quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Reaper - 2ª Temporada - Episódio 25 [Fim da Temporada]


VIGÉSIMO QUINTO EPISÓDIO

FAREWELL AND GOODBYE [SEASON FINALE]
"MUITO BEM E ADEUS[FIM DA TEMPOARADA]"

— Temos que sair daqui. – Katherine afirma.
— Achei que iríamos encará-la. – Ryan diz.
— E vamos, mas quando o feitiço de Ariel estiver completo e vocês terem um pouco mais de noção de suas habilidades. Loirinha, leve-nos para à Ponte Magno.
— Ponte o quê?! – Luna pergunta.
Uma grande fumaça negra nos envolve e em seguida, estamos numa grande ponte de pedras entre dois precipícios. O corpo de Silas ficou para trás, assim como nossos objetos.
— Você deixou nossos objetos lá! – Ariel grita. – Era nossa última esperança!
— Tem certeza? – Katherine tira uma sacola branca do bolso. – A propósito, o canivete do falecido também está aqui.
Tomo a sacola de Katherine com um pouco de raiva. Sei que ela está tentando nos ajudar, mas algo nela não me agrada. Talvez seja o fato dela ser uma ceifeira, sendo que eu nunca encontrei ninguém do meu tipo. Ou talvez seja o simples fato de que ela me foi apresentada como uma irmã.
Katherine sai na frente, atravessando a ponte. Demoramos um pouco para tomarmos iniciativa, mas Ariel vai atrás dela, depois Ryan e Íris, E.D. e por último, Luna e Eu.
— Confia nela? – Luna pergunta.
— Tenho que confiar. Ela é minha irmã. – Respondo.
— Sua o quê?! – Luna exclama. – Por que nunca mencionou isso?!
— Só descobri há algumas semanas. Milena me contou logo que foi embora a primeira vez. Fiquei muito ocupado desde então.
Luna fica surpresa, mas ignora. Nós dois temos passado uns perrengues aqui no ínferno e eu estou torcendo muito para que consigamos sair daqui o mais rápido possível. Quero a minha vida normal de volta.
Esqueço a realidade por alguns minutos e lembro-me de todos os meus amigos. Lembro de E.D. e Zoe na escola, me assistindo babar por desejo de Chloe. Lembro de Jade enchendo o saco todo santo dia. Lembro do sabor dos bolos de cenoura da minha avó e das histórias malucas do trabalho da minha mãe. Lembro-me do meu gato indo me acordar todas as manhãs, pressionando suas patas no meu rosto e me deixando coberto de pêlos. Era uma época bastante fácil, e eu, por pura frescura, reclamava do mundo.
— Chegamos. – Katherine diz. Olho para frente e vejo uma casa velha. Ela abre a porta e todos nós entramos.
Não tem nada demais aqui dentro. Apenas um caldeirão velho, uma forma de ferro, uma pinça grande e um balde enorme de água fria. Todos nós acabamos por não resistir e enchemos nossas duas mãos com um punhado de água e tomamos. Katherine sorri com a cena e abre a sacola branca.
— Ariel, faça o seu feitiço.
Ariel pega a sacola e começa a despejar os objetos dentro do caldeirão. Primeiro o porta-retrato de Íris, depois, a arma de Ryan, os dois pingentes de foice e ela pinga uma gota do sangue presente no canivete de Silas. Nada acontece primeiramente, mas Ariel chama Luna para ajudá-la com as palavras do feitiço.
— Como você sabia sobre nós? – Pergunto à Katherine.
— Bom – Ela sorri – eu estive vigiando-os por muito tempo e ceifei vários inimigos que tentavam te atacar. Não achou realmente que era tudo tão calmo daquele jeito, não é?
— Não. – Sorrio um pouco de volta – É que eu sei tão pouco sobre você... Minha mãe nunca mencionou de outro filho.
— Não somos irmãos por parte de mãe. Temos o mesmo pai em comum, mas infelizmente, eu também não sei quem é.
— E como sabe que somos irmãos? – Indago.
— Quando eu ouvi falar de outro ceifeiro com o sobrenome Davenport que era tão rebelde quanto eu era, acho que os fatos falaram por si.
As meninas terminam de falar as palavras do feitiço e o caldeirão toma uma luz esverdeada, depois azulada, depois avermelhada, depois amarelada. Katherine pede para que Ryan esquente ao máximo que ele puder o caldeirão, e assim ele obedece, até que tudo o que resta lá dentro é um pouco de pasta alaranjada semelhante à lava.
— Chase, use sua telecinese e derrame a pasta na forma de ferro.
— Tudo bem. – Obedeço.
Concentro-me no caldeirão e levito-o até próximo à forma. Derramo a pasta dentro da forma e vejo aquela gosma começar a se formar numa espécie de amuleto. Esperamos alguns segundos e então, Katherine pega a pinça, prende o amuleto com ela e afoga ambos na água fria. Uma onda de vapor sobre por vários segundos, e demora um pouco até que a água pare de borbulhar.
— Está pronto. Fizemos o amuleto contra Lilith. Se Íris não tivesse voltado, bastava parti-lo na quantidade de pessoas em questão e invocá-la.
— E qual exatamente a função dele agora? – E.D. pergunta.
— Agora ele tem as suas habilidades combinadas. – Ela responde. – Vamos, eu sei onde Lilith está indo. É bom que estejam preparados para uma batalha, pois haverá muito sangue. – Katherine diz e em seguida, somos transportados.
Estamos atrás de alguns arbustos pretos. À nossa frente está a cachoeira onde tudo começou. Vejo o exército de Lilith caminhando ao longe na margem, com ela em frente, cercada por homens de todos os lados.
— Ryan, você vai na frente. – Digo. – Você vai se transformar em dragão logo que eles se aproximarem. Ariel, você ficará escondida e tentará seduzi-los com seus poderes de musai. Íris, você e Luna ficam atrás, preparadas para qualquer coisa. E.D, Katherine e eu atacaremos qualquer um que consiga passar por Ryan. Preparados?
Ouço um sim coletivo.
— Vamos! – Grito.
Todos me obedecem e fazem a formação ordenada. E.D. se transforma em lobisomem, enquanto Katherine e eu sacamos nossas foices. Ouço um barulho de raios e sei que Íris já está pronta. Luna está com seu cajado em mãos. Os homens de Lilith nos alcançam.
— Matem todos. – Lilith ordena, e direciona-se à água da cachoeira.
Ryan se transforma e cospe fogo em cima de todos que correm para atacá-lo. Katherine e eu passamos pelos lados, brigando com qualquer um que cruze nosso caminho. O exército de Lilith é maior em número, mas não são tão bons de batalha quanto nós.
Em questão de segundos, perco contato de vista com os outros, e apenas escuto gritos de Katherine. Quatro homens de Lilith juntam-se e formam um gigante, que me dá um soco e me jogam na água. Isso vai ser interessante.
O gigante se aproxima de mim com passos fortes, enquanto eu procuro a minha foice na água. Lembro-me do amuleto e puxo-o até mim com minha telecinese. Seguro ele com minha mão esquerda e crio formas com a água que está ao meu redor, jogando todas elas contra o gigante na esperança de cansá-lo. Quando vi que não faria efeito, usei minha telecinese para puxar minha foice até mim e utilizei um pouco dos poderes de Íris, eletrificando minha foice. Arremesso-a contra o gigante e ele cai de joelhos na água, eletrocutado e sangrando. Tiro a foice de seu corpo e volto para a batalha.
Agora eu estou atacando por trás. Ninguém do exército de Lilith consegue prever meus movimentos quando eu lanço uma onda elétrica utilizando o amuleto e minha foice. Mais da metade deles caem mortos no chão. Katherine desapareceu, mas ainda vejo Ryan e Íris causando um bom estrago.
— Chase! – Ouço a voz de Ariel sendo levada para junto de Lilith. Uso minha telecinese para me levitar até lá.
— Deixe-a ir, Lilith. Isso é entre mim e você.
— Não estou só com Ariel. O único de seus amigos que não está comigo é o dragão. Mas veja, eu já tenho meu ritual completo, então realmente eu não preciso que mais ninguém morra aqui. Sua amiga Zoe morreu nas catacumbas. O acesso do limbo em que o dragão morreu uma vez era próximo às colinas. Sua amiga caçadora morreu no castelo de Hades. Você aniquilou Morte no labirinto de Asteroth e da primeira vez que seu amigo E.D. esteve aqui, ele caiu da Ponte Magno e morreu, depois tendo sua alma resgatada por Hades, claro. De uma maneira ou de outra, os cinco lugares formavam um pentagrama e nós estamos bem no centro dele, mas para que meu ritual se conclua, eu ainda preciso fazer mais uma coisinha... – Lilith diz, mas eu não a deixo completar a frase e cravo a minha foice nela.
— Você não pode me matar, tolo. – Ela diz. – Quando a primeira alma inocente for corrompida, então a porta para o apocalipse se abrirá.
As palavras dela me gelam o coração e uma luz branca começa a sair por baixo da água da cachoeira, indo até o topo do inferno. Uma espécie de porta gigante toma forma dessa luz e se abre, sugando várias almas para lá.
Ponho a mão no bolso para pegar o amuleto e vejo que ele já não está mais lá. Em seguida, vejo Ariel com o amuleto em mãos, sendo sugada para dentro da porta. Os homens restantes de Lilith começam a ser sugados – tanto os mortos quanto os vivos – assim como várias outras almas presas dentro do inferno.
— Mas que desgraça é essa?! – Ryan grita.
— A Ascensão começou. Lúcifer ressurgirá das cinzas e reinará no mundo defendido pelo Deus que já não mais existe. – Lilith responde com um sorriso psicótico no rosto, sendo sugada para a porta.
Íris, Kathrine, Ryan e E.D. são puxados para lá sem nenhuma dificuldade e a porta começa a se fechar. Não vejo Luna. Caminho até a porta e ponho a minha foice para segurá-la por mais algum tempo até que ela apareça.
Luna surge diante de mim com o corpo de Silas nas costas. Ela o coloca na água e logo ele é puxado para a porta. Minha foice se parte e ambos somos puxados para dentro. A porta se fecha.

[...]

— Agora! – Ouço alguém gritar.
Sons de tiros percorrem meus ouvidos e os gritos agonizantes me deixam maluco. Olho ao redor e vejo que estou numa espécie de cova, enterrado vivo. Tento usar minha telecinese para mover a areia para cima, mas estou fraco demais para isso, então terei que agonizar com as mãos.
Depois de vários minutos – ou horas, fica difícil dizer – e muitas gramas de areia em minha boca, eu consigo sair do túmulo e respiro ar puro. Vejo um show de luzes entre pessoas batalhando e alguém se joga em cima de mim.
— Kitana?

— Bom te ver de novo, cara. – Ela diz.


TERCEIRA TEMPORADA DIA 30 DE OUTUBRO, ÀS OITO DA NOITE!

DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL, FÉLIX E WALTER HUGO
ESCRITO POR - WALTER HUGO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS.