DÉCIMO NONO EPISÓDIO
THE LEAGUE
"A LIGA"
Acordo num calabouço. É exatamente como o calabouço que eu vi enquanto estava no estádio. Todos nós estamos com as mãos algemadas na parede, e os pés interligados por correntes. Nossas armas não estão na mesa, e não vejo Silas ou Zoe por aqui. Começo a fazer força nas algemas para tentar me soltar, mas elas são mais pesadas que as outras.
— Você realmente acha que isso irá funcionar? – Pergunta um dos guardas.
— Onde estão meus amigos? – Pergunto, irado.
— Se fala dos vampiros eles estão... Como eu posso dizer?... Mortos.
É um blefe, vampiros não morrem tão facilmente. Pelo menos eu acho que não. Continuo fazendo força nas algemas e o guarda levanta-se irritado, e vem em minha direção.
— Se a Princesa Íris perguntar algo, eu simplesmente digo que você me atacou e eu tive que lhe matar.
O guarda tira sua faca do cinto, e finca-a em meu coração. Começo a cuspir sangue pela boca e ouço uma risada cínica vinda do guarda. Ryan acorda.
— O que houve? – Ele pergunta.
— Tire todos daqui. Põe fogo neste lugar.
— Entendi.
Ryan começa a gritar e se contorcer. Nunca percebi isto nas duas vezes em que eu vi-lo transformar-se. É algo extremamente doloroso, e os estalos de seus ossos invadem o local com seu som excruciante. A transformação está completada, todos nós começamos a cair no chão devido à parede que fora derrubada por conta da calda de Ryan. Luna acorda com o impacto e tenta fazer algum tipo de feitiço para estancar o sangue. Sem sucesso.
Ryan cospe fogo e desintegra o guarda. O local começa a desmoronar e uma explosão chama a minha atenção. Ryan cai no chão e transforma-se de volta à forma humana.
— Mas o que diabos vocês acham que conseguirão fazer aqui? – Diz Íris, com um raio em suas mãos.
— Olha, moça, eu não sei o que você pensa de nós, mas não somos os maus por aqui. Morte não trouxe nada a este mundo além de miséria e luto. Está na hora disso acabar, e deixar com que o verdadeiro anjo da morte cuide disso.
— O que você está insinuando? – Ela pergunta.
— Luna... – Digo, e atraio sua atenção.
[...]
Acordo em um quarto, e ouço barulhos por todos os cantos. Minha foice está jogada ao chão e Zoe está sentada numa cadeira, me observando.
— O que está acontecendo? – Pergunto.
— Morte invadiu o templo. Temos que sair daqui.
— Onde estão os outros? – Pergunto, aflito.
— Estão no quarto ao lado. Íris está equipando-os com as melhores armas que ela tem. Somos uma espécie de Liga. – Diz ela, sorrindo um pouco.
— Zoe... – Começo a falar, mas sou interrompido.
— Chase, independente do resultado, é bom que você saiba de uma coisa.
— O quê?
— Chloe está comandando o ataque.