DÉCIMO QUARTO EPISÓDIO
FOR THE TRIUMPH OF EVIL
"PELO TRIUNFO DO MAL"
ANTERIORMENTE, EM REAPER...
O dragão de
Morte voa em direção ao portal do Olimpo.
— Luna, uns
cento e cinquenta metros à esquerda foi onde Íris e Silas entraram. Preciso que
você vá para lá e leve-os para algum lugar seguro.
— Pode deixar. –
Ela me responde.
Nossos pégasus
voam em direções opostas e não demora muito até que eu acompanhe Morte. Ponho
meu pégasus em frente ao dragão e ele cospe fogo em nós. Fecho meus olhos com o
ataque, mas algo me protege. Um campo de força verde.
Olho para trás.
Jared
Winchester.
— Achei que
precisaria disso. – Ele diz e me joga uma espada e vai embora.
— Quer combater
um dragão com uma espada? – Morte comenta. – Isso é patético.
— Não, Morte.
Quero lutar de homem para homem com você. Claro, se você tiver coragem. – Digo.
Morte range os
dentes.
Depois que Jared
some do meu ângulo de visão, imagino se Luna entendeu a pista. Aproveitei-me do
fato de Morte estar indo em direção ao portal errado para enviá-los ao portal
certo, para que eles fiquem seguros e recuperem suas energias.
Penso em como
Chloe deve estar lidando com tudo isso. Digo, à um tempo atrás, ela era só uma
garota popular no colegial. Hoje, ela está presa comigo e um monte de criaturas
sobrenaturais no inferno. Ela deve estar em colapso.
Uma esfera azul
paira sobre a mão esquerda de Morte e ele a atira contra mim. A esfera me
acerta em cheio e me faz cair do pégasus, que voa para outro lugar. Não caio no
chão. Fico pairando no ar.
— Quer lutar de
homem para homem? Ótimo! – Ele grita.
Morte desce de
seu dragão e sinaliza para ele voar para longe dali. Morte também paira no ar,
mas tem um domínio muito maior que o meu. Ele voa em minha direção, com a
espada em mãos, e ataca.
Eu bloqueio o
primeiro golpe, e o meu corpo rodopia no ar, jogando-me para o lado. Morte
lança um golpe e me atinge no braço, deixando um corte pequeno, mas ardente.
Morte me ataca
movimentando a espada para baixo com muita força e eu a bloqueio, mas sou
arremessado mais para baixo, porém, consigo controlar meu corpo. Aproveito o
impulso e vôo em direção à Morte, movimentando a espada de baixo para cima, na
esperança de desarmá-lo, mas Morte bloqueia meu golpe e me dá uma cabeçada, o
que me deixa tonto e derrubo a espada.
Ele me segura
pela camisa, sua espada na mão direita, preparada para perfurar o meu peito e
me destruir, mas é aí que algo esbarra em Morte e arremessa-nos para lados
diferentes.
Com o impulso e
minha tontura, caio no chão e lá permaneço por alguns segundos. Meu pégasus
atacou Morte, que agora decepou a cabeça do bicho, fazendo-o cair dando voltas,
até finalmente desaparecer no meio do labirinto em chamas.
Levanto-me do
chão e vejo Luna e Chloe presas numa espécie de precipício. Corro o mais rápido
que posso até a beirada do precipício e as duas olham para mim com medo. Sinto
que elas estão apavoradas.
Ponho a mão nas
minhas costas e sinto a foice. Puxo-a e começo a cortar vários galhos e dar
alguns nós, na medida do possível, pois a madeira quente e cortante desse
labirinto machuca as minhas mãos. Arremesso a corda de galhos para Luna, e ela
amarra em volta dela e Chloe. Amarro a outra ponta da corda de galhos em mim e
vôo com o pouco de força que me resta, mas ainda sou capaz de tirá-las do
precipício.
Morte me vê
ajudando as garotas, e vem em direção a mim. Assim que as meninas tocam o chão,
sinalizo para Luna utilizar o cajado e desaparecer com Chloe.
Desamarro a
corda e cambaleio, quase sem forças.
Morte toca o
chão e recebe uma flechada.
— Chloe, sai
daqui! – Grito.
— Você está
maluco se pensa que eu vou deixar você morrer aqui.
— Eu mandei você
sair! – Grito novamente.
Chloe se assusta
com a ferocidade da minha voz e fica vulnerável. Morte lança a flecha de volta
contra ela, mas eu me jogo na frente e a flecha penetra meu ombro. Caio de
costas no chão e ouço um ruído esquisito. Por
favor, que elas tenham ido embora, digo para mim mesmo.
Morte me dá uma
sequência de chutes, fazendo-me cuspir sangue pela boca e pelo nariz. Meu rosto
deve estar completamente inchado, pois a dor que eu sinto é mais forte do que a
que eu senti quando minha pele queimou no lago.
— Você é tão
tolo quanto a sua irmã. – Morte me chuta novamente.
Levanto-me. Meu
sangue escorre por todo o meu rosto. Minha visão é fraca, meus sentidos também.
Tudo o que eu consigo fazer é ficar de pé.
Morte me agarra
pela camisa e me dá três socos no rosto.
— Meus soldados
irão torturá-la por toda a eternidade. A senhora do limbo passará sua vida
inteira sofrendo por conta de sua tolice. E você eu terei prazer em matar.
— Então mate. –
Digo com a voz rouca e sangue escorrendo de minha boca.
— Eu irei
matá-lo, mas não agora. Por hora, você só vai levar uma surra para aprender que
ninguém vence o Morte. – Ele me dá mais socos no rosto e alguns no estômago.
Cuspo um dente e mais sangue começa a fluir para fora de mim.
Rio.
— A insolência é
um mal de família, vejo.
— Seu idiota. –
Respondo para Morte e ele franze as sobrancelhas.
Encosto no
bastão e imagino a caixa que Silas nos mostrou nas ruínas do castelo de Hades.
Imediatamente, a caixa aparece na minha outra mão e eu a abro. Morte começa a
dar gritos excruciantes e se transformar numa fumaça negra. A fumaça é sugada
para dentro da caixa e segundos depois, ela explode na minha mão, deixando-me
surdo por um tempo, e jogando-me no chão.
Vejo quatro
pares de pés antes de apagar por completo.
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL, FÉLIX E WALTER HUGO
ESCRITO POR - WALTER HUGO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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