CAPÍTULO 47
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AGORA, JANAIRA! – gritou Jack, com toda força dos pulmões, enquanto ele e Lex
colocavam seus rifles em posição de ataque.
E
enquanto a sirene tocava, um outro som metálico se fez ouvir: todos os
pavilhões abriram-se exatamente na mesma hora e de dentro dos prédios, os
escravos saíram correndo como formigas de um formigueiro em chamas.
Os
agentes de guarda no Órgão Central saíram e começaram a atirar nos escravos,
mas Jack e Lex agiram rapidamente e mataram aqueles homens.
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Rápido! A barricada!
Os
escravos tiraram mobílias de dentro dos pavilhões: eram cadeiras velhas, roupas
velhas, colchões já há muito tempo deteriorados. Com toda a tranqueira que
acharam, os escravos montaram uma barricada para defenderem-se dos agentes que
saíssem do órgão central. As outras portas foram trancadas e lacradas e na
frente do prédio, onde o helicóptero de Dantas havia pousado, os escravos
fizeram uma barricada em forma de U.
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Nós vamos ver os bastardos, mas eles não nos verão! – disse um dos escravos
mais dedicado.
-
Vamos, armem-se com paus, pedras e tudo o que puderem usar – gritou Jack,
tentando organizar a algazarra. – Leve as crianças e os que não puderem lutar
para o Pavilhão 4.
No
meio daquilo tudo, era possível ouvir tiros do outro lado, perto dos portões.
Provavelmente os guardas dos portões estavam tentando conter fugitivos, talvez
até atacassem. Jack fez menção em ir para lá, mas Lex segurou a mão dele.
-
Não... você é necessário aqui! – gritou Lex. – Eu vou!
Jack
lançou lhe um olhar preocupado, mas deixou-a ir.
Lex
correu pelas ruas da cidadela, em volta de dois pavilhões, escondendo-se nas
paredes para olhar o que acontecia. De fato, um grupo de escravos tentou fugir
pelos portões ao invés de ajudarem na batalha. Agora, jaziam mortos no chão,
enquanto que os guardas dos portões se reuniam para atacar pela
retaguarda. Lex sozinha não poderia dar
conta disso.
Escutou
gritos vindo da direção onde deixara Jack. Provavelmente eles estavam sendo
atacados também, mas não poderia voltar. Era importante que ela contivesse a
retaguarda.
Por
isso, Lex ergueu o rifle, travou-o no ombro como Malvino ensinara, apontou a
massa de mira para os agentes perto dos portões e começou a atirar.
Os
tiros assustaram os guardas e eles levaram algum tempo para perceberem que
estavam sendo atacados. Um, dois, três... Lex já havia matado sete dos guardas
quando sentiu uma picada em seu ombro esquerdo e com o impacto caiu para trás.
Sentiu
o sangue lavar o seu rosto. Era seu sangue?
Os
guardas estavam se aproximando. Mesmo na escuridão, atiravam na sua direção. Se
não estivesse jogada ao chão, teria sido atingida.
Lex
começou a se arrastar para trás. Não conseguia andar e cada vez que precisava
mover o ombro esquerdo, ela tinha vontade de gritar de dor. Eles estavam perto,
muito perto. Mas um pouco e veriam sua silhueta no chão.
“Que
seja rápido, por favor”, pediu Lex, antes de escutar aquele enorme estrondo.
Uma
nuvem escura e ao mesmo tempo avermelhada se levantou no horizonte, fazendo os
agentes que estavam na caça de Lex se virarem. Em seguida, a segunda explosão.
Dessa vez, foi o portão que veio abaixo e Casper, Hermes e Dantas entraram
atirando.
Como
uma distração, Casper e Dantas atraíram a atenção dos agentes da Cidadela. Isso
deu tempo a Lex para se apoiar na parede e se levantar. Hermes foi o primeiro
que caiu e Casper e Dantas estavam sozinhos, levando toda a força do ataque dos
guardas.
