quinta-feira, 24 de abril de 2014

Round & Round - Decimo Segundo Episódio


Round & Round - Decimo Segundo Episódio 
 
  Ema caminhava em direção ao uma parte distante do enorme e luxuoso salão de festas. As cores predominantes na decoração eram brancas e pretas, “o contraste perfeito” pensou Ema. Ela viu que após uma enorme janela tinha uma bela varanda, com um pequeno sofá ao meio, dando a vista maravilhosa para a cidade iluminada. A vida dela não poderia ter mudado de uma hora para outra, voltas e mais voltas aconteceram durante o meio tempo entre a morte do seu irmão amado e o noivado com August.

      -Ema, precisamos conversar, não acha?! - Solano logo apareceu rapidamente na sua frente, fazendo com que Ema demonstrasse um olhar incrédulo para o seu pai.
     - Solano...
     - Pai, Ema! Eu sou seu pai, por que não consegue me chamar de pai pelo menos hoje em?!- Questionou Solano.
    -Por que você não age como um pai agiria numa situação em que o sua filha -Dando ênfase. - Eu estou praticamente casada com alguém, e você não me deu os parabéns. Eu tive o meu meio irmão morto e você nem para pergunta se estava tudo bem, você não teve coragem, não abriu nem a sua boca para falar “Ema, eu estou aqui, com você!”. E ainda tem o fato que você sempre foi o pai mais ausente que poderia existir... Como, me diga como quer que eu lhe chame de pai?!
Após terminar de falar, Ema deixou algumas lagrimais caírem pelo seu rosto. Solano olhou para o lado e logo volto a encarar Ema. Ele soltou um pequeno riso de como não tivesse escutado todas as aquelas palavras que tinham saído da boca da sua filha.
     -Eu não vou mais me estressar com você, Ema. Pare de ser ingrata, eu te dei tudo que alguém pode lhe dar na vida... - Ema fez o sinal de “Não” com o dedo indicador e começou a falar.
     -Não senhor, você não me deu o mais importante que alguém poderia dar para um filho ou filha...
     -O que?- Questionou Solano.
     -Amor, carinho e atenção! Objetos materiais não valem nada comparado ao sentimento de amor e carinho.
Ema saiu, caminhando de volta em direção ao salão de festas. Ela olha para um lado e para o outro, vendo August conversar com dois primos seus. Caminhou em direção a ele, mas antes que ela chegasse perto o bastante, August percebeu que estava indo em direção. Largou o copo de bebida que estava na sua mão e caminhou rapidamente a perto da noiva.
    -Onde você estava Ema? Eu estava preocupado. - Falou August, aliviado-.
    -Eu tinha ido respirar um pouco, mais parece que aqui dentro será melhor do que lá fora.
    Logo Ema olha para a entrada do salão de festas e vê que Glenda e Carly chegaram, elas cumprimentaram Mercedes e Philipe e logo caminharam em direção ao jovem casal.
     -Carly, você veio! Fico feliz por decidir vim nós fazer companhia aqui!- Falou Ema, alegremente-
August olhou para Glenda, a cumprimentou e logo saiu, sem falar com Carly. Ele parecia fugir da companhia, apesar de saber que Carly poderia contar para Ema toda verdade, se ela soubesse e tivesse descoberto a verdade.
Flashback On-
     August vasculhava o apartamento de Ema, ele tentava achar algo que poderia ser útil, que poderia adiantar os próximos passos da segurança contra a sua organização. Ele usava luvas, até que ele decide vasculhar o computador de Ema. Ele percebe que para ter acesso as pastas e documentos, precisa-se de senha, duas para ser mais exata.
     -Ela é esperta demais...- Falou com raiva. - Tem que ter algo que possa me indicar, ela não pode ser tão cuidadosa a esse ponto!
    Até que August escuta um barulho, como se algo tivesse sendo impresso. Era o fax, Ema tinha acabado de receber um fax. Remetente?! Carly Walker. Ele logo pegou o fax recebido e logo começou a ler.
   “Descobri algo do seu interesse. Envolvendo a morte do seu irmão e ao grande chefe da organização criminosa.”
Flashback Off-
    -Você só pode está enganada... Ele não, não seria capaz de algo desse nível.- Falava Ema, negando que aquilo que Carly acabava de lhe contar fosse verdade-
     -Mais é. Seu pai está envolvido até o pescoço com Tyler Marshall.
 
     Ema balançou negativamente a cabeça e olhou, discretamente, em direção a seu pai. Como aquele homem poderia ser um criminoso? Os pensamentos de Ema estavam confusos, perdidos no meio de tantas revelações.
    -Como eu não suspeitei, ele mudou muito desde a morte do Tim... Agora tudo se encaixa perfeitamente agora. Eu fui uma tola de não suspeitar!
     Carly abraçou Ema e logo Glenda e Mercedes apareceram na pequena sala em que as duas amigas se encontravam. Glenda olhou confusa para Mercedes.
     -Filha, aconteceu alguma coisa?!- Perguntou Glenda, que caminhou rapidamente em direção a Ema. Ema logo se recompôs e olhou seriamente para a mãe.
    -Sim aconteceu. Carly?!- Ema já sabia o que fazer, mais o que precisava não se encontravam no momento com ela. Precisava de ajuda de Carly.
    -Sim, Ema. O que vamos fazer agora?!
    -Me expliquem o que está havendo. Ema..- Mercedes olhou com um olhar totalmente piedoso, a preocupação tomava conta de Mercedes e Glenda.
Ema saiu da pequena sala feito o vento, logo atrás vinha Carly. Ema parou no meio do caminho e viu que August olhou para ela, parou de conversar com algumas pessoas, a observava curioso. August caminhou em direção a Ema, mas logo antes dele chegar perto da amada, Ema correu em direção a saída mais próxima(Sendo que no total, era uma entrada principal e três saídas). Carly segui Ema, antes mesmo de chegar à saída, alguém puxou o braço dela.
     -O que você falou para Ema, em?!- Perguntou August, confuso.
     -Somente a verdade!
August mudou de cor, de expressão e soltou Carly, que caiu no chão.
    -Que verdade em?!- A raiva estava presente na sua voz-
   -A verdade é que o seu sogrinho - Falou irônica- está metido com gente com que não deveria. Ele pode ser preso, ou então...
    -Ou então, o que..?
    -Morto pela organização criminosa. Já que ninguém quer Tyler Marshall por perto, muito menos a organização. - Num pulo, Carly voltou a ficar em pé e logo caminhou para fora-
Instantes Depois.
    Ema chegou a seu apartamento,parou o carro no grande estacionamento do subsolo. Carly desceu do carro, ela e Ema começaram a caminhar rapidamente.
     -O que vamos fazer aqui?!- Questionou Carlu.
    -Nos..- Logo Ema parou de falar. A luz do estacionamento tinha queimado, a única feste que continuava acesa era da pequena sala, onde eram os elevadores.

    Carly e Ema caminharam o mais rápido do que já estavam, se escuta o estrondo, como se fosse o de um carro em alta velocidade fazendo uma curva. Duas luzes foram em direção a Carly e Ema, era um carro. Atropelando ambas.

     -Quando penso que tudo está indo perfeitamente bem.. Vem você e estraga tudo! Mais tudo bem, não tem problemas- Falava Solano, apontando uma Beretta 92 bem ao centro da cabeça de August. Enquanto Ema estava presa com uma algema em uma barra de ferro dentro de uma piscina bastante profunda-.
     -Será bastante fácil de resolver. - Falou Tyler, mais frio do que uma tempestade de neve em plena noite de natal-   Ou você mesmo resolver- Tyler olhou para onde Ema, que estava em pânico, tentava se soltar daquelas algemas, já ficava sem ar.- A escolha é sua!
     -Nunca! Meu pai me deu o poder da nossa organização, é uma herança de família comandar todos aqueles crimes, assaltos, sequestros e... Mortes!- Falou August, diminuindo o tom de voz quando tocou no assunto “mortes”. Ele passou algum segundo em  silencio, via Ema com um olhar desesperador enquanto tentava se soltar.- Soltem ela, o problema de vocês é comigo!
       -Não vamos soltar ninguém aqui, Polizzi!- Falou Tyler, num tom de voz grave. Solano olhou para Ema, que cada vez mais entrava em pânico-
     -Tyler, tenho algo para lhe falar...- Falou August, com a cabeça baixa-
     -O que foi, seu filhinho de papai?! Vai pedir que eu tivesse piedade agora é?!- Falou num tom irônico de voz.
      -Não...- August balançou a sua cabeça e lançou um olhar furioso em direção a Tyler e Solano- Quando eu salvar a Ema e me soltar dessas malditas cordas... Eu vou arrancar a cabeça do Solano e tirar os órgãos de você, Tyler, e dá para os cachorros comerem. - August abriu um sorriso diabólico no seu rosto, fazendo Solano se assustar com a sua expressão. 



COLABORAÇÃO - LUIZ GUSTAVO
REVISÃO DE TEXTO - LUIZ GUSTAVO
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO POR - JULIANA CORDEIRO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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