terça-feira, 18 de março de 2014

Round & Round - Prólogo



Round & Round - Prólogo 


     “Eu acredito, eu luto até o fim: não há como perder, não há como não vencer.” - Oleg Taktarov.

       As luzes coloridas eram predominantes em todas as fachadas das casas, algumas crianças estavam a brincar com a neve que cai do céu escuro. Pessoas desciam dos carros, era como tudo estiver em harmonia novamente. Como se os acontecimentos anteriores estivessem sendo fáceis de superar. Infrações de transito, mortes acidentais... 

Um menino de 16 anos não tinha responsabilidades e nem mentalidade de adulto, isso que pensava Ema. Ema havia acabado de voltar às pressas de uma viagem de férias, e seu irmão, acabado de se intrometer em novas confusões com pessoas perigosas. 

      -Senti sua falta. - Falou Tim gentilmente, abraçando a irmã.
      -Fiquei sabendo dos acontecidos e logo comprei a passagem para o próximo voo de volta. Não sabe como me preocupo com o meu irmãozinho querido. – Pegou com as suas mãos as bochecha do garoto e logo o questionou sobre os seus atos dos últimos tempos.
      -Por que está agindo desse jeito? Se metendo em desordens, roubando o carro do papai, bebendo aos 16 anos... Você causou morte de uma menina de 10 anos, você acha que isso é coisa para um menino, Tim?

      -Ema, não começa... –Tim olhou para os lados, e viu que os seus pais conversavam com alguns parentes e amigos – Não dá para conversar aqui dentro, vamos lá fora, no jardim!


      Tim puxou a irmã, e a levou correndo para o lado externo, que estava infestado de neve em todo o contexto, as crianças que antes brincavam, já tinham se retirado para começar a ceia de natal. Era quase meia-noite e logo os dois irmãos estavam se encarando na rua. 


       -Agora será que o meu irmão poderia me explicar tudo que está acontecendo, você age como todos estivessem te vigiando... Isso pode virar doença, sabia?!
      -Isso não é doença Ema, é simplesmente a realidade! Olha tudo que eu fiz nesses últimos meses. Nesses últimos dias. Tem uma explicação: Eu estou sendo caçado! – O adolescente sentiu um alivio a falar aquela bomba para sua irmã. Confiava mais nela, do que em sua sombra.
       -O que Tim?! Está louco?! Caçado... Isso é loucura! – Um som do sino da igreja soou pela primeira vez. Assustando Ema – Que foi isso?
       -Sino da igreja, ele começa a fazer isso em qualquer data comemorativa, ainda mais no natal. Vai fazer isso 12 vezes, até dar meia-noite.
       -Bom, não mudando de assunto! Desde quando você acha que está sendo seguido, ou até mesmo caçado?!
       -Desde que você chegou!
       -O QUE?! Eu cheguei aqui faz três semanas e você não me contou nada?
       -Eu te contei hoje, não serve?!
      -Claro que serve. Mas temos que avisar a policia, contar aos nossos pais –  Logo Ema pegou Tim pelo o braço, na intenção de leva-lo para o interior da residência. Mas ele a soltou com força e ainda estava parado no lugar.

      -Não podemos! Ema, eu tenho que sumir... Se eu não sumir logo, eles me matam! E eu não quero morrer. Não quero ficar longe de você minha irmã! 



       Em seguida, os irmãos se abraçaram, os olhos de Ema corriam as lagrimas de angustia e desespero. Tim tentava ao máximo não chorar, estava sendo forte, durante esses últimos meses, mesmo tendo ataques de desespero.


      -Vamos, está muito gelado aqui fora... E logo será meia-noite, teremos que começar a ceia!

      -Só espero que esse não seja o meu ultimo natal. – Falou Tim,distante e caminhando abraçado com Ema.


Ema parou de andar, encarou Tim e pegou novamente em suas mãos. 


     -Não vai ser o seu ultimo natal e não fale desse jeito querido... Não vamos pensar nisso agora. É noite de natal e temos muito a viver nessa vida, principalmente você!

     -Eu sei, mas... -- Tim foi interrompido pelo um barulho de um carro que vinha em alta velocidade na sua rua, era uma van, preta, e logo pararam há alguns metro dos dois.


     -Tim...- Sussurrou Ema, ela temia o pior.


Logo uma pessoa saiu do carro e com uma arma em punho, atirou em direção a Ema e Tim. Ema tentou puxar Tim para dentro da casa, mais já era tarde. Ele havia acabado de receber três tiros: Um no coração, outro na perna e o último no seu ombro.


     -NÃO!- Gritou Ema, correndo para abraçar o corpo do seu irmão, a pessoa que havia disparado, entrou novamente no veículo e o mesmo deu ré, sumindo em torno da neblina. 


COLABORAÇÃO - LUIZ GUSTAVO
REVISÃO DE TEXTO - LUIZ GUSTAVO
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO POR - JULIANA CORDEIRO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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