
- Obrigada pela carona, patricinha! Acho que foi uma das únicas coisas úteis que você fez na sua vida! - Camila desce do carro e olha pela ultima vez pra Bianca, que olhava fixamente para frente.
Bianca continua com o veículo parado a poucas quadras da rodoviária, a rua era deserta e já estava anoitecendo. Apenas se ouvia as vozes altas e o barulho dos carros e ônibus que passavam perto da rua.
- Eu vou contar até três, se você não sair de perto de mim e do meu carro... Eu vou fazer você visitar os seus amigos no inferno! - Exclamou Bianca, com raiva.
- Olha, a patricinha virou marreta. Estou morrendo de medo de você, Bianca!- Falou Camila, irônica. - Olha só pra você, que teve que pedir pra suas amigas e pro seu namorado te ajudar a matar alguém, que no final das contar, nem morreu. Se você soubesse fazer tudo sozinha, teria conseguido matar a Paola. Quer dizer, se eu tivesse feito tudo isso sozinha e não tivesse te contado o meu plano e te incluído nele! - Camila fechou a porta do carro de uma só vez e começou a caminhar em direção à saída da rua-
Bianca, ligou o carro, deu partida e saiu daquela rua. Ela começou a anda com o seu automóvel sem rumo pela cidade, estava se sentido completamente abandonada e sozinha. Seu mundo tinha acabado não existia o amor de Victor, todos os seus “amigos” haviam de a abandonado... Somente restava ela mesma pra se ajudar.
ზ
Paola estava respondendo o interrogatório no escritório da sua casa, estavam presentes: delegado, escrivão e dois policiais. As enormes portas do foram abertas.
-Miguel! - Paola correu para abraçar o mesmo, que estava tão preocupado com sua mulher. Eles se amavam e não poderia mudar, somente agora poderiam ser felizes.
- Não sabe o quanto eu fiquei preocupado com você, o quanto eu tentei não vim antes para acabar com a raça desse maldito! - Os dois se abraçavam como se aquele fosse o último abraço de ambos.
- Não precisa mais se preocupar com nada, ele vai morrer na cadeia, longe de mim e de você!
Miguel e Paola se separaram do abraço. Entre as perguntas que o delegado fazia era: o que realmente aconteceu durante a noite em que Paola sofreu a tentativa de assassinato.
ზ
Camila caminhava pela rodoviária com o capuz na cabeça, sendo assim, não tão percebida. Ela esperava alguém, notara que essa pessoa estava sentada em um quiosque da rodoviária. Caminhou e sentou numa pequena mesa de plástico que o mesmo estava sentando.
-Eu sabia que você iria vim me encontrar! - O rapaz tomou um susto. O mesmo era bem aparentado, parecia ter a mesma idade de Camila.
-Fala logo o que você quer Camila! Eu já não tenho mais paciência com você.- Exclamou o rapaz, aparentemente irritado de vez Camila.
- Calma, Leandro, calma. Para de bancar o metido por que você era um derrotado no colegial. Vivia nas sombras e com medo da turminha do Victor. Não sei como você esta vivo depois de ter sido empurrado de uma ponte, mas tudo bem.
- Pensa pelo outro lado, Camila. Se eu tivesse morrido, eu não estaria aqui te ajudado. - Leandro tira do bolso um envelope, joga para Camila e logo sai daquele lugar. Mas ele para de andar e volta para falar com Camila.
- O que foi? Esqueceu alguma coisa?
- Sim, esqueci sim!
-Fala logo que eu tenho que ir embora!
-Eu te desejo as piores coisas que podem acontecer na sua vida. Desejo que você seja presa, morra e pague por todas as coisas que você já fez na sua maldita vida. - Camila abre um sorriso no rosto e olha para Leandro com um olhar de satisfação.
- Te desejo o mesmo, criança! Sabe, eu achava você bonitinho quando eu era adolescente. Mas percebi que você merecia mesmo era sofrer, pois nunca deu bola pra mim... Inútil, imprestável, eu tenho nojo de você! -Camila empurrou Leandro e caminhou para a estação que iria pegar o ônibus que levaria para uma cidade perto da fronteira do Brasil com outros países.
ზ
- Todos os documentos estão prontos e assim que conseguirem liberar o local que a Paola vai ficar, eu aviso. Afinal, não podemos colocar a vida dela em risco. Bianca e Camila ainda estão livres por ai e não duvido que elas sejam capazes que fazer algo contra a sua esposa novamente, Victor. – Falou o delegado.
Paola seria levada para um local seguro, toda a empresa estava informada sobre o que tinha acontecido. Logo o caso vazou e em poucas horas, Paola era a principal notícia em diversos sites e tabloides.
- Obrigada, delegado. Espero que esse canalha fique preso pelo resto da vida dele. – Disse Paola, com desprezo carregado na sua voz.
ALGUNS MESES DEPOIS...
Estava chovendo bastante na serra, as folhas eram levadas de um lado para o outro com o forte vento de que toda a chuva causava. Paola já estava acostumada com as chuvas e o frio que fazia por ali. Ela tinha terminado de ler o segundo livro daquela semana. Para segurança de Paola, a policia decidiu que ela deveria ficar afastada da cidade. Miguel conseguiu uma enorme, e vazia, mansão na serra. A segurança era 24 horas por dia: armada, cercas elétricas, câmeras de vigilância.
- Já não suporto mais ficar aqui, é como se eu tivesse, novamente, fingindo que estou morta. Ninguém nasceu para viver na escuridão, escondida...- Paola falava sozinha enquanto caminhava pelo enorme corredor de ligava uma parte a outra da mansão.
Um barulho ecoou do começo do corredor, Paola virou-se e encarou o nada. Deveria ter sido o vento forte em uma das janelas, pensou a mesma. Paola voltou a caminhar novamente em direção à biblioteca da casa.
O barulho se repete novamente, fazendo com que Paola voltasse novamente ao começo do corredor. Assim que chegou ao começo do corredor, viu que os quadros ,que estavam na parede, agora estavam ao chão.
-Como isso foi...- Paola sentiu uma pancada na cabeça, fazendo com que caísse tonta ao chão. A visão dela estava embaçada, mas ainda conseguia ouvir muito bem o que a pessoa falava.
-Acho que é hora de dizer tchau, Paola! - A pessoa que estava ali deu outra pancada na cabeça de Paola com um taco de baseball.
A pessoa verificou o pulso de Paola antes de sair, largou o taco de baseball no chão e foi embora. Paola estava viva ou morta?