Sabendo
que precisava ajudar, Lex largou o rifle que ficou pendurado pela bandoleira, e
sacou a Beretta, retirando-a do coldre da coxa.
Ela
atingiu dois dos agentes, mas um deles já havia atingido Casper diretamente na
cabeça.
-
Casper! – Lex escutou a voz de Janaira em seu ouvido. Ela provavelmente viu
toda a cena pelos monitores do Painel de Controle. – Ah, meu Deus, Lex... por
favor, dê uma olhada nele, Lex... por favor...
Lex
se aproximou, mas não havia nada para ver, realmente. O corpo de Casper estava
estirado no chão ao lado de Hermes e dos agentes da Cidadela. O seu belo corpo
negro estava pouco sujo de sangue, mas a marca da bala na têmpora direita não
dava margem para dúvidas.
-
Oh, Janaira... eu sinto muito! – disse Lex, num sussurro, ajudando Dantas a se
apoiar nela.
-
Escutamos os gritos e os tiros e resolvemos agir. Isso foi antes da hora
combinada! – explicou Dantas, irritado e frustrado.
-
Eu sei, Daniel – disse Lex, enquanto ajudava-o a caminhar pelas ruas da
Cidadela, indo em direção de onde a grande maioria dos escravos montava a
grande barricada. – Não tivemos outra alternativa! Eles nos descobriram.
-
Danielle e Janaira?
-
Elas estão no Painel de Controle. Danielle foi atingida, mas Lanister está com
ela. – explicou Lex, rapidamente, colocando na orelha de Dantas um dos
dispositivos de interfone que Danielle lhe dera. – Janaira, você está aí? Qual é a situação?
-
Há uma grande quantidade de agentes do lado de fora da porta do Painel de
Controle. Eles estão usando um maçarico. Você acha que eles podem entrar aqui?
– perguntou Janaira, com a voz embargada. Era óbvio que ela estava chorando a
perda de Casper.
-
Não, não há chance. – informou Dantas. – Eles estão fazendo isso para
pressionar você. Não abra, não importa o que eles façam.
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Tudo bem... mas e agora? Qual é o próximo passo? – perguntou Janaira.
-
Nos informe sobre os próximos ataques, Janaira! – era a voz de Jack Trevor. –
Lex, você está aí? O que aconteceu com Casper?
Jack
havia escutado o choro de Janaira e agora estava pensando o pior. Não queria
dar a notícia de que seu braço direito havia falecido, por isso, apressou-se,
quase arrastando Dantas consigo.
-
Já estou chegando, Jack! – falou Lex.
-
Certo!
-
Jack... há um grupo saindo do elevador no térreo. Acho que estão indo
diretamente pra você... Ah, espere... eles estão tentando a saída lateral. –
avisou a voz no interne.
-
Ok, obrigado, Janaira!
Lex
escutou algumas ordens de Jack. Ter o Painel de Controle era com certeza o
diferencial dessa batalha, mas quanto tempo Janaira poderia se manter a salvo?
Com certeza, Abraham mandaria engenheiros e outros profissionais no intuito de
recuperar o sistema de monitoria da Cidadela.
-
Lex, pare, pare... por favor! – disse Dantas, encostando-se na parede de um dos
pavilhões. – A minha perna está doendo muito. Eu não consigo mais... vá...
Trevor precisa de você.
Lex
não pensou duas vezes e correu em direção a barricada. A esta altura, já havia
uma grande quantidade de pessoas criando um grande amontoado. Eles usavam paus
e pedras como armas e quando ela chegou algumas pessoas olharam para ela
incertas se deveriam ou não atacar. Lex olhou para o próprio uniforme. Aquele
macacão da Cidadela era tanto uma benção como uma maldição.
-
Ela não... ela foi no nosso pavilhão! – disse um dos escravos, evitando um
confronto desnecessário – Deixe ela passar. Ela é a Paris Lanister...
-
A cura! – disse outro escravo.
-
Ela vai nos curar!
Lex
se sentiu quase sobrenatural, como se fosse capaz de curar ante um simples
toque. Talvez por isso, quando ela invadiu o mar de gente, as pessoas
simplesmente se afastavam para dar lugar a ela.
-
Jack, Jack? – gritou ela, ao se aproximar de uma enorme barricada. Estava tão
gigante, cheia de entulhos, que era possível se abrigar atrás dela sem precisar
se abaixar.
-
Lex, aqui – disse Jack, que estava com o rifle em modo patrulha. Por um pequeno
espaço, ele monitorava as portas do Orgão Central. – Você está machucada? Esse
sangue todo é seu? – disse ele, aproximando-se dela. Ao perceber que o
machucado era no ombro, ele a puxou para si com cuidado e pressionou a ferida.
-
Ai... – disse Lex, sentindo uma forte dor.
-
Precisamos estancar isso.
-
Aqui... – disse uma das escravas, trazendo um tecido esfarrapado para Jack que
o enrolou no ombro de Lex.
-
Há mais alguma ferida? – perguntou Jack, colocando uma mecha de cabelo de Lex
atrás de sua orelha.
-
Jack, Casper morreu! – disse ela, sem desviar daqueles olhos azuis que
marejaram instantaneamente.
-
Eu imaginei isso ao escutar Janaira chorando! Casper era um bom amigo!
-
E um namorado maravilhoso – Lex sorriu ao escutar a voz chorosa de Janaira. –
Só queria ter dito isso antes de virmos para cá. Por que fui brigar com Casper
justo hoje? Eu fui tão injusta...
Lex
abaixou os olhos. O fim se aproximava. E embora tanto ela quanto Jack ainda
estivessem vivos, tudo poderia mudar de um segundo para outro.
-
Alexia... – Lex escutou a voz suave e sombria de Jack e levantou seus olhos
para os dele. – Eu sei o que você pensa sobre mim, querida. Mas se algo
acontecer comigo ou com você, eu preciso que saiba que...
-
Eu amo você! – disse ela, antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.
-
JACK... JACK!!!
O
encanto que havia se instaurado entre os dois simplesmente se evaporou diante
dos gritos de Janaira em seus interfones.
-
Eles estão indo pela escadas... mais de duzentos agentes... direto pra vocês...
-
Abaixem-se – gritou Jack, olhando pelo pequeno buraco na barricada. – Vamos ser
atacados em massa. Todos os que estão segurando pedras, aguardem minhas ordens.
Jack
olhou pelo buraco novamente. Ele escutava o som dos coturnos contra o assoalho
do Órgão Central. Estavam muito próximos.
Assim
que os primeiros soldados da Cidadela saíram do prédio, uma chuva de tiros
contra a barricada se iniciou. Alguns poucos tiros somente cruzaram os entulhos
e atingiram alguns escravos, mas Jack não se movia, apenas aguardava. Mais e
mais soldados se empilhavam nos primeiros degraus do órgão central e em parte
da praça. Foi então que Jack deu a ordem, acenando com a mão.
Lex
se assustou ao ver que o céu foi coberto de pedras que voavam por sobre a
barricada atingindo com violência os soldados do outro lado. Nenhum morreu,
verdadeiramente, mas algumas pedras eram grandes suficientes para quebrar
braços, ombros, pernas. Enfim, desencorajados, os soldados retornaram para o Órgão
Central.
Os
escravos, que também espiavam por buracos na barricada, explodiram em
comemoração.
-
Viva!!!
-
Estamos livres...!!!
-
Ainda é cedo pra comemorar! – gritou Jack, voltando a observar a entrada do Órgão
Central. Agora, os soldados ajudavam os que haviam sido atingidos a entrar. –
Janaira... reporte a situação.
-
Muitos atingidos. Quase a metade, Jack. – disse Janaira. – Jack, eles estão
fazendo alguma coisa na minha porta. Eu estou escutando alguns estalos. Eu
tenho medo que eles possam entrar.
-
Dantas falou que...
-
Oh, Jack... eu acho que há sim como entrar... eles vão entrar, Jack. Eles vão
entrar...
Jack
olhou para Lex com pesar nos olhos. Não era preciso estar no Painel de controle
para saber que a situação era crítica.
-
Se perdermos o Painel de Controle, perdemos a batalha! – sentenciou Jack.
-
Eu vou. – disse Lex, olhando pelo buraco. Ela estava vestida com o uniforme da
Cidadela, talvez ela pudesse entrar.
-
Lex, espere! – era a voz de Dantas no
interfone. Com o súbito ataque dos soldados da Cidadela, Lex havia esquecido
dele. – Há uma maneira de entrar no Órgão Central. No pavilhão 5, há um sistema
de eliminação de material contaminado por um duto que vai dar num fosso enorme.
Se não me engano, esse fosso dá acesso ao 25 andar que é o hospital da
Cidadela.
-
Lex, o hospital está calmo. Não há médicos, nem guardas. Só pacientes deitados
nas camas. – falou Janaira. – Você
precisa vir logo, Lex. Acho que não temos muito tempo.
-
Ok, Janaira... eu vou tentar – disse Lex, fazendo menção em correr em direção
ao Pavilhão 5, mas Jack a segurou pelo braço.
-
Alexia....
-
O que foi? – perguntou Lex, olhando para Jack. Não havia tempo. Eles não tinham
mais tempo. Precisavam se afastar e era agora. – Jack, não dá...
Lex
levou um susto quando Jack a puxou para si e tocou seu lábios num beijo
apaixonado. Tão pouco tempo tinham e cada segundo era só o que possuíam. E Lex
queria mais, desejava mais. Seu sangue fervia e seu corpo queria puxar Jack
para si para que pudessem ser um novamente, mas não havia tempo. E foi ela quem
primeiro se afastou.
-
Eu preciso ir... – disse ela, correndo para longe. Quando já estava há alguns
metros, virou-se para Jack, mas já não podia vê-lo. As pessoas encobriram sua
visão. Talvez fosse a última vez que...
-
Lex... Lex, pelo amor de Deus, venha logo, eles estão entrando. A porta fez um
barulho muito estranho. Eles estão mexendo num painel ali fora. – gritou
Janaira em seu ouvido. Lex sabia que não poderia mais voltar. Só queria poder
olhar naqueles olhos azuis uma última vez.
Sentindo
um aperto no coração, Lex pôs-se a correr.
Lex
invadiu o pavilhão 5 e teve que parar. Um cheiro pútrido tirava-lhe o ar.
As
pessoas estavam simplesmente jogadas ao chão, como saco de batatas. Alguns
estavam mortos, mas muitos ainda viviam e enquanto ela passava, eles a
acompanhavam com os olhos. As caretas eram distorcidas em máscaras de dor.
Lex
foi até um lugar que parecia um centro de enfermagem. Bem no canto, havia um
duto, como aqueles de lavanderia em prédios.
Tirou a lanterna do colete e olhou pelo túnel. Não dava de ver o fim,
mas deveria ser uma longa queda se realmente fosse no 25º andar.
Juntou
uma grande quantidade de lençóis e jogou no duto. Não era nada, mas talvez
aquilo evitasse alguma ferida mais grave. Só não queria quebrar os pés. Assim
não poderia ajudar Janaira.
-
Ok, Janaira... eu vou entrar no duto. Você vai ficar sem me ver por algum
tempo. – disse Lex, recolocando a lanterna, ainda acesa, no colete.
Ela
colocou os pés para dentro do duto. Travando-os na parede, foi descendo. Era
uma descida cansativa e perigosa. Quando
já havia descido mais ou menos um cinco metros, Janaira começou a chorar.
-
Oh, Deus, Lex... por favor, venha rápido!
“Droga”,
pensou Lex e simplesmente se jogou. A descida foi violenta e na queda seu ombro
machucado bateu contra a parede e ela gritou de dor.
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Meu Deus, Lex... o que está acontecendo? – era a voz de Jack.
Mas
Lex não conseguia responder. A queda era rápida e de repente, seu corpo caiu
sobre uma montanha de lençóis sujos.
-
Estou bem! – disse ela, ainda imóvel, tentando recuperar o fôlego.
Seu
corpo todo estava dolorido. Seu ombro pulsava de dor, mas ela estava viva.
Ela
olhou ao redor. Era um grande salão escuro e fedorento. Era como estar num
grande lixão só que o lixo eram roupas de cama. Talvez aquele lugar tenha sido
criado para ser uma lavanderia, mas há muito tempo estava abandonado.
Lex
viu um ponto de luz vindo de algum lugar e se aproximou. Era um duto de ar. Não
era esperto colocar material contaminado ao lado de um hospital. O que eles
estavam pensando? Se houvesse algum vírus no ar, ele passaria pelo duto e
contaminaria os pacientes.
Lex
tirou a proteção do duto de ar e espremeu-se para entrar no claustrofóbico
espaço. Arrastou-se pelo duto em direção à luz.
Escutou
alguma coisa no interfone, mas estava uma bagunça de vozes. Era um ataque, Lex
tinha certeza. Mas parecia que Jack estava controlando a situação.
Enfim,
chegou ao fim do túnel. Ela olhou pelas frestas da proteção do duto de ar, mas
não conseguiu ver muita coisa, por isso forçou-o e depois conseguiu escapar
para fora. Parou um minuto para respirar e então levantou-se.
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Meu Deus! – sussurrou ela, ao ver quem eram os pacientes sobre as macas do
hospital. Eram agentes. Pelo menos, vestiam o mesmo macacão que Lex vestia. Mas
eram zumbis. Todos eles eram zumbis, presos às macas por algemas e faixas. Agora Lex sabia porque eles jogavam material
infectado naquela câmara sem nenhum cuidado. Aquele não era um hospital normal.
Era um laboratório gigante para testar a cura.
Abraham era um monstro. Usava seu próprio pessoal. Não eram escravos.
Eram agentes.
Escravos
eram fracos, doentes. Abraham precisava testar em pessoas fortes. Pobres
agentes. Se eles pudessem ver o que ela via, talvez entendessem quem Abraham
era e talvez eles lutassem contra ele ao invés de a favor.
Mas
não havia como trazer os agentes até ali, havia? Talvez não, mas os agentes que lutavam do lado
de Abraham Smith precisavam saber da verdade.
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Janaira? Janaira, você está aí?
-
Lex, vem rápido, pelo amor de Deus.
-
Eu tenho outro plano, Janaira. Talvez isso chame a atenção deles. – disse Lex,
tirando a faca de seu colete. Era uma faca linda de caça, com cortes em ambos
os lados. – Lá fora eu vi alguns alto-falantes. Será que é possível usá-los? Eu
queria mandar uma mensagem para todos da Cidadela. TODOS! Dentro e fora da
Cidadela. Isso é possível?
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Danielle? - Lex escutou Janaira
conversar com Danielle. A voz da loira estava bem rarefeita. Ela não estava bem
mesmo. Mas quem sabe seu plano surtisse
efeito. Tinha que fazer algo. Jack
poderia segurar a barricada por algum tempo, mas quanto tempo? Abraham tinha os
agentes com ele além de mantimento infinito de comida. Os escravos já estavam
famintos, enfraquecidos, desnutridos. Quanto tempo mais poderiam sustentar uma
batalha? – Lex? Lex? Danielle disse que é possível. Espere aí que eu vou anotar
o que você quer que eu diga.
Era
ínfima, mas qualquer chance era importante naquela batalha.
ESCRITO POR - ELIS VIANA
DIREÇÃO DE ARTE -
MÁRCIO GABRIEL
DIREÇÃO - FÉLIX
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