Capítulo 21: O fruto de uma noite de amor
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No La Isla Club, dentro do quarto de hotel
onde João Pedro estava hospedado, Silvana resolveu reatar seu casamento corpo a
corpo com o marido. Ela tirou o salto quinze, ordenou que ele abrisse o
fechecler de seu vestido Armani amarelo ouro, a fim de deixa-la apenas com as
roupas íntimas.
–E agora? –Indagou João Pedro, mordendo os
lábios. –O que você quer que eu faça?
–Tire a calça, a cueca e deite na cama que o
resto eu faço. –Respondeu Silvana, tirando o sutiã.
–Como quiser senhorita.
Soninha ficou incrédula e imóvel ao ver seu
amado partir, as lágrimas que escorriam de seus olhos caiam no chão. A partir
daquele momento, Soninha tinha mais certeza do que nunca de que João Pedro não
faria mais parte de seu futuro.
–Não
quero explicações Soninha, acabou! Eu não suporto mentiras, e você mentiu, você
mentiu para mim, isso destruiu os sentimentos que eu sentia por você.
Lúcio agarrou Sônia por trás e a roubou um beijo
apaixonante. O casal foi clicado por paparazzis que estavam escondidos no
museu, mas nem isso fez estragar aquele momento perfeito que os dois estavam
vivendo. Após andar mais uns passos à frente, Sônia olhou para sua esquerda e
se surpreendeu completamente, João Pedro e Silvana também estavam no museu do
Ipiranga, e aparentemente namorando, já que andavam de mãos dadas.
–Eu não
acredito. –Disse Sônia a si mesma, incrédula. [...]
Após andar mais uns passos à frente, Sônia olhou
para sua esquerda e se surpreendeu completamente, João Pedro e Silvana também
estavam no museu do Ipiranga, e aparentemente namorando, já que andavam de mãos
dadas.
–Eu não
acredito. –Disse Sônia a si mesma, incrédula.
–O que
foi querida? –Indagou Lúcio.
As lembranças de sua vida ao lado de João Pedro
voltaram a invadir a mente de Soninha, mas fitar Lúcio nos olhos, a fez
perceber que os tempos são outros e que tudo deve permanecer como está, é a
ordem natural das coisas. Portanto, a herdeira olhou para João Pedro novamente
e em seguida para Lúcio, e pediu:
–Me
beija, de um jeito que você nunca me beijou antes. Eu preciso sentir a sua boca
na minha, prove que nossos sentimentos vão além de um simples namoro.
Para realizar o pedido de Sônia, Lúcio a agarrou
pela cintura, tocou os lábios dela com os seus, e em seguida a fez se sentir no
alto. Ele a beijou, levando-a para o alto e girando em círculos, como uma cena
de cinema, chamando a atenção de todos no Museu, inclusive de João Pedro e
Silvana.
–Não é a
sua prima? –Indagou João Pedro, olhando atentamente para o beijo do casal que
no momento era o centro das atenções no museu. –Eles parecem estar felizes...
–Me beija
também querido. –Pediu Silvana.
–Acho
melhor irmos embora... Se você quer mesmo que ainda dê tempo de jantar com o
nosso filho.
–Então
vamos querido.
Após Lúcio pôr Sônia no chão, ela observou ao
seu redor tentando encontrar João Pedro e Silvana, mas pelo visto foi em vão,
por que os dois já não estavam mais no Museu. Um pouco decepcionada e
insatisfeita de ter reencontrado João Pedro de uma forma tão desagradável, ela
pediu a Lúcio que a levasse para casa.
–Você não
gostou do beijo, foi isso? –Indagou Lúcio.
–Não é
isso, é que daqui há alguns minutos seremos perseguidos por paparazzis. Amanhã
já estaremos na capa de várias revistas de fofocas, e hoje eu não estou muito a
fim de encontrar esses loucos famintos por cliques. –Respondeu Sônia.
–Tudo
bem, eu te levo.
Fotógrafos e jornalistas se encontravam no
portão da mansão dos Gouveia. Quem entrava na mesma, empurrando a cadeira de
rodas do marido, acompanhada do motorista que trazia ambas as malas, era
Rachel, se aproveitando de toda aquela situação. Dupré ouviu a gritaria e
resolveu sair no jardim superior para ver o que acontecia, e logo ele se
deparou com uma das sobrinhas de Helena, entrando com o marido doente. Silvana,
que já estava em casa, comentou com Dupré:
–Olha a
cara dela... É impressão minha ou a Rachel está gostando de toda essa situação?
–Indagou Silvana, a Dupré.
–A sua
prima sempre se aproveitou de certas situações, desde criança. –Respondeu
Dupré, observando todo aquele “teatro” estúpido, armado por Rachel.
A dissimulação de Rachel era quase nobre, ela
conseguia fingir estar sofrendo com a situação do marido tão bem quanto uma
atriz. Depois de conseguir entrar na mansão e revelar a todos que ela havia
voltado, Dupré mandou a empregada preparar um quarto para ela em baixo, já que
Joaquim não tinha condições de sair da cadeira de rodas para subir a escada, e
foi nesse momento que o mordomo se surpreendeu com a arrogância de Rachel.
–Eu
sugiro que você prepare dois quartos Dupré, um para mim e outro para Joaquim. –Disse
Rachel, sorrindo. –Não vou abrir mão de dormir em uma suíte, para ficar no
quarto de hóspedes só por que o meu marido está aleijado.
–Mas o
Joaquim está cego, quem vai cuidar dele? –Indagou Dupré.
–Eu
cuidarei dele querido, mas na hora de dormir, creio que alguma empregada na
casa poderá tomar o meu lugar.
–Como
quiser...
–Obrigada.
Se não se importam, o Joaquim precisa tomar o remédio, vou leva-lo até a
cozinha.
Wagner chegou à casa em meio aquela desagradável
situação, mas o que deixou o rapaz abalado, foi ver seus pais se beijando.
Aquilo realmente pareceu um martilho. Wagner não estava pronto para ver os dois
juntos novamente, não depois da separação dolorosa que ambos tiveram. Portanto
ele subiu as escadas correndo.
–Eu vou
falar com ele. –Disse Silvana.
–Não, eu
vou.
Sônia apareceu de surpresa na mansão, sem o
namorado.
–Ele é o
meu filho, então... –Silvana foi interrompida por Soninha.
–Acontece
que ultimamente, o seu filho, tem vindo me procurar, por falta de atenção da
mãe, portanto eu resolvo essa situação. Silvana eu posso não me dar bem com
você, mas acredite, seu filho é uma dádiva que eu amo muito.
Sônia subiu as escadas e no corredor de cima
olhou para baixo, fitando João Pedro, aquele homem em baixo do mesmo teto que
ela feria seus sentimentos. Mas ela não deixou seus sentimentos interferirem na
sua conversa com Wagner. Ao abrir a porta do quarto do rapaz, Sônia se deparou
com ele deitado de barriga pra cima, chorando desesperadamente.
–Soninha
eu não estou preparado pra outro divórcio! –Exclamou Wagner, chorando
convulsivamente. –Eu não preciso do meu pai hoje, eu precisei antes, mas ele
nunca esteve presente.
–Calma
querido, vai passar. –Silvana abraçava Wagner forte. –Eu vou te proteger, eu te
amo.
O calor de ambos corpos fez o choro de Wagner
sessar vagarosamente, até que ambos se encontraram adormecidos e abraçados
quando Silvana abriu a porta. Dupré chegou em seguida e disse para ela:
–Não
interfira na relação do seu filho e da Soninha, eles têm algo muito especial.
–Pode
ficar tranquilo, o que me assusta não é a ligação deles dois e sim a ligação
dela como o João Pedro.
–A
Soninha está feliz com o Lúcio e você feliz com o João Pedro e é isso que
importa.
Algumas horas depois, Soninha acordou e deixou
Wagner dormindo. Ela levantou da cama e resolveu ir para o seu quarto, já eram
quase dez da noite, mas um forte enjoo a fez mudar seu percurso para o
banheiro, onde ela vomitou bastante. Depois de tanto vomitar, lembranças de sua
última transa com João Pedro, vieram a sua mente, ambos transaram se camisinha
e sua menstruação não vinha há semanas. Desesperada, Soninha desceu as escadas
correndo até o quarto de Dupré, que acordou assustado por ela.
–Mas o
que houve? Já são dez da noite! –Indagou Dupré assustado.
–Dupré,
eu acho que eu estou grávida do João Pedro.