DÉCIMO EPISÓDIO
WHAT'S UP, SIS?
"E AÍ, MANA?"
— O que houve
com o Ryan? – Luna me pergunta, aflita.
— Ele não
conseguiu sair do limbo. Ele morreu. – Respondo com a voz baixa – Ah, eu já ia esquecendo.
– Jogo Milena no chão e aponto a arma para sua cabeça, mas dessa vez, eu
encosto o cano da arma na cabeça dela. – O que deu em você para explodir o
lugar daquele jeito?
— Eu estava
tentando impedir Lilith de voltar ao submundo. Sabe o quanto eu ralei para
colocar essa infeliz lá, em primeiro lugar? Assim que eu soube que ela havia
retornado nas catacumbas, eu convoquei um alquimista e tudo mais. E agora ela
está livre!
— Ela só voltou
porque o Ryan foi morto. Eu sei que aquela mulher de cabelo preto matou-o. Quem
ela é?
— Ela é sua irmã
mais velha. Katherine Davenport, líder e fundadora do limbo. Achei que devesse
saber.
Milena assovia e
seu pégasus desce do céu. Kratos e Milena sobem no animal e voam para fora de
onde estávamos.
[...]
Duas vítimas em
tão pouco tempo. O inferno está, realmente, nos matando. Primeiro Lilith mata
Zoe nas catacumbas, com todo aquele processo de neutralização dos poderes
vampirescos dela. Depois, minha irmã – Katherine – mata Ryan no limbo, sem a
menor explicação.
Como Ryan nasceu
no submundo, não há como enviá-lo de volta ao mundo mortal, então simplesmente
o enterramos nas terras infernais. Depois de um minuto de silêncio, eis que
Aaron dá sua primeira palavra fora do limbo:
— Labirinto de
Asteroth.
— Quê?
— Eu vou
guia-los ao labirinto de Asteroth, depois, eu encontrarei meu próprio caminho
para fora do inferno. No labirinto, há várias passagens para vários locais
destas terras onde estamos. Vocês têm que entrar na passagem que diga Olimpo.
Lá vocês encontrarão Zeus.
— Então lá
podemos nos preparar para o ataque de Morte. – Digo em voz baixa.
— Morte com
certeza estará usando o mesmo raciocínio, então é provável que ele os ataque
ainda no labirinto. É um lugar imensamente grande, e é muito fácil se perder
lá, por isso, vocês devem andar juntos.
— Quanto tempo
nós demoraremos até chegarmos ao labirinto? – Luna pergunta.
—
Aproximadamente uma semana. O labirinto é imune a qualquer tipo de magia de
aparato, então o único meio de chegar lá é a pé.
Está de noite, e
decidimos dormir um pouco para partir pela manhã. Íris está devastada com a
morte de Ryan, e Silas e ela acabam por encontrar abrigo um no outro. Chloe e
eu estamos na mesma barraca e ela me beija e alisa o meu peito.
Chloe sobe em
cima de mim e rasga minha camiseta – que a essa altura estava repleta de sangue
– e alisa meu peito e meu abdômen, lentamente descendo a sua mão até a fivela
do cinto da minha calça, o qual ela abre e puxa-a.
Apenas de cueca,
sento-me e tiro a blusa de Chloe, expondo o seu sutiã. Beijo Chloe e beijo seu
pescoço, enquanto acaricio seu corpo seminu. Minhas mãos vão de encontro as
suas costas, onde desabotoo seu sutiã, deixando seus belos seios à mostra.
Deito Chloe no chão e subo nela, beijando seu corpo inteiro, começando de sua
boca e descendo lentamente pelo seu pescoço e seus seios, até encontrar sua
barriga, local onde ela geme um pouco por conta de cócegas. Olho para ela e ela
balança afirmativamente com a cabeça.
[...]
Pela manhã, eu e
Chloe somos os últimos a acordar. Chloe se arruma rapidamente e sai da barraca
sem nenhuma cerimônia. Ponho o pano rasgado que minha camisa se tornou e visto
o resto de minhas roupas. Quando saio da barraca, Luna mal me vê e sacode os
pulsos, e o pano rasgado agora se tornou uma camisa nova.
— Você já viu
pior que isso. – Comento.
— Não precisa me
lembrar. – Ela fala.
Comemos uns
peixes assados que Silas pescou. O sabor não está tão ruim, considerando o
local de onde eles foram capturados. Assim que terminamos de comer, Aaron sai
em disparada e nós o seguimos.
Caminhamos por
horas e horas, mas o sol teima em não se pôr. Eu adoraria que Milena e os
outros descessem do céu com suas carruagens e nos levassem até o labirinto de
Asteroth, mas já ficou bem claro que nós não temos mais dívidas uns com os
outros.
Finalmente,
depois de uma caminhada que parecia não acabar nunca, o sol se põe e paramos
para acampar, novamente. Estou cansado dessa rotina de vagar pelo inferno em
busca de vingança. Eu adoraria voltar ao submundo, onde eu poderia treinar
técnicas de luta, poderia aprender magia com Luna e tentar criar um meio de
trazer E.D., Ryan, Sara e Zoe de volta.
Adormeço e tenho
um pesadelo.
Eu estou no
labirinto de Asteroth. Diferente dos labirintos comuns, este é feito de galhos
secos, porém, cem por cento vivos, capazes de arrancar uma coluna vertebral de
um corpo em um piscar de olhos.
Estou correndo.
Fugindo, na verdade, mas não sei exatamente do quê. Perdi-me dos outros, estou
completamente sozinho e sei que vou morrer.
Dou de cara com
um portal que Aaron havia mencionado, e vejo uma mão estender-se de dentro do
portal para fora, mas não sei se devo agarrá-la. Que se dane.
Agarro a mão e
sou transportado ao meu colégio, na manhã em que eu vi o vulto negro no local.
Foi ali que a minha vida começou a desandar. Mas o que acontece é que eu
consigo me ver. Eu vejo, de outro
ângulo, o que realmente aconteceu àquele dia.
Eu estava
ouvindo músicas, como de costume, e é então que o vulto negro se tornou mais
nítido do que algo real.
— Katherine. –
Sussurro.
Katherine
vira-se para mim, mas não o eu ouvindo músicas. Para mim, e avança em minha direção. Ela agarra meu pescoço e
pressiona-o contra a parede.
— Como você
entrou aqui?! Morte te enviou?!
— Eu... Não...
Sei...
— Você tem que
sair daqui rápido. Eles virão te pegar.
— Você... É
mesmo... Minha... Irmã?
— Sim, Chase, eu
sou. – Katherine olha para o lado. – Saia daqui!
Minhas palavras
agora não têm mais som. Vejo Katherine ser arrastada por dois homens com vestes
negras rasgadas. Os dementadores!
Pego a arma laser no meu bolso e dou os dois tiros que restavam dela, e ambas
as criaturas entram em chamas, largando Katherine.
— Não deveria
ter feito isso. – É a voz de Morte.
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL, FÉLIX E WALTER HUGO
ESCRITO POR - WALTER HUGO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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