terça-feira, 8 de julho de 2014

Reaper - 2ª Temporada - Episódio 11


DÉCIMO PRIMEIRO EPISÓDIO

HELL MOUTH
"NA BOCA DO INFERNO"

Acordo com todos me rodeando com olhares espantados. Minhas mãos estão trêmulas e eu estou suando frio. Olho para as minhas mãos e minha pele está pálida. Demoro mais ou menos um minuto até perceber que eu tive um pesadelo.
— O que aconteceu? – Pergunto.
— Você começou a gritar que nem um maluco e quando te vimos, você estava se debatendo no chão. Parecia um ataque epiléptico. – Aaron me responde.
— Já está quase amanhecendo. É melhor irmos andando. – Íris resmunga.

[...]

Enquanto andamos, dou uma parada para verificar a arma a laser. Ainda tem duas cargas sobrando. O bastão que Luna me deu também só tem duas cargas. Eu poderia simplesmente pedir à ela que aumentasse as cargas do bastão, mas o cajado dela já está quase sem energia, e isso acabaria nos atrasando muito.
Por mais cinco dias, essa rotina incansável se repete. Nós andamos o dia todo e quando anoitece, paramos para dormir. Só comemos ao amanhecer, quando Silas traz animais que ele conseguiu capturar. Todas as noites, lembro-me das mortes de E.D., Ryan, Sara, Zoe e até mesmo da morte de Ariel. Por mais que eu tenha certeza de ter destroçado seu corpo ao meio, ainda tenho receio que não estou completamente livre de Ariel.
Lembro também do início da guerra. Como eu queria arranjar um abrigo para Chloe e Sleepy, que haviam sido jogados nesse mundo sem a menor escolha. Lembro-me da minha mãe e da minha avó, mas evito pensar muito nelas, ou até mesmo me importar com elas, pois foi assim que Chloe veio parar aqui.
E então, uma coisa me incomoda.
Katherine.
Minha mãe nunca mencionou que teve uma filha. Nem ao menos uma vez eu ouvi-la falando o nome Katherine. Além disso, a julgar pela aparência madura dela, diria que ela é mais ou menos oito anos mais velha que eu.
Então, acho mais provável à teoria de que Katherine não é cem por cento minha irmã. Acredito que ela seja minha irmã por parte de pai, afinal de contas, o sobrenome de solteira da minha mãe não é Davenport.
Mesmo assim, que motivos Morte teria para perseguir Katherine? Eu sei que foi um sonho, mas foi tudo intensamente real, como se eu estivesse lá.
— É ali. – Aaron aponta para frente.
Olhamos um labirinto com um tamanho tão grande que daria para criar uma civilização ali dentro. Só há uma entrada, mas segundo Aaron, há várias saídas. Aaron se despede de nós e dá meia volta para seguir seu próprio caminho.
Escuto um grito.
Aaron começa a correr em nossa direção e grita para que entremos no labirinto o mais rápido possível, e assim fazemos.
Entramos no labirinto e os galhos secos trancam a passagem entre nós e a saída.

— O exército de Morte está vindo. – Aaron diz.


DIREÇÃO DE ARTE - MÁRCIO GABRIEL, FÉLIX E WALTER HUGO
ESCRITO POR - WALTER HUGO
REALIZAÇÃO - TV VIRTUAL
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