- Falou Ema, confusa.
- Estou falando do meu filho, como
está August?! – A mulher falou firme das
suas palavras-
- A senhora é mãe do August?! Eu
pensava que...
- Pensou que só por que o meu filho é
aparentemente frio, calculista, irritante, sozinho que ele não teria mãe?! Ou
achou o que? Que ele poderia nascer de uma galinha? – Esbravejou a mulher irritada
com o que Ema poderia ter falado de errado-
- Ei,calma ai! Eu não pensei nada
disso, mas com certeza uma galinha seria menos ignorante do que a senhora!
Agora eu sei bem o porquê do August ser sozinho. - Falou Ema, respondendo
ironicamente a senhora de cabelos escuros.
- Olha como você fala comigo viu
mocinha! Agora diga logo: Como está o meu filho?!
- Ele está dormindo, ele me salvou!
–Ema disse em voz baixa.
- Salvou você?! - A senhora
começou a rir – Meu filho nunca salvaria
uma mulherzinha como você!
- Olha como à senhora fala comigo
em! Olha, o seu filho me salvou de ser atropelada e eu tenho uma gratidão
enorme pelo o apoio que ele tem me dado nesses últimos meses. Agora se a
senhora não tem certeza, pergunta a ele quando ele acordar da dose altíssima de
remédio que deram para ele.
Ema terminou de falar, virou-se e caminhou em direção a saída. Mas logo
parou, balançou a cabeça negativamente e caminhou-se novamente em direção da
mãe de August.
-Só para dizer: Seu filhou bateu com a cabeça na calçada. Agora se me de
licença... Vou voltar para olhar como ele está.
A mulher de cabelos escuros iria falar novamente, mas o choro a impediu
e encarou Ema.
- Meu filho bateu com a cabeça por sua causa... - Logo a mãe de August
levantou a mão e levou ela em direção ao rosto de Ema, lhe dando um tapa no
rosto que a fez virá-lo bruscamente.

COLABORAÇÃO - LUIZ GUSTAVO
REVISÃO DE TEXTO - LUIZ GUSTAVO
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO POR - JULIANA CORDEIRO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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