CAPÍTULO 17
Veronica
olhou o pequeno Gabriel amarrar os cadarços. Mesmo com pouca idade já podia se
notar no garoto uma determinação, uma independência. Veronica aprendeu com o
tempo amar o pequeno bastardo, mas no começo ficar com ele fora apenas um jeito
de se vingar, mas o garoto não tinha culpa. Ele não pedira para nascer ou se
quer para ser filho de quem era. Será que um dia ela teria coragem de contar a
verdade?
Samantha
para Sandro se tornara uma obsessão, ele precisava saber mais sobre ela e precisava
descobrir um jeito de tirá-la de Mizael, mas cada investida sua era um golpe no
escuro, era uma tentativa frustrada e com cada fracasso ele se aproximava mais,
se envolvia mais. Uma dezena de vezes ele levara prostitutas para seu
apartamento na tentativa de aplacar o desejo, mas ninguém era igual a ela.
Ninguém.
Sem
saber o que fazer Sandro não esperava encontrar em Laura uma aliada. Laura
mantinha Bernardo sob constante, vigilância. Ela não queria ver Bernardo e
Samantha juntos e muito menos conversando. Laura era esperta e logo desconfiou
dos olhares de Sandro.
Samantha
estava cada vez mais envolvida com Mizael. Em todos os lugares ela estava, na
empresa, na casa, nas reuniões. Ela era como um vírus que se espalha e domina
tudo ao seu redor. Laura precisava fazer alguma coisa pra se livrar da intrusa.
Sandro
estava encantado, seus olhos brilhavam de admiração. Samantha acabara de expor
uma ideia pra um grupo de investidores, mas não era só Sandro que estava
fascinado. Todos estavam.
-
Você gosta da Samantha?
Sandro
recebeu a pergunta com surpresa.
-
Claro que não. Ela é comprometida com seu pai.
-
Eu acho que ela já passou tempo de mais entre nós. Eu não gosto dela e eu quero
ela bem longe da minha família. Eu sei que ela é uma oportunista. Quem ela
pensa que engana?
-
Só o trocha do seu pai... Desculpa Laura, eu não quis dizer isso.
-
Não é só você que pensa assim. Nós precisamos... Quer dizer eu preciso arrumar
um jeito de abrir os olhos do papai.
-
Você quer tirar a Samantha da jogada?
-
Quero Sandro. Quero me livrar dessa golpista e quando ela não estiver mais com
meu pai. Ela vai estar livre para um novo relacionamento e quem sabe você não
seja o escolhido.
-
O que você pensou em fazer?
-
Eu vou leva-la para dar um passeio na cabana. Um passeio inesquecível.
-
Você pode contar comigo Laura.
-
Que coisa boa é poder contar com os amigos.
O
carro tinha um grande laço vermelho, era um presente que deixou Samantha sem
ar. O porsche vermelho reluzia ao sol.
-
Você deve estar brincando comigo Mizael.
-
Claro que não docinho.
Samantha
pegou as chaves e entrou no carro. O banco de couro era confortável e o cheiro
era incrível. Samantha dominara Mizael, ela o tinha nas mãos. Naquela noite
Samantha teve que agradar e fazer sexo com Mizael. Ao chegar a casa ela tomou
um banho demorado. Os banhos sempre eram assim depois de ficar com Mizael.
Bernardo
evitava ao máximo pensar na Samantha, mas ela ainda estava nele, ela ainda era
ele. O orgulho ainda falava mais alto e ele se contentava em apenas olha-la.
Ele não esperava se envolver com Laura, mas quando veio a gravides. Ele não era
o tipo de homem que pagava apenas uma pensão e pegava a criança nos fins de
semana. Ele queria estar ao lado.
Mizael
estava no escritório quando alguém abriu a porta. Laura enfiou a cabeça para
dentro e pediu para entrar.
-
Pai em virtude da minha gravides eu e o Bernardo resolvemos no casar.
-
Que noticia boa Laura. Não se sinta pressionada.
-
Claro que não. Nós nos amamos e isso é um processo natural. Nós ainda não
escolhemos a data, mas eu já quero olhar alguns vestido e como a Samantha é uma
mulher de ótimo gosto eu quero chama-la para ir comigo.
-
Que ótima ideia filha. Tenho certeza que a Samantha vai adorar ir com você. É
uma forma de vocês estreitarem laços e ela pode aproveitar para ver um vestido
para ela também.
- Você está pensando em se casar com ela?
-
Claro. A Samantha é uma mulher fascinante.
-
Você mal a conhece.
-
Laura, seja feliz com seu alemão que eu vou ser feliz com a minha brasileira.
Geraldo olhou para os
documentos em suas mãos. O serviço fora feito pelo melhor profissional em
falsificação. Custara uma nota, mas sem sombra de dúvidas valia cada centavo.
Logo ele estaria pisando no Brasil para enfrentar velhos fantasmas.