terça-feira, 18 de março de 2014

Round & Round - Primeiro Episódio



Round & Round - Primeiro Episódio 
     

“O carro em alta velocidade passou cantando pneu pelas ruas da metrópole eram exatamente 19h30min da noite e algumas pessoas esperavam taxis, ônibus e até mesmo seus acompanhantes para regressarem de um dia exaustivo de trabalho. Uma criança de aparentemente 10 anos e sua mãe andavam de mãos dadas, elas aguardavam o taxi. O automóvel veloz adentrou no canteiro da avenida, a pessoa que dirigia o mesmo aparentava estar bêbada ou até mesmo sofrendo sobe efeitos de drogas. Uma forte luz fez com que a criança e a mãe ficassem assustadas e sem tempo para correr ou tentarem se salvar, o veículo avança em cima da criança fazendo a mesma parar na parte traseira do carro.” 

Ema se levanta assustada da cama, fazendo com que perceba que tudo tenha sido mais um devaneio. Permanecia atormentada desde que presenciou a morte do irmão. 

FLASHBACK ON 

Tim estava no pavimento, sangrando. O sangue se misturava com a neve tornando-a avermelhada. Ema segurava o seu irmão, em seguida seus pais e os convidados da ceia saíram pela entrada e correram em direção a Ema, que chorava descontroladamente e abraçava o corpo, sem vida.

- Oh meu santo Deus... O que aconteceu com o meu filho?! – Disse Glenda que logo se abaixou ao lado do cadáver e chorou junto com a única filha. 

- Eles mataram o meu irmão mãe, mataram! 

- O que?! Não... – Exclamou. – Meu filho não! – Fitou a face inexpressiva, e passou a mão por cima. – Querido, fala com a mamãe... Por favor! A mamãe precisa ver que você tá vivo, que tudo é mais uma das suas brincadeiras! 

-Glenda, acho melhor... – Falou Óscar, padrasto de Mariana e pai de Tim – 

-Você não acha melhor nada Óscar! Não está vendo que o nosso filho está Morto?! O que há com você em?! Nem ao menos chama a policia, nem a emergência. 

-Mãe, por favor! Fale que ele tá vivo, me diz?! – Ema tentava controlar as lagrimas.

Ema e Glenda se abraçam, um abraço de desespero.

- Ele morreu, meu filho morreu! – Finalizou a matriarca no ouvido da primogênita. 

FLASHBACK OFF 

Ema descia as escadarias da residência, algumas pessoas a esperavam na sala. Glenda enxugava algumas lagrimas que caiam na sua face. Mariana usava um vestido preto, pequeno casquete vermelho com véu sobre metade do rosto e um pequeno salto. Aparentava cansaço, seu rosto demonstrava sinais de tristeza. A casa ainda estava com a decoração de natal, a bela árvore enfeitada, os presentes debaixo da mesma, e a frase “Feliz Natal” na entrada do cômodo permanecia intacto. Só fazia um dia após a morte do irmão, os seus olhos castanhos demonstrava a dor que ela sentia. 

-Minha sobrinha amada – Sua tia Mercedes caminhou em direção e a abraçou cariosamente. Ema retribuiu. –Eu sinto muito, acredite! Eu sei como que é. 

-Obrigada! Agora sei como à senhora se sentiu quando perdeu o seu irmão! 

-Não se esqueça de que não é por que eu sou a sua tia emprestada, que não te ame da mesma forma que se eu fosse a sua tia de verdade, de sangue! 

-Podemos ir, não podemos atrasar no enterro do Tim. – Óscar disse, distante e frio. 



Minutos depois, todos saiam da casa caminhando com tristeza e solidão a caminho dos seus carros parados em frente da casa de Glenda e Óscar. Ema preferiu ir com a sua Tia Mercedes. 

O clima entre Glenda e Óscar não era um dos melhores. Após cerca que 40 minutos todos já desciam dos veículos em frente do cemitério. Mercedes, Glenda e Ema andavam juntas. Segurando o caixão estava Óscar, Philipe (Marido de Mercedes) e Solano (Pai de Ema). 

Quando todos estavam presentes, os amigos de Tim e familiares iniciaram a reza.

-Bom, peço um instante de vocês aqui presentes. – Ema falava tentando manter a calma e engolindo o choro. – Já faz algumas horas que ele se foi, ele estava com medo, meu irmão estava me pedindo ajuda. 

Ema prosseguiu a falar sobre o seu irmão, no meio das pessoas surge um homem de aparentemente 29 anos, a mesma faixa etária de Ema. Ele tinha cabelos pretos, olhos verdes e uma boa postura física. Ficou perto de onde estava o caixão.

-Meu irmão era muito especial para mim, para a minha mãe, para os seus amigos aqui presentes! Ele podia ter cometido erros durante esses últimos acontecimentos mas... 

-Mais ele só queria ser compreendido – Continuou uma moça de cabelos azuis, olhos castanhos e roupa preta. – Ele só queria ser amado da mesma forma que você tinha sido amada pelo seu pai e pela a sua mãe, num casamento que não tivesse desavenças como o da dona Glenda com o seu Óscar! 

-Quem é você para falar do meu casamento, do meu filho em garota? – Interrompeu Óscar. 

-A namorada dele! E sei bem como ele se sentia, como estava sendo ameaçado – O rapaz de cabelos pretos e olhos verdes começou a olhar para a garota – Como ele estava se sentido encurralado por todos os lados! 

-O meu filho nunca foi assim. Pode ter cometido erros sim, mas ele nunca mencionou estar sendo ameaçado! – Falava Glenda, evitando as lagrimas caírem. 

- Vamos respeitar esse momento, por favor... Por mais que o Tim não seja o meu filho – Disse Solano, tentando acalmar os ânimos – Gostava do garoto, era irmão da minha querida Ema... Vamos prosseguir com a cerimônia, por favor...

A jovem de cabelos azuis, Glenda e Ema se acalmaram e o velório prosseguiu com o silencio, somente com a voz do padre presente. Todos jogaram suas flores sobre o caixão, e os parentes de Tim um punhado de terra sobre o mesmo. 

Alguns instantes depois.

Todos andavam em direção à saída do tão assustador, para alguns, cemitério. Ema junto com Mercedes em direção a partida, mas logo sentiu uma mão em seu ombro, fazendo com que virasse bruscamente para trás e ver quem estava lá. Era o rapaz de cabelos pretos e olhos verdes vibrantes. 

Mercedes também se vira, olha o homem de baixo para cima e solta um risinho para Ema.

-Vocês se conhecem?! – Perguntou Mercedes.



-Não, não tia! Mas afinal, quem é você?! – Questionou Ema desconfiada para o belo rapaz- 

-Um amigo... 

-Amigo?! Meu irmão não falou nada a respeito de... Qual seu nome mesmo?! 

-August! Meu nome é August Polizzi. – August estendeu a mão no modo de apresentação e logo continuou a falar. – É uma grande honra conhecer a renomeada executiva do mundo da tecnologia e segurança!

Mariana olhava August de modo curioso, já sua tia permanecia a encarar o belo rapaz de cabelos negros. “Esse tal de Polizzi seria uma boa escolha de homem para a minha sobrinha!” Pensava Mercedes, que estava longe de ser uma tia convencional. Logo após um momento com certa insegurança e duvida se deveria cumprimentar August. Ema estendeu a mão e selou o aperto. Um belo e enorme sorriso de confiança se abriu no rosto do rapaz de olhos verdes penetrantes, fazendo com os olhos cor de avelã de Ema se cruzarem num misterioso e penetrante troca de olhares.

-Mercedes e Ema, ainda estão ai: Paradas?! – Indagou Philipe, chegando perto de Mercedes. Que caminhava em direção do mesmo, sem que Ema percebe-se. 

-Deixe-a! – Chegou perto de Philipe e colocou as suas mãos sobre terno preto que o seu marido vestia. – Ela precisa de uma distração, ainda mais nessa hora... – Falou olhando para trás e percebendo que Ema já começava a conversar com August.

Philipe ajeitou seu par de óculos de grau e deu um logo suspiro. Mercedes deu um pequeno selinho nele e juntos caminharam de braços dados em direção à saída.

-Posso saber ao menos, o nome do rapaz com quem a minha sobrinha está falando?! 

-Não me recordo Philipe, lembro-me do sobrenome do belo rapaz: Polizzi! Um belo sobrenome, não acha querido?!. 

Com August e Ema.

-Como sabe que eu trabalho com segurança tecnológica?!- Perguntou Ema,pouco envergonhada- 

-Bom, digamos que o seu irmão me contou um pouco sobre a família dele, mas não falto elogios a bela irmã. – Disse August, com um sorriso encantador no rosto- 

-Bela?! –Ema olhou para baixo envergonhada depois voltou a encarar August com uma expressão de frieza. – Elogios não vão apagar a dor que estou sentido nesse momento, senhor Polizzi! – Fazendo uma menção em sair. - Estarei saindo dessa conversa sem menor anexo com um completo desconhecido, como o senhor.

Ema se virou e caminhou rapidamente, fazendo que o seu salto fizesse um barulho de certa pressa que andava em direção à saída do cemitério onde tinha acabado de “plantar” o seu amado irmão. Quando chegava a saída do cemitério, notou que August não a seguia, ela encostou-se na parede, colocou a mão sobre o seu coração que batia acelerado. 

It's the beat my heart skips when I'm with you 
But I still don't understand 
Just how the love your doing no one else can. 

-O que está acontecendo com você Ema?! Pare de ser besta e encare isso como sempre encarou os marmanjos que apareceram na sua frente: Fria e irônica! Quando a frieza não der certo, vá de ironia! – Balançou a sua cabeça, afastando os seus pensamentos que rondavam em cima de August Polizzi. Um homem misterioso e com belos olhos e lindo sorriso!



COLABORAÇÃO - LUIZ GUSTAVO
REVISÃO DE TEXTO - LUIZ GUSTAVO
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL
ESCRITO POR - JULIANA CORDEIRO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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