CENA 1. SAÍDA DO MOTEL. EXTERIOR. DIA
Roberto e Natalie aos beijos e são surpreendidos pelo de Carlota, os fechando, ela sai do carro furiosa e atira uma grande pedra contra o carro de Roberto, ela vai até o carro e os encara completamente assustados.
CARLOTA – (Exaltada) ENTÃO ERA VERDADE! VOCÊ E ESSA BANDIDAZINHA DE QUINTA ESTÃO JUNTOS!
ROBERTO – Calma Carlota, eu posso explicar!
CARLOTA – Pois estão, estou esperando, explique!
Roberto encara Natalie que engole em seco, amedrontada, ela encara Roberto assustada.
ROBERTO – Ela veio me encontrar… Com uma proposta de matar a Amanda!
CARLOTA – Você acha que eu nasci ontem Roberto?
NATALIE – Dona Carlota não é nada disso que a senhora está pensando… A senhora…
CARLOTA – (Cortando) CALA A BOCA! Não quero ouvir sua voz e some daqui, desaparece, porque se eu te ver de novo eu te esgano!
Natalie sai correndo a pé mesmo, Carlota encara Roberto.
CARLOTA – Se você estiver me traindo com uma bandidazinha de quinta Roberto… (Sussurrando em seu ouvido) eu te mato, eu juro que te mato!
CENA 2. RANCHO DE AMANDA/ QUARTO. INTERIOR. DIA
Amanda está em seu quarto tensa, lembrando de diversas coisas sobre sua infância, ela abre seu cofre e tira o urso de pelúcia, o abraçando. Um segurança de Amanda escuta tudo atrás da porta, escondido.
AMANDA – Quer saber? Eu já tenho a grana, vou sumir no mundo e esse povo maluco que se exploda!
CENA 3. PENSÃO/ QUARTO DE CRISTAL. INTERIOR. DIA
Cristal no quarto tensa, com um olhar enigmático, falando com Novaes ao telefone.
CRISTAL – Achou!? Ótimo! Ela vai fugir no heliporto de acordo com aquele segurança? Pode deixar Novaes, se alguém tiver de queimar hoje eu garanto que não serei eu!
CENA 4. CABANA/ SALA. INTERIOR. DIA
Jack fala ao celular com Novaes, ele desliga, impactado. Natalie entra completamente pasma em casa pelo incidente no motel.
JACK – Pessoal, todos venham aqui!
Esmeralda, Jonathan e Natalie ficam atentos.
JACK – Descobriram onde está a Amanda, ela está num rancho na família dela na reserva. E hoje ela fugir de Madrid num heliporto.
ESMERALDA – Que horas?
JACK – Segundo consta pelo meu detetive, às 10 e 15 de hoje.
ESMERALDA – Ótimo! Estarei lá e de hoje essa cadela não passa!
Jonathan, Natalie e Jack com sorrisos discretos e intrigantes com um ar misterioso.
CENA 5. CASA DE CARLOTA/ SALA. INTERIOR. DIA
Carlota e Roberto entram na casa discutindo.
CARLOTA – Como você pôde me trair hein Roberto?
ROBERTO – Eu já disse que eu estava planejando matar a Amanda, Carlota! Eu juro!
CARLOTA – EU NÃO SOU IDIOTA! Você e ela tem algum pacto, desde quando?
ROBERTO – Não tem pacto nem um Carlota! Mas vamos falar da Amanda, a gente precisa se livrar dela, aquela garota é uma ameaça.
CARLOTA – Minha maior ameaça no momento é você Roberto! E nada me tira da cabeça que você está tentando me passar a perna.
ROBERTO – Você quer um bom motivo pra eliminarmos a Amanda? Senta, eu vou te dar, álias um ótimo motivo!
Carlota se senta.
CENA 6. APARTAMENTO DE CAUÃ/ SALA. INTERIOR. DIA
Cauã no apartamento conversando com Rosa.
CAUÃ – Rosa, o que acha da história das pedras preciosas?
ROSA – Eu acho que a gente precisa encontrar essa Amanda, porque nada me tira da cabeça que ela fez alguma chantagem pra nossa mãe roubar aquelas pedras de você.
CAUÃ – A nossa mãe fazer isso Rosa!? Tenha dó! De uns tempos pra cá você ficou com uma má vontade com a nossa mãe incrível. Mas também me interessaria bastante encontrar a Amanda, ela tem milhões de pedras preciosas minha cara, milhões.
Rosa e Cauã se entreolham.
ROSA – Sei lá… Um encontro com a Amanda não seria ruim pra nenhuma das partes…
CAUÃ – (Rindo) Com certeza, principalmente agora que a Cristal me passou onde está a Amanda e eu sei que ela vai fugir hoje!
ROSA – Vai fugir? Será?
Rosa vai até a copa e abre um champanhe, ela pega uma taça e também a serve a Cauã.
ROSA – Ao nosso futuro e grandioso encontro com Amanda Mendes.
CAUÃ – Tin tin!
Ambos brindam.
CENA 7. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. DIA/ NOITE
Cai uma noite fria e bastante tensa na capital espanhola, um ritmo bastante agitado por todos os lugares.
CENA 8. CASA DE CARLOTA/ QUARTO DE CARLOTA. INTERIOR. NOITE
Carlota e Roberto conversam no quarto, Carlota sem reação.
CARLOTA – A Amanda tem que sair do nosso caminho Roberto! Ela tem que sair!
ROBERTO – Tá vendo Carlota! Se você quiser eu a mato!
CARLOTA – (Exalta) NÃO ME FAÇA DE TROUXA! Eu odeio quando subestimam minha inteligência, eu odeio! Você vai lá, encontra com sua amante, faz o servicinho e pega as pedras preciosas. NÃO! Eu já disse eu quero essas malditas pedras longe da minha vida.
ROBERTO – Mas e da Amanda?
CARLOTA – Eu cuido dela!
Carlota fica diante do espelho, ela abre sua caixinha de maquiagens e tira um batom preto obscuro que não usava há anos. Ela passa nos lábios. Roberto vai tentando sair correndo do quarto sem que ela perceba, mas ela olha no espelho, ela rapidamente corre atrás dele, Roberto começa a correr pela escadaria descendo afobado, Carlota o surpreende. Num impulso Carlota empurra Roberto escada abaixo, ele cai, sem sentidos.
Carlota aproxima-se dele, e o checa.
CARLOTA – Vai se recuperar em algumas horas, tenho que focar no meu problema agora.
Carlota beija os lábios de Roberto.
CARLOTA – Perdão amor, mas isso vai ser o melhor pra todos nós, você vai ver.
Carlota sai, Roberto vai se levantando do desmaio fingindo, dolorido pela queda.
ROBERTO – Há coisas que realmente tem de ser feitas, não tem jeito!
Roberto se vai.
CENA 9. PENSÃO/ SALA. INTERIOR. NOITE
Rosa, Cauã, Cristal, Dinora, Mirna e João tensos, reunidos na sala. Cristal comenta com todos a localização de Amanda.
JOÃO – Então quer dizer que a Amanda acha que vai fugir hoje?
CRISTAL – Aí é que tá: ela acha, mas não vai. Até vai, se passar por cima do meu cadáver.
MIRNA – Coitadinha da Amanda… Ela acha que vai fugir!
ROSA – Aquelas pedras preciosas… Ela não é tão esperta assim, se deixar ser descoberta tão fácil!
CAUÃ – Amor, eu tenho que ir, tenho umas obrigações pra resolver sabe…
CRISTAL – Que obrigações?
CAUÃ – Coisas do ateliê, vou ver um fornecedor com minha mãe!
CRISTAL – Tendi.
Cauã sai, indo embora.
JOÃO – Gente, Madrid tá tão linda esta noite! Estrelada, enluarada… Vou até sair pra fazer um passeio.
DINORA – Nessa noite gelada!?
JOÃO – Claro, eu amo o frio!
CRISTAL – Sei… E sem guia turístico?
JOÃO – Eu sei andar meninas, volto em algumas horas.
João sai.
DINORA – Gente do céu! Eu acabei de me lembrar que tenho que ir no banco, vou enviar um dinheiro pra minha mãezinha, ela tá precisando comprar remédios sabe?
MIRNA – Achei que você tinha enviado remédio esses dias.
DINORA – Pois é… Eu esqueci, vou indo gente.
Dinora se vai. Rosa recebe uma ligação.
ROSA – Um instante, vou indo atender!
Rosa vai atender o celular escondida, com um ar tenso, ela volta Cristal pega a bolsa dela.
CRISTAL – Pesadinha a sua bolsa!
ROSA – Dá aqui.
Rosa pega a bolsa.
ROSA – Vou indo, beijos pra quem fica! Voltaremos a falar com excelentes novidades!
Rosa se vai. Cristal pega a bolsa e vai saindo atrás de todos.
CRISTAL – Dona Mirna pra todos os efeitos eu nunca sai dessa casa esta noite, NUNCA. E se eu fosse você ficava aqui!
Cristal sai. Mirna sai na janela e fica a observar, ela vira-se irônica.
MIRNA – Será que só a Mirna santinha do paoco vai ficar aqui!? (Rindo) Mas nem morta… Morta ficará quem cruzou o meu caminho!
Mirna corre até o quarto, pega uma bolsa e sai.
CENA 10. HELIPORTO. EXTERIOR. NOITE
Um helicóptero pousado no meio do heliporto, uns três seguranças fazem a escolta de Amanda que surge radiante em posse da mala, ela entra no helicóptero, a espera do piloto. Os seguranças se espalham pelo heliporto deserto.
AMANDA – Cadê esse maldito piloto meu Deus!? Chega logo!
Amanda olha no relógio que marca pontualmente 22h.
AMANDA – É Amanda, daqui a pouco você vai estar longe daqui e dar uma banana pra toda essa gente!
O celular de Amanda toca.
AMANDA – Já recebeu minhas bagagens? Ótimo! Se alguma coisa acontecer comigo essa mala de jeito nem um pode cair nas mãos das pessoas que eu já lhe citei. De jeito nem um. Adeus.
Amanda desliga o celular, tensa. Em seguida ele vibra, ela vê uma mensagem de número desconhecido, ela abre e começa a ler “O TEMPO TÁ ACABANDO E A SUA VIDA TAMBÉM”. Amanda se desperada, ela desce e se aproxima do segurança.
AMANDA – Fica de plantão aí, pelo amor de Deus, não deixa ninguém se aproximar de mim! Todos já sabem que eu to aqui! Eu to correndo risco de vida!
CENA 11. CABANA/ SALA. INTERIOR. NOITE
Esmeralda no sofá, tensa. Ela olha para a hora, ela vai até a gaveta de onde tira sua arma e a encara.
ESMERALDA – Chegou a hora Amanda! Eu vou te matar sua vadia!
JACK – Boa sorte!
ESMERALDA – Nós teremos!
JACK – Com certeza!
Esmeralda coloca uma luva de couro e se vai, batendo a porta. Jack com um olhar misterioso.
JACK – Vai Esmeralda! Vai mesmo!
Mal Esmeralda parte, Jack sai atrás. Jonathan e Natalie vão até a sala, após saírem do corredor onde estavam escondidos.
JONATHAN – É… Eu to de saída Natalie.
NATALIE – Bom, eu vou dormir um pouco. (Forçando bocejo) To morrendo de sono.
Jonathan sai tenso, Natalie vai para o quarto, ela coloca uma pistola na cintura e pula a janela fugindo.
CENA 12. APARTAMENTO DE DERICK/ SALA. INTERIOR. NOITE
Derick pensativo, conversando com um capanga.
DERICK – Não, pode deixar que fica tudo por minha conta, eu só quero que as câmeras não me filmem saindo e nem entrando nesse hotel hoje ok? Dane-se, dê o seu jeito. Ótimo, vou indo então.
Derick sai com uma expressão enigmática, logo Laísa também sai descendo as escadas.
CENA 13. DELEGACIA/ SALA. INTERIOR. NOITE
Augusto termina o seu turno, com um olhar enigmático. Ele também fala com Novaes ao celular. Ruan e Pablo ouvem tudo escondido, atrás da porta.
AUGUSTO – Ótimo… Claro que não pode contar! Eu sou polícia esqueceu, se eu fizer algo assim tem de ser oficialmente, mas diz aí, pra quanta gente tu bateu o paradeiro dessa doente mental? Ah, não pode contar! Entendo. É você tá certo, some, sua participação já bem útil Novaes.
Augusto desliga o celular, ele encara bem sua arma e enfia na cintura ele parte. Ruan e Pablo intrigados se entreolham.
PABLO – Estamos de mãos atadas!
RUAN – Eu sou capaz de apostar que vai acontecer algo de muito podre envolvendo essa bandida e será agora!
CENA 14. RUAS. INTERIOR. NOITE
Esmeralda com o carro a toda pelas ruas deserta, tensa, ela soava frio, não era o primeiro assassinato que cometia, mas sentia uma sensação ainda mais estranha.
ESMERALDA – São 50 milhões de dólares Esmeralda, você não pode arregar agora! Não pode!
Esmeralda anda ainda mais, ao fundo mais uma lanterna de automóvel clareia a rua, uma moto preta vai silenciosamente e calmamente andando pela rua. Esmeralda vira mais uma rua, ela finalmente encontra o heliporto, soa frio. Ela desliga o carro timidamente.
Esmeralda respira fundo, sabia que não haveria mais volta, um erro poderia ser fatal para qualquer um ali, ela pega uma garrafa de clorofórmio num pano e começa a buzinar loucamente o carro em frente ao heliporto, ao fundo da rua a tal moto preta ainda estava. Os seguranças ficam de prontidão, eles correm com armas em punho disparando tiros para o alto até para fora, Esmeralda se levanta, os seguranças apontam armas para ela, os três de uma vez, Esmeralda fica tensa.
SEGURANÇA – Acabou! Quem é você!
ESMERALDA – Eu vou matar a Amanda, sai da frente!
O primeiro segurança aproxima-se de Esmeralda para algemá-la, a agarrando, ela dá um coise entre suas pernas e lhe empurra para cima de outro segurança, ambos caem no chão, o terceiro sem arma de fogo corre para cima de Esmeralda. Ela lhe passa uma rasteira, ela começa a drogar os três seguranças com clorofórmio, protegendo a narina para não inalar, ela se levanta com os três desacordados.
ESMERALDA – Três a menos.
Dentro do heliporto Amanda roia as unhas de tanta tensão, uma sombra vai aproximando-se, Amanda estava do lado do helicóptero.
AMANDA – Seguranças, são vocês? O que aconteceu!?
Esmeralda revela-se da sombra apontando uma arma para Amanda.
ESMERALDA – Resposta errada queridinha, eu vou te matar Amanda!
A música ganha a cena. Esmeralda engatilha a arma determinada a atirar, Amanda a encara sem reação, completamente perplexa.
CENA 15. AEROPORTO DE MADRID/ SAGUÃO. INTERIOR. NOITE
Novaes prestes a embarcar de volta para São Paulo, tenso. Ele fala com Melisa ao telefone.
NOVAES – É claro que to viajando! Meu vôo embarca em 15 minutinhos amor, amanhã de manhã eu to aí em Sampa! Não sei porque, mas eu sinto que agora vai acontecer alguma coisa que vai mudar o destino de toda essa gente de uma vez por todas. Quer saber meu amor? Já tá mais do que na hora de eu sair de cena. Até mais.
Novaes desliga, ele escuta uma chamada para seu vôo e embarca.
CENA 16. HELIPORTO. EXTERIOR. NOITE
Amanda no heliporto diante de Esmeralda.
AMANDA – Não adianta me matar, as pedras preciosas não estão mais comigo se você quer saber!
ESMERALDA – Eu não acredito em você, só pode estar blefando!
AMANDA – Eu juro Esmeralda! (Com lágrimas nos olhos) Não me mata, pelo amor de Deus!
Esmeralda soava frio, tremia, não sabia o que fazer, até que ela e Amanda sentem um calafrio intenso, Esmeralda sente algo percorrer-lhe por trás, a moto preta ainda na sombra onde não se era iluminado estava lá. Amanda encarava aquela cena diante de seus olhos ainda mais incrédulas, eles encheram-se de lágrima e de medo, a arma de Esmeralda tremia, ela não sabia o que estava acontecendo e não queria virar-se para ver.
AMANDA – É VOCÊ! Não faz isso! (Com lágrimas nos olhos) Pelo amor de Deus!
Dois tiros são disparados do piloto em direção a Amanda que é acertada em cheio no tórax, ela encara o ser na moto e vai ao chão, morta.
ESMERALDA – AMANDA!
A cena congela em tons roxos em Amanda caída no chão, morta.
FIM DO CAPÍTULO