quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Pedras Preciosas - Capítulo 34


CENA 1. CLÍNICA/ SALA. INTERIOR. DIA

Cauã abre o envelope e puxa o resultado.

CRISTAL – E aí Cauã você é ou não é o pai da criança?

CAUÃ – (Com lágrimas nos olhos) Sim, eu vou ser pai dessa criança.

CRISTAL – (Finge frieza) É Cauã… Você finalmente conseguiu se amarrar a ela, vocês se merecem!

Cristal se vai arrasada. Cauã corre atrás dela. Esmeralda fica na clínica segurando o exame com um olhar enigmático.

CENA 2. PRÉDIO DA QUADRILHA/ SALA. INTERIOR. DIA

Esmeralda entra no prédio e bate a porta. Jack, Jonathan e Natalie apreensivos.

JACK – Então Esmeralda… De quem é esse filho?

ESMERALDA – Do Cauã, Jack… O filho é do Cauã.

Jack deixa transparecer um pequeno sorriso.

NATALIE – E agora Esmeralda?

ESMERALDA – Ou o Cauã vai ser meu ou eu sou capaz de abortar essa criança.

NATALIE – Você seria capaz?

ESMERALDA – Eu já matei, já roubei, já tentei matar, já forjei minha própria morte… Depois de tudo isso você ainda dúvida que eu seja capaz de algo? E depois imagina como seria triste uma mãe solteira… Não mesmo!

JONATHAN – Chega desse romancezinho mexicano e vamos focar no que realmente interessa nessa história? AS PEDRAS PRECIOSAS! Nós precisamos encontrá-las, vocês verão quando colocarmos nossas mãos nelas todos os nossos problemas sumirão.

JACK – Maldita seja a hora em que assaltamos a Luxus, olha onde fomos parar agora? Onde será que essa história vai acabar hein?

Todos se encaram tensos.

CENA 3. CABANA/ SALA. INTERIOR. DIA

Seus olhos ainda se encontram fechados. Lentamente eles vão se abrindo, Luan olha ao redor e reconhece o ambiente, o assassino surge diante dele, mascarado.

LUAN – O que fez comigo? Quem é você?

ASSASSINO – Como você é um fracote não! Foi só uma pancadinha e você caiu feito jaca! Mais fácil do que eu pensei… Bem lá no fundo você é tão anta como a vaca da tua irmã!

LUAN – NÃO FALA DA MINHA IRMÃ SEU DESGRAÇADO!

ASSASSINO – (Irônico) Ui que meda! Vai fazer o quê? Me matar? Ah, esqueci, o assassino dessa história sou eu.

LUAN – O que você quer comigo?

ASSASSINO – 50 milhões! Por 50 milhões eu tiro essa máscara.

LUAN – Eu não tenho 50 milhões!

ASSASSINO – E as pedras? Cadê?

LUAN – A Dinora sumiu com elas no mundo… Eu juro! Depois daquela explosão as pedras sumiram.

ASSASSINO – Ai Luan… Eu não entendo o ser humano, ô raça burra! Pelo jeito tudo o que o Roberto fez com sua família no passado não adiantou de nada?

Luan fica em choque.

ASSASSINO – Eu sei de tudo Luan, tudo o que aconteceu, o que acontece, o que acontecerá… Nesse jogo eu mando mais que Deus, sou EU quem decido quem vive e quem morre Luan… Me diz Luan… Você fica milionário da noite pro dia e ao invés de continuar na surdina não, você vem pra cá com o objetivo de fazer uma vingançinha barata, nem isso você soube fazer!

O assassino tira uma pistola e um celular, ele entrega o celular à Luan.

ASSASSINO – 190. Anda, liga pra polícia… Você vai dizer que foi seqüestrado pelo assassino das pedras preciosas e que o seu nome é Dinora.

Luan pega o celular e disca o número.

LUAN – Alo socorro, eu fui seqüestrado pelo assassino das pedras. (Chorando) Ele vai me matar, é ela, a Dinora…

POLICIAL – De onde fala senhor?

O assassino pega o celular e atira longe.

ASSASSINO – Bom menino! Agora vai ficar aí sozinho, bem amordaçadinho porque eu vou fazer pose de boa moça, mas depois eu volto… Reflita bem, quem sabe você não se lembra algo que valha a sua vida? Álias, pra deixar isso mais interessante vou te dar duas opções de escolha: ou você sai daqui vivo ou vê quem sou eu Luanzinho, até mais. Eu volto.

CENA 4. DELEGACIA/ SALA. INTERIOR. DIA

Ruan, Augusto e Pablo na sala tensos.

RUAN – Será possível!? O assassino seqüestrou o Luan.

PABLO – E ele citou o nome da Dinora na ligação…

AUGUSTO – Nós temos que achá-lo, ele é o único arquivo vivo desse assassino.

RUAN – Se a Dinora é a assassina, quem explodiu a lancha dela?

AUGUSTO – Ela mesma pode ter se explodido e aquele controle… Sei lá, pode ser de outra coisa.

Ruan, Pablo e Augusto saem correndo da sala aflitos.

CENA 5. CASA DE CARLOTA/ SALA. INTERIOR. DIA

Carlota pensativa na sala, olhando fotos de Rosa e Cauã pequenos.

CARLOTA – Cadê a Rosa que não volta dessa viagem meu Deus?

Carlota pega o celular e liga para Roberto.

CARLOTA – Alo Roberto, to preocupada… Já está em Ibiza?

ROBERTO – Sim Carlota, volto amanhã mesmo.

CARLOTA – Ótimo Roberto! Já sabe o que fazer se as coisas saírem do controle não é?

ROBERTO – Claro Carlota, estou preparado pra tudo.

CARLOTA – Te amo, até mais.

Carlota desliga.

CENA 6. FLAT DE ROBERTO/ SALA. INTERIOR. DIA

A campainha toca, Roberto corre e abre para Derick que entra apressado.

DERICK – Vamos Roberto, vá direto ao ponto, seja breve.

ROBERTO – Derick, nós sabemos muito bem que eu e a Carlota juntos acabamos com você num estalar de dedos.

DERICK – Mas nós também sabemos que se algo acontecer comigo, novamente uns certos DVD’s que podem ferrar bastante com vocês pode cair na mídia.

ROBERTO – Mas, se um de nós, estivesse, sei lá… Interessado em mudar de lado?

DERICK – Eu, mudar de lado? Haha, faz-me rir!

ROBERTO – E quem disse que eu falei de você? Eu estou falando de mim Derick, eu quero uma parceria com você!

DERICK – Que palhaçada é essa hein Roberto? Você, do meu lado?

ROBERTO – Eu não tenho a menor afinidade com você, mas uma parceria seria útil, eu entrego a Carlota e sumo no mundo com as pedras preciosas que você vai me ajudar a encontrar.

DERICK – Ah, entendi… As pedras preciosas, é por elas não é? Pois bem, me ajude a destruir a Carlota que eu te ajudo com isso. Mas você não sairá são e salvo dessa Roberto, não mesmo.

ROBERTO – Pensa Derick… Pensa bem, eu sou um mero capacho, a bandidona que você quer, quem te colocou atrás das grades, que tirou de você foi ela. Eu fui um mero capacho.

DERICK – Tá bom… E a Keila hein Roberto? A Amanda, o Luan… Ou você acha que eu não sei que você também tem os seus podres?

ROBERTO – Foi ordem da Carlota aquilo! Ela sabia demais, tinha que morrer!

Roberto se lembra:

Num quarto Roberto e Keila discutiam acaloradamente com Carlota ao lado, escondida.

KEILA – Você e aquela bandida estão juntos Roberto! Foram vocês fizeram tudo aquilo.

ROBERTO – É MENTIRA, EU JURO!

KEILA – Eu vou fazer um escândalo seu desgraçado, eu vou acabar com vocês!

Keila corre de Roberto e vai até a sacada da mansão, Roberto corre atrás dela.

ROBERTO – Me escuta Keila, eu te amo…

Carlota faz um sinal para Roberto, num impulso ele joga Keila da sacada, ela cai morta no chão. Carlota sai detrás de uma porta e encara o corpo.

CARLOTA – Uma a menos!

ROBERTO – (Atônito) Meu Deus… O que eu fiz!? Eu sou um assassino, eu matei a Keila!

Roberto corre até um quarto e coloca Carlota diante de dois bebês em um berço.

ROBERTO – Some com eles daqui Carlota, vai ser melhor! SOME! A polícia vai vir aqui Carlota, por favor… Faz isso por mim.

Carlota encara as crianças no berço com um olhar de fascínio.

DERICK – Que barbaridade você fez não Roberto?

ROBERTO – EU NÃO TIVE OPÇÃO! Foi o melhor pra todos nós Derick, se eu quisesse eu podia muito bem contar à ela qual a verdadeira história e você não banca o santo que você não é!

DERICK – Eu topo essa maldita parceria!

Derick aperta a mão de Roberto.

DERICK – Mas se isso for um truque… Eu te mato!

Derick sai. Roberto vai ao sofá, tenso.

CENA 7. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. DIA/ NOITE

Cai uma linda noite em Madrid, agitada e estrelada como sempre.

CENA 8. APARTAMENTO DE CAUÃ/ SALA. INTERIOR. NOITE

Cauã pensativo no sofá. Ele se lembra:

Cristal aproxima sua boca do ouvido de Cauã sussurando.

CAUÃ – Parece que estamos kits agora (Ri) Eu te atropelei e agora te salvei.

CRISTAL – (Sorridente) Seu bobo! (Sussura) Escuta, por que não sai de cima de mim?

CAUÃ – Não quero e sei que você também não quer.

Cristal e Cauã se beijam apaixonadamente.

CAUÃ – Isso não pode acabar assim… Eu amo a Cristal.

CENA 9. PENSÃO/ QUARTO DE CRISTAL. INTERIOR. NOITE

Cristal deitada em sua cama, com Dinora ao lado a consolando, ela chora um pouco.

DINORA – Calma Cristal… Você e o Cauã podem ficar juntos mesmo assim, não é porque ele tem um filho com a Esmeralda que vocês tem de ficar separados.

CRISTAL – Ele me iludiu, me enganou… Acho melhor mesmo que isso acabe sinceramente.

DINORA – Sacode a poeira e dá a volta por cima Cristal… Não deixa NINGUÉM te deixar nesse estado, você é melhor que isso, você vai superar, acredita amiga.

CRISTAL – Obrigado Dinora, você tem toda razão.

Cristal se levanta, ela enxuga as lágrimas e pega a bolsa.

CRISTAL – Eu vou sair um pouco, vou extravasar, vou pensar na vida.

Cristal simplesmente vai saindo da pensão. Dinora vai descendo as escadas onde todos os hóspedes da pensão estão tensos.

DINORA – Que cara de enterro são essas?

MIRNA – Seqüestraram o Luan, Dinora! Foi esse maldito assassino, ele vai eliminar a todos.

CENA 10. CABANA/ SALA. INTERIOR. NOITE

Luan com a amordaça, ela começa a mastigá-la para tirar da boca, ele a tira e cospe fora, ele começa a berrar, até que um caçador invade a cabana e o vê amarrado.

CAÇADOR – O que há aqui garoto?

LUAN – Me solta, eu fui seqüestrado, por favor!

O caçador desamarra Luan, ele agradece e começa a correr desesperadamente fugindo. Instantes. O assassino entra e depara-se com a casa vazia, ele dá um sorriso enigmático.

ASSASSINO – Vá, pode ir! O que era pra ser feito já foi.

CENA 11. DELEGACIA/ SALA. INTERIOR. NOITE

Ruan, Pablo e Augusto investigando sobre Luan. Até que o celular toca. Eles atendem uma voz coberta por um pano.

ASSASSINO – Alô, quero fazer uma denúncia anônima, são vocês que investigam o seqüestro de Luan Monteiro?

PABLO – Sim, sim, nós mesmos, com quem falo?

ASSASSINO – Ele foi seqüestrado por uma mulher alta, de olhos claros, com a pele um tanto morena, ela acabou de sair daqui, eu o ajudei a fugir depois que ela se foi.

PABLO – Pera… Esse é o perfil da Dinora, quer se identificar por favor?

A ligação cai. Pablo tenso.

PABLO – Ao que tudo indica a seqüestradora é a Dinora!

AUGUSTO – Mas o assassino é o Armando.

PABLO – Essa história tá muito estranha.

RUAN – A gente tem que decretar prisão preventiva pra Dinora agora!

PABLO – Tá certíssimo, bora lá!

Ruan, Pablo e Augusto saem afobados da sala.

CENA 12. PENSÃO/ SALA. INTERIOR. NOITE

Todos tensos na pensão, exceto Cristal que já saira, a porta bate. Mirna abre para Ruan, Pablo e Augusto.

RUAN – Temos um mandado de prisão dona Mirna. Podemos entrar?

MIRNA – PRISÃO!? Pra quem?

RUAN – Podemos entrar?

MIRNA – Claro, podem entrar.

Dinora fica tensa. Os policiais entram.

PABLO – Dinora, você está presa pelo seqüestro de Luan Monteiro.

Dinora fica em choque.

CENA 13. RUA. EXTERIOR. NOITE

Cristal andava pela rua sem qualquer rumo, pensativa. Do outro lado da rua ela enxerga Cauã de longe, ele a olha e corre até ela, até que a alcança.

CAUÃ – CRISTAL!?

CRISTAL – Você… (Chorando) SOME DA MINHA VIDA CAUÃ! Olha pra mim, olha o que você fez comigo Cauã.

CAUÃ – Me perdoa Cristal, eu juro que nunca quis te magoar, me perdoa!

CRISTAL – Eu não posso… Eu não consigo você vai ter um filho com minha prima!

CAUÃ – Eu te amo… Vamos esquecer tudo isso e começar de novo? Eu também to sofrendo, eu preciso de você Cristal. EU TE AMO GAROTA, VÊ SE ENTENDE!

Cristal e Cauã se encaram por segundos.

CRISTAL – Eu… Eu… Eu TE AMO SEU IDIOTA!

Cauã agarra Cristal e ambos se beijam apaixonadamente como se fosse a primeira vez.

A cena congela em tons roxos em Cauã e Cristal se beijando apaixonadamente.
FIM DO CAPÍTULO