CENA 1. HOSPITAL/ CONSULTÓRIO. INTERIOR. DIA
CAUÃ – Por que nos trouxe aqui? Só pra tirar com nossa cara é isso?
ESMERALDA – Eu também não estou nem um pouco empolgada com isso, mas vamos a notícia? EU ESTOU GRÁVIDA CAUÃ, E VOCÊ É O PAI.
Todos completamente em choque. Cristal cai sentada numa cadeira e encara-os com repulsa.
CAUÃ – Como é que é!?
ESMERALDA – Exatamente isso Cauã, eu estou grávida.
CAUÃ – Como meu Deus!?
CRISTAL – VOCÊ CONSEGUIU SUA VADIA! Era esse seu plano, prender o trouxa a você. Querem saber? Vocês se merecem.
Cristal sai impactada, escondendo algumas lágrimas, Cauã vai atrás, mas Esmeralda o segura.
ESMERALDA – O nosso filho não vai ficar sem pai!
CAUÃ – NOSSO FILHO ESMERALDA!? Você mentiu, enganou e vem com essa historinha pra cima de mim? Eu te desprezo garota, se toca! E se você acha que vai me engabelar assim tá muito enganada, eu quero o DNA.
Cauã sai, Esmeralda fica tensa.
CENA 2. BAR. INTERIOR. DIA
Cristal no bar, bebe desconsolada ao lado de Dinora que a acompanha.
DINORA – Calma Cristal, vai ficar tudo bem amiga… Vai que esse filho é mesmo daquele outro que ela se envolveu no Brasil?
CRISTAL – (Chorando) Tá doendo Dinora. Por que a gente se machuca tanto amando uma pessoa hein?
DINORA – Isso não acaba aqui, ainda tem chão pela frente… Você vai ver, no fim você ainda será muito feliz Cristal.
CRISTAL – À custa do quê!? A da morte de 3 pessoas, à custa da minha prima bandida que eu fui criada desde a infância?
Jack vê Cristal e entra.
JACK – Cristal… O que foi?
Cristal abraça Jack enquanto bebe mais uma dose de vodka.
CRISTAL – Aquela cadela nojenta conseguiu, mas uma vez! Ela tá grávida do meu ex-namorado.
JACK – (Em choque) O QUÊ!?
CRISTAL – Exatamente, eu vi o exame…
Jack fica tão impactado quanto Cristal, apenas Dinora percebe.
JACK – E tem… E tem certeza que esse Cauã é o pai?
CRISTAL – Não… Por enquanto, mas o filho pode ser de um brasileiro da gang com quem ela se envolveu.
Jack abraça Cristal.
JACK – Vai ficar tudo bem… Vai ficar tudo bem.
CENA 3. PRÉDIO DA QUADRILHA/ SALA. INTERIOR. TARDE
Esmeralda lê uma revista na sala, até que Jack entra.
JACK – Vamos Esmeralda… De quem é esse filho que você espera?
ESMERALDA – Do Cauã, Jack.
JACK – Quem garante?
ESMERALDA – Tá bom Jack, é a verdade que você quer? É ela que você terá, pois bem, eu não tenho certeza de quem é esse filho.
Jack fica em choque.
CENA 4. PENSÃO/ QUARTO DE LUAN. INTERIOR. TARDE
Luan está deitado na cama dormindo, Dinora ao seu lado, ela acorda e o vê dormindo, ela confirma.
DINORA – Vamos ver o que você esconde Luan!
Dinora começa a abrir suas malas e de lá tira uma caixinha, ela a abre e fica incrédula com o que vê, todas as pedras preciosas roubadas estão lá.
DINORA – Não creio meu Deus! Então era você Luan, o tempo todo com essas malditas!
Luan vai se acordando vagarosamente, Dinora rapidamente esconde a caixinha.
CENA 5. APARTAMENTO DE CAUÃ/ SALA. INTERIOR. TARDE
A campainha do apartamento toca, Cauã corre para atender e abre para Carlota que entra sorridente.
CARLOTA – Meu filho vai ser papai! Que orgulho meu Deus, vou ser vovó… Embora eu esteja bem nova pra isso, to muito feliz!
CAUÃ – Você surtou mãe!? A mulher é uma golpista e me enganou esse tempo todo! Ah eu já entendi, com tanto que não seja a Cristal qualquer uma presta pra senhora.
CARLOTA – E por falar na cucaracha, o que há feito dela?
CAUÃ – Nós terminamos mãe… Pra sua sorte. Mas eu não tenho interesse nenhum nessa golpista mamãe, nenhum.
CARLOTA – Ótimo, mas não há nada que o amor supere não é mesmo meu filho?
CAUÃ – Eu não te entendo mamãe, realmente não dá pra te entender.
CARLOTA – Não importa se a garota tem ou não pedigree, com um bom trato qualquer coitadinha vira rainha.
CAUÃ – Você realmente não entendeu, essa garota é uma bandida mamãe!
CARLOTA – To louca pra ter meu netinho em meus braços, to indo meu filhinho, eu volto logo… Ah e cuide bem de sua futura esposa, é lógico que o filho de uma das mulheres mais influentes do mundo não irá deixar seu filho e sua esposa sem eira nem beira!
Carlota sai, Cauã atônito.
CENA 6. PRÉDIO DA QUADRILHA/ SALA. INTERIOR. TARDE
A campainha toca, Esmeralda corre e atende Carlota, que a olha de cima abaixo.
CARLOTA – Então você é a tal grávida do meu filho.
ESMERALDA – Que honra! O que fez uma relés mortal como eu para receber a visita de uma dama tão importante da sociedade em minha casa.
CARLOTA – Larga de ser cínica garota! Já sei sua ficha corrida de cór e salteado. Você pensa que eu não sei da bandidinha de esquina que você é?
ESMERALDA – Já sei… Você veio pedir pra mim me afastar do teu filho.
CARLOTA – (Ri) Uma coisa que eu detesto é que tentem adivinhar coisas sobre mim, nunca conseguem… Nós temos interesses em comum garota: as pedras preciosas e acabar com a Cristal.
Esmeralda atônita com o que escuta.
ESMERALDA – E quem disse que eu quero acabar com a Esmeralda?
CARLOTA – Esses roxos pelo seu corpo da surra que você levou, ela ser um empecilho no nosso caminho, dentre outros, pensa Esmeralda… Pra que vamos lutar uma com a outra se juntas somos bem mais fortes?
ESMERALDA – Eu não to acreditando nisso meu Deus!
CARLOTA – Você vai conquistar o Cauã, ele não pode ficar com a sua priminha… Se você quiser ela pode até sair viva dessa…
ESMERALDA – Ok, é uma parceria que você quer?
CARLOTA – Isso… Garota esperta, eu sei que depois dos meus excelentes argumentos não haverá como resistir.
Esmeralda aperta a mão de Carlota selando a parceria.
CARLOTA – No momento que você fecha comigo Esmeralda, não tem mais volta… É até o final…
CENA 7. MOTEL/ QUARTO. INTERIOR. TARDE
Natalie no quarto de motel, deitada na cama até que entra Roberto.
NATALIE – Até que enfim né… Achei que ia dar um bolo em mim.
ROBERTO – Eu!? Numa gata como você, tá brincando né?
NATALIE – Vamos ao que interessa… As pedras preciosas, pode se abrir comigo, só pode ser você o assassino Roberto, admite pra mim, é ou não é você?
CENA 8. STOCK-SHOTS. EXTERIOR. TARDE/ NOITE
A noite cai na grande capital, cheia de carros, pessoas por todos os lados, extremamente movimentada como sempre.
CENA 9. PARQUE/ EXTERIOR. DIA
Cauã balança uma criança em torno de 5 anos num balanço infantil, muitas risadas, Esmeralda aproxima-se sorridente de Cauã e lhe beija.
ESMERALDA – Eu te amo Cauã.
CAUÃ – Eu também Esmeralda, eu também.
Nisso Cauã acorda assustado em seu quarto de um sonho, ele se levanta, vai até o banheiro e lava o rosto.
CAUÃ – Foi só um sonho… Será? E se a Esmeralda apesar de tudo for a melhor opção pra mim?
CENA 10. APARTAMENTO DE DERICK/ SALA. INTERIOR. NOITE
Derick e Laísa na sala conversavam com Cristal que estava tensa.
DERICK – Me dá uma dor no coração te ver assim Cristal.
CRISTAL – Ai Derick, dói viu?
DERICK – Eu disse pra você se afastar desse Cauã!
CRISTAL – Eu tento… Mas acho que lá no fundo tenho uma ligação muito forte com ele.
Derick engole em seco e abraça Cristal.
CRISTAL – Sabe Derick? Você é o pai que eu nunca tive.
Derick sorri abraçando Cristal.
CENA 11. PRÉDIO DA QUADRILHA/ SALA. INTERIOR. NOITE
Esmeralda pensativa em sua sala.
ESMERALDA – Eu preciso falar com o Cauã… Eu tenho que reconquistá-lo meu Deus, eu tenho.
Esmeralda sai.
CENA 12. PORÃO. INTERIOR. NOITE
No porão uma pessoa caminha em meio a escuridão, ela olha para o seu painel, com as fotos de todos, onde estão marcadas com um X em cima as fotos de João, Amanda e Armando, a pessoa aperta uma tecla e é feito um X em cima da foto de Esmeralda.
ASSASSINO – Chegou a tua hora Esmeralda… Um a um eu vou eliminar até achar essas bem ditas pedras preciosas.
CENA 13. RUA. EXTERIOR. NOITE
Esmeralda tensa caminha por uma larga e estreita rua deserta do subúrbio, tudo bastante escuro, ninguém passa, ouve-se apenas seus passos acelerados e ofegantes, ela olha no relógio e constata que é tarde da noite.
ESMERALDA – Droga! Eu tenho que chegar logo!
Esmeralda no meio da rua, quando escuta o som de veiculo, ela olha para trás e vê a moto preta sendo iluminada pelos faróis e o motorista a sacar a arma, Esmeralda se desespera.
ESMERALDA – Essa não!
Ela começa a correr berrando por socorro em vão em meio a rua, a moto acelera partindo em direção a Esmeralda que corre, a moto prestes a atropelar Esmeralda, o assassino dispara alvoroçado, Esmeralda encara a moto por instantes, ela olha para o lado e vê várias caçambas, sem exitar ela pula em direção a elas, a moto passa atirando Esmeralda se esconde, a moto acelera para o fim da rua. Esmeralda corre e começa a anotar a placa da moto.
ESMERALDA – (Anotando) Te peguei!
Esmeralda anota e por instantes encara os dígitos. Ela se lembra:
Esmeralda continua a correr até que tropeça em algo, ela olha no que era, uma moto preta e potente pertencente a Armando, ela encara a placa da moto que fica gravada em sua cabeça.
ESMERALDA – Não, não pode ser! É ele! O ARMANDO TÁ VIVO E ELE É O ASSASSINO!
A cena congela em efeitos roxos em Esmeralda incrédula com a conclusão.
FIM DO CAPÍTULO