SÉTIMO EPISÓDIO
KILL OR BE KILLED
"MATAR OU MORRER"
É uma caminhada
rápida até as catacumbas. Ninguém diz uma palavra o caminho todo, pois
prestamos atenção ao nosso redor em caso de surgir algum inimigo. Chegamos à
entrada das catacumbas, que é uma espécie de caverna com uma escadaria em
direção ao subsolo.
Íris, Ryan,
Silas, Zoe e Eu, descemos a escadaria por um longo tempo até chegarmos num
corredor cheio de corpos.
— Ai que nojo! –
Grita Zoe.
— Você não sabe
o que a palavra “catacumba” significa? – Ryan ironiza.
— Saber eu sei,
mas eu achava que eles estariam num tumba ou sei lá.
Andamos por
entre esse corredor e continuamos seguindo por ele até chegarmos em um local no
mínimo estranho. Há vários símbolos de rituais espalhados pelas paredes e tem
um círculo se sangue na porta.
— Será que a
Luna fez isso? – Pergunto.
— Eu duvido
disso. – Diz Zoe.
— Eu já vi esses
símbolos antes. – Diz Silas. – É usado para aprisionar qualquer tipo de ser.
Ouço um grito de
Chloe, seguido por um de Luna. Dou uma patada na porta e ela cai no chão. Vejo
Chloe e Luna em mesas de barro, acorrentadas e com muito poucas vestes. Corro
para dentro do local com a minha foice em mãos, e Zoe entra atrás de mim.
Uma moça morena
de aparentemente vinte e seis anos de idade movimenta a mão e a passagem atrás
de nós é fechada e eu e Zoe somos jogados contra a parede.
— Quem diabos
você é?
— Você saberá em
breve, não há necessidade para nomes agora.
A moça morena
tira um canivete de seu bolso e fura Chloe na coxa com o objeto, deixando-o em
sua pele frágil. Em seguida, ela arranca o canivete da coxa de Chloe e enfia em
seu próprio estômago. Depois, ela arranca-o e coloca sobre outra mesa.
Ela diz algumas
palavras em latim enquanto desenha um pentagrama com seu próprio sangue na mesa
onde o canivete está, em seguida, ela coloca o canivete em cima do pentagrama e
estala seus dedos. Chloe começa a gemer de dor e o pentagrama pega fogo.
A parede desaba.
Silas cai no
chão. Provavelmente ele estava socando a parede e caiu no chão de cansaço. Ryan
corre para cima da mulher e ela o arremessa para longe. Íris lança alguns raios
pelas mãos, e isso derruba a mulher no chão, quebrando o feitiço que prendia a
mim e a Zoe na outra parede.
— Zoe, tire-as
daqui. Eu cuidarei dessa infeliz. – Digo.
Saco a minha
foice e tiro o bastão do compartimento nela. Espero a mulher levantar-se,
aponto o bastão para ela e imagino-a sem poderes. Um raio branco é lançado do
bastão e acerta-a.
— O que você
fez? – Ela grita para mim.
— Tirei seus
poderes. – Respondo.
Ela pega o
canivete na mesa e arremessa-o contra Zoe, que cai no chão. Passo a foice
contra o corpo da mulher, mas ela desaparece em fumaça.
Ryan corre e me
ajuda com Chloe e Luna. Zoe está jogada no chão, assim como Silas. Íris corre
para tirar o canivete do corpo de Zoe.
— Meu cajado e o
arco da Chloe estão embaixo daquele pano. – Luna aponta para um pano no canto
do local.
Ryan pega as
coisas das duas e entrega o cajado à Luna, que faz um feitiço, devolvendo as
roupas das duas. Zoe continua desacordada e Silas levanta e vem ao nosso
encontro.
— Você veio aqui
sem saber se conseguiria sair? – Luna pergunta.
— Eu ouvi vocês
gritando. – Respondo, com um sorriso no rosto.
— Pessoal, ela
não está voltando. – Íris fala.
Colocamos Zoe em
cima de uma das mesas de barro e Ryan apaga o fogo que ainda estava acontecendo
no pentagrama. Zoe acorda, mas não parece estar muito bem.
Ela parece
humana.
— O que houve? –
Ela pergunta.
— Você despencou
no chão por causa de um canivete. – Respondo.
— Me mostre esse
canivete. – Luna pede, e Íris entrega o canivete à ela – Isso é ruim. É muito
ruim.
— O que houve?
— Ela está
mortal, Chase. Isso que houve. Essa sei-lá-quem criou o ponto fraco dos
vampiros. Uma adaga banhada em sangue de um humano de quem o vampiro em questão
jamais se alimentaria. Isso neutralizou o espírito vampiresco de Zoe.
— Então ela é...
Humana? – Silas pergunta.
Zoe começa a
gritar e percebemos o corte em sua cintura, onde o canivete estava. Silas dá
sangue de vampiro à ela mas Zoe o cospe, simplesmente não consegue manter o
sangue em seu sistema. Ela começa a ter convulsões e começa a sangrar muito
rápido.
Luna tenta
controlar com um feitiço, mas não funciona. Então, ela posiciona o cajado
apontado para Zoe e atira. Uma onda de luz branca contorna o corpo de Zoe.
— Zoe, se você
tiver algo para dizer, sugiro que faça isso rápido.
— O que vai
acontecer comigo?
— Bom, o cajado
vai te manter viva enquanto ele tiver energia para isso, mas depois... Você
vai...
— Entendi.
— Não! Ela não
vai morrer! – Grito.
— Chase, não
faça drama. – Zoe retruca – Quem tinha que dar chilique era eu, não você.
Dou um sorriso
de leve, e Zoe vira-se para Ryan e Íris.
— Vocês dois
tomem conta um do outro, ok?
Íris fica com os
olhos vermelhos e Ryan apenas observa.
— Luna, tome
conta desse palerma, certo? – Zoe pisca um olho para Luna.
— Chloe, eu
sinto muito não poder continuar aqui para protegê-la. Você sabe que eu adoraria
fazer isso.
— Silas, vem cá.
– Diz Zoe, e Silas dá um beijo nela. – Saiba que eu te amo. – Zoe termina a
frase.
— Chase. Conte
para ela.
— Bando de
retardados. – Zoe fala e então, não há mais nada a ser dito.
Apenas choros e
gritos de inconformação são ouvidos.
DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL, FÉLIX E WALTER HUGO
ESCRITO POR - WALTER HUGO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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