terça-feira, 11 de março de 2014

Reaper - 1ª Temporada - Episódio 15


DÉCIMO QUINTO EPISÓDIO

WEAKNESS
"FRAQUEZA"

Luna tentava fazer alguma magia com as mãos enquanto eu tentava desatar os nós. Nenhum de nós obteve sucesso.
— Eu vou tentar uma coisa. – Diz Zoe.
Zoe dá um mortal do chão e se prende na viga da parede, a corda a mantém a mais ou menos trinta centímetros de distância de nós. Zoe põe os pés na viga e pula para o lado com toda a força, quebrando-a. Nós três nos arrastamos até que a corda saia da viga e pegamos uma faca para cortar a corda. Assim que acabamos, ouvimos estrondos e percebemos que o bar está desmoronando em cima de nós. Não temos tempo de sair.


[...]

Acordo desnorteado com um monte de concreto em cima de mim. Sinto uma dor insuportável e sinto o peso em cima de meu corpo começar a aliviar. Alguém está removendo os pedaços de concreto de cima de nós. Uma mão estende-se para mim e eu a agarro para me levantar.
— Você está bem? – Pergunta um cara, de aproximadamente dezenove anos.
— Sim. Quem é você?
— Ryan Sparks. Eu sou um transmutado. E você?
— Chase Davenport, ceifeiro. Vamos pular as apresentações e procurar minhas amigas, por favor? Elas também estão embaixo do concreto.
— A maga e a vampira? Já foram resgatadas à um tempo, elas estão no hospital da mini cidade. Vamos, eu levo você até lá.
Sigo Ryan até chegarmos ao hospital. A caminhada não demora mais que três minutos e não trocamos uma palavra durante o percurso. Chegamos ao hospital e Zoe está na sala de espera enquanto os enfermeiros foram dar uma olhada em Luna. Ryan segue um caminho e eu fico para falar com Zoe.
— Como ela está? – Pergunto.
— Ela vai ficar bem. E você, como está lidando com tudo isso?
— Por enquanto, eu estou um caco. Acho que quebrei um braço.
Zoe morde o pulso e coloca-o na minha boca. O sangue de vampiro entra no meu organismo rapidamente, e logo faz com que meus ossos curem-se.
— Por que você não fez isso com Luna?
— Porque sangue de vampiro não funciona em seres que invocam magia. Acha que eu não tentei?
Ryan atrapalha a nossa conversa. 
— Sua amiga irá sair logo. Soube que vocês que atraíram o Morte para nossa cidade.
— É. Desculpe-nos por isso. Já estamos de saída, só estamos esperando nossa colega ser liberada. Morte capturou dois dos nossos.
— Eu vou ajudá-los.
Luna é liberada e todos nós saímos do hospital – incluindo Ryan – em direção ao bar novamente. Assim que chegamos ao bar, procuramos o carro no estacionamento e o encontramos. Todos nós entramos no carro e eu vou no banco do motorista. Não sei ao certo para onde nós vamos, mas iremos achar Chloe e trazer ela de volta.

[...]

Estamos na estrada a mais de seis horas. Morte não é capaz de nos seguir agora que ativamos a camuflagem. O sol está nascendo quando eu estaciono o carro na beira da estrada.
— O que houve? – Zoe pergunta.
— Eu não sei. Estou sentindo alguma coisa na minha cabeça.
— AAAAAAAAAAAAAh! – Grito. 
— Tirem ele do banco do motorista, agora! – Grita Luna.
Levo as mãos à minha cabeça e estou com vontade de arrancar meus próprios olhos. Ryan abre a porta ao meu lado e me coloca deitado do outro lado da estrada. Começo a me contorcer e vejo meus pulsos cortando e sangrado muito fortemente.
— Mas que diabos... – Implica Ryan.
— Chloe é a fraqueza dele, Morte deve ter descoberto! Saiam da frente, vou tentar fazer algum encantamento aqui.
Zoe e Ryan abrem espaço. Luna sentado meu lado e põe suas mãos sobre o meu corpo, falando em uma língua que eu não consigo decifrar. Cada músculo do meu corpo começa a se contorcer e cada osso começa a se quebrar. A dor é indescritível. Um impulso de luz sai das mãos de Luna e acerta meu peito. Desmaio.
...
Abro os olhos e todos estão me olhando com cara de surpresos. Meus pulsos estão cicatrizados e eu não sinto mais dores, por enquanto.
— Eu interferi na sua ligação com Chloe.
— Obrigado.
— Eu ainda não acabei. Se você estava tão ligado a ela a ponto de ser ferido fisicamente, significa que estamos perto dela. Tinha um fio de cabelo dela na sua roupa, eu arranquei-o e fiz um feitiço localizador, e ela está a 300 metros abaixo de nós.
— Eu cuido disso, afastem-se! – Diz Ryan. Todos nós voltamos para o carro e assistimos a cena.
Ryan está se transformando numa coisa grande, com escamas. Eu não acredito nisso, achei que já tinha visto de tudo mas... Ryan está se transformando num dragão.
Não consigo ver muita coisa depois que este dragão levanta vôo e mergulha no chão. Uma cratera enorme abre-se e ouvimos uma voz – bem baixa –
— Vocês vão ter que pular.
A princípio, achamos besteira, depois, nós três pulamos duma vez na cratera e, quando estamos perto do chão, Luna faz um encantamento para que chegássemos ao chão sem nos machucar. Tocamos o solo e, ao nosso redor, está um pequeno corredor.
Uma luz branca se projeta ao final do corredor. Não temos opção de volta, então seguimos em frente. A luz está cada vez mais próxima e finalmente, a alcançamos.
É um estádio. Há várias pessoas ao nosso redor. O corredor de onde acabamos de sair, acabou de desaparecer. Ouvimos uma voz muito alta, e conhecida.
— Senhoras e senhores sobrenaturais, apresento-lhes os quatro participantes da batalha mortal. Dêem as boas vindas à o ceifeiro, a vampira, a maga e o transmutado. E hoje eles lutarão contra quatro de meus melhores homens. Dêem as boas vindas à Silas, o vampiro, Medusa, a rainha de pedra e meus dois novos aliados, Ed e Chloe, o lobisomem e a arqueira.
Ed e Chloe estão lutando do lado de Morte.


DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL, FÉLIX E WALTER HUGO.

ESCRITO POR - WALTER HUGO

REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